Everybody wants to rule the world - Triunfo-de-Gaia

Alain Bourbon D'Órleans, o Triunfo-de-Gaia, voltou à seita de Vancouver para aprender um dos dons mais clássicos dos Presas de Prata: a Aura de Liderança.

Para isso, ele ia pedir mais um favor da Presa de Prata mais renomada da seita: Victoria Real.

Ele encontrou a galliard no escritório do restaurante dela El Lobo de Plata. Ela levantou-se para cumprimentar ele por consideração, mas embora tivesse apenas 1,60m de altura, ela mantinha o rosto altivo erguido, encarando e impondo respeito com quem falava.

Victoria Corte Real:

- Então monsieur Alaín, a que devo a honra de sua visita? Cansou de correr pelo mundo e finalmente decidiu assumir seu lugar na seita? Ou veio me pedir outro favor?

Alaín foi ao famoso restaurante vestido elegantemente para estar à altura da situação. Ele já devia alguns favores para Victoria e estava prestes a pedir mais um. Mas era difícil achar presas de prata confiáveis e os do Brasil não estavam nos melhores termos com ele.

Victoria foi direta com ele.

. - Então monsieur Alaín, a que devo a honra de sua visita? Cansou de correr pelo mundo e finalmente decidiu assumir seu lugar na seita? Ou veio me pedir outro favor?

- Em verdade, sim, Lady Victoria! Desejo aprender o dom Aura de Liderança e gostaria que me auxiliasse nisso.

A figura régia de Victoria Corte Real parecia muito mais alta e imponente diante de Alaín, mesmo que ele fose mais alto que ela. Ela olhou para ele com uma expressão sagaz e disse à queima roupa:

- Ah, um bom dom para aprender... Mas se tem utilidade para ele então quer dizer que sua vida no Brasil não sstá tão fácil assim. Sei que você andou pela Ásia Central, numa guerra bem no quintal da Casa da Lua Crescente. Tem andaxo bem ocupado, não? Vocé ficaria melhor aqui no Canadá, é onds estão suas raízes, e sua utilidade seria muito maior, além de ter seu valor reconhecido. Afinal, não só sua família está aqui como também sua protegida de cabelos brancos, Tatiana, não é? ... Bem, é claro que o ajudarei, mas espero algo em troca, naturalmente. Tem ideia de como vai me recompensar?

Ela olhava para ele incisivamente. Mesmo para uma galliard, Victoria falava bastante.

Alaín tentou ignorar as alusões de Victoria sobre suas atividades no Brasil, mas a galliard era bem incisiva. Ele manteve-se quieto até ela terminar de falar. E ainda pensou um pouco antes de responder:

- Bem, eu estou à sua disposição. Qualquer habilidade minha que lhe seja útil poderei usar para avançar com seus objetivos. Mas se conhecer seus projetos pessoais, posso apenas ficar lhe devendo o favor, e o pagar quando requisitar minha ajuda. É aceitável?

Victoria sorriu tranquila e disse:

- Talvez você se arrependa disso, mas tenha certeza de que vou cobrar esse favor em breve!

Ela sentou-se de novo e ajeitou os cabelos distraidamente e falou de novo:

- Cada espírito ensina um tipo de dom diferente. Acho que você já sabe disso. Aura de Liderança é um dom que os espíritos ancestrais ensinam. Você tem contato com algum espírito ancestral, Triunfo-de-Gaia?

A princípio, Alaín não sabia onde Victoria queria chegar. Mas quando ela mencionou os espíritos ancestrais, ele pensou por um momento e lembrouse:

- De fato, tenho! Neve Prateada tem me acompanhado desde os dias da minha Primeira Mudança! Acha que posso invocá-la para me ensinar esse dom?

O olhar de Victoria para Alaín foi indicador do óbvio.

Claro, evidente, Triunfo-de-Gaia! Os espíritos ancestrais não existem para ficar só olhando o que a gente faz! Você nem precisaria de mim se tivesse pensado nisso antes, mas agora que estou aqui, vou com você até o fim, e você não esqueça que me deve uma, mesmo que não precisasse!
agora, vai logo, invoque Neve Prateada!

Alaín percebeu que ia ficar em dívida com a anciã presa de prata em troca de nada. Mas agora não tinha mais jeito.

Concentrando-se, ele invocou sua ancestral.

- Neve Prateada ou qualquer outro ancestral que possa me ouvir, eu convoco seu auxílio agora. Eu sou Triunfo-de-Gaia dos Presas de Prata e conclamo sua presença!

Triunfo de Gaia invocou sua ancestral e aguardou. Uma brisa fria e refrescante surgiu vinda de dentro do próprio presa de prata, e Alaín viu a manifestação da garou que viveu e morreu gerações antes dele nascer.



- Saudações, Triunfo-de-Gaia! Tenho acompanhado sua trajetória entre nossa tribo. Você não avança tão rápido quanto outros de nossa história, mas mantém a honra e a retidão em seu caminho, e por isso eu o saúdo. Nessa geração decadente, você é um alento para o futuro de nossa tribo. Sei porque me invocou aqui, e eu estou disposta a ensinar o dom que deseja aprender... Mas tenho um pedido a fazer em troca.

O silêncio pairou por um longo momento antes que Neve Prateada concluísse:

- Há tempos, o caern onde meu corpo foi sepultado na terra natal dos Presas de prata foi perdido para os servos da Wyrm, e minha história foi esquecida. Rogo a você que registre no Caern de sua seita o meu nome,
que ornamente essa marca e que conte minha história aos garous em sua próxima assembléia. Quando assim ó fizer, eu lhe ensinarei a Aura de Liderança!

Como uma fumaça dissolvendo no vento, Neve Prateada desapareceu.

Ao lado de Triunfo-de-Gaia, Victoria falou:

- Parece que você vai ter que decidir agora a qual seita pertencer, Triunfo-de-Gaia...

- Parece que você vai ter que decidir agora a qual seita pertencer, Triunfo-de-Gaia...

Alaín suspirou, reconhecendo imediatamente o beco-sem-saída onde estava.

Sempre soube que este dia chegaria, mas agora estava surpreso de que já fosse o momento daquela decisão fatídica.

"Maysa vai odiar isso, mas não estou pronto para deixar o Canadá em definitivo. Toda a minha base de operações ainda está aqui, minha família e meus antepassados. Nada disso teria valor no Brasil. Ainda tenho que cuidar de Tatyana e das gêmeas. Não posso escolher outra seita que não a do Urso Pardo... Mas Victoria não vai cantar vitória tão fácil..."

Ele se virou para a anciã presa-de-prata e disse:

- Se eu aceitar me filiar à Seita do Grande Urso Pardo e apoiar você na política tribal, posso considerar nossos débitos saldados? Se assim for, eu aceito. Senão...

- Se eu aceitar me filiar à Seita do Grande Urso Pardo e apoiar você na política tribal, posso considerar nossos débitos saldados? Se assim for, eu aceito. Senão...

Victoria acenou com a cabeça:

- Pois bem, Triunfo-de-Gaia! Uma aliança definitiva com você, eu te ajudo e você me apoia na seita, e estaremos sempre quites. É um acordo justo. Prepare-se então, pois teremos uma assembleia amanhã. Eu anunciarei sua adesão à seita e você contará a história de Neve Prateada à seita.

Victoria deixou que Alaín fizesse os preparativos que quisesse até a noite seguinte, onde o levou junto com os outros presas de prata à assembleia da seita. Reunidos em volta da caverna central do caern, os garous realizaram a assembleia do jeito que Alaín já estava acostumado. Até chegar a hora da Quebra do Osso. Na sua vez, Victoria levantou-se e anunciou:

- Os Presas de Prata têm a honra de trazer à seita um phillodox renomado de posto 2, descendente da honorável Neve Prateada, Triunfo-de-Gaia! Nós o indicamos a servir como nosso embaixador para outras seitas, investigador de atividades misteriosas fora da Divisa e espião e informante de ameaças que possam ameaçar o caern.

Todos os garous aclamaram a filiação de Alaín à seita.

A assembleia prosseguiu até que chegou a hora das Lendas e Histórias. Quando a hora apropriada para seu posto e tribo chegou, Alaín teve a oportunidade de contar a história de seus antepassados. Todos aguardavam ansiosamente para ouvi-lo.

Alaín compareceu à assembleia, sentando-se junto com os Presas de Prata e portando-se do modo apropriado.

Na hora exata, Triunfo-de-Gaia levantou-se diante de todos e empostou a voz enquanto dirigia suas palavras à seita:

- Esta noite, eu lhes falarei sobre uma de minhas ancestrais, Neve Prateada. Ela nasceu na Rússia, no século 16, a loba mais velha de uma ninhada de lobos alvos como a neve. Naquela época, os humanos viviam em aldeias de casas de madeira e temiam os lobos, porque disputavam os recursos de caça com os lupinos. A sua Primeira Mudança deu-se ao ser perseguida pelos caçadores humanos, que não sobreviveram a esse encontro.

- Quando a corte dos Presas de Prata encontrou-a, os rumores sobre lobos assassinos já haviam se espalhado. Enquanto ela era instruída no mundo garou, os boatos aumentaram, dizendo que havia lobos fantasmas sobre o comando dos lordes que devoravam os plebeus desobedientes.

- Ela mostrou ser uma theurge habilidosa, falando com os espíritos de modo respeitoso e diplomático. Por ser uma lupina, os fetiches não eram grande tesouro para ela, de modo que ela colecionou númens e aliados no mundo espiritual. Ela protegia os animais na mata e combatia os espíritos da Wyrm.

- Dentre muitos dos seus grandes feitos, ela liderou sua matilha que, aliada com outras da corte presa de prata, combateu e derrotou o primeiro Rastejante Nexus a surgir na penumbra do Império russo. Foi uma batalha feroz, com muitos garous tombando naquele dia, mas Neve Prateada usou dons poderosos, rituais complexos e invocou o auxílio de nobres espíritos para pôr fim à ameaça.

- Por mais de três décadas, Neve Prateada foi a lupina mais destacada na corte garou e a theurge mais respeitada em se tratando do mundo animal. Quando já era uma anciã, ela decidiu treinar theurges mais jovens, tornando-se uma instrutora renomada e procurada. Em poucos anos, já tinha preparado mais de um sucessor, e então ela empreendeu sua jornada final: mergulhou na umbra Profunda em busca da Casa do Céu Dourado. De algum modo, ela desvendou um grande mistério e se tornou um poderoso espírito ancestral de nossa tribo, a quem eu louvo na nesta noite e em todas as que estão por vir.

Alaín fez um glifo na tumba dos heróis com o nome de Neve Prateada e ajoelhou-se diante dele, numa reverência. E depois sentou-se com a assembleia.

Alaín fez uma apresentação reverente e honrou sua ancestral, garantindo a aprovação dela.

Aprendendo o dom Aura de Liderança, ele se tornou um presa de prata e um phillodox ainda melhor.

E agora, como membro da Seita Última Chance, defensor do Caern do Grande Urso Pardo, ele foi incumbido pelo conselho de anciãos a viajar o mundo estabelecendo relações diplomáticas com outras seitas, aumentando o poder e influência de sua seita e ganhando renome pessoal por isso.

RESUMO DA QUEST:

Alaín voltou ao Canadá para aprender o dom Aura de Liderança e acabou entrando num pacto com Victoria Corte Real, galliard athro dos presas de prata, que lhe mostrou que ao honrar seus ancestrais, eles mesmos poderiam lhe ensinar. Ao narrar a vida de sua ancestral numa assembleia e aceitar servir à tribo e à seita, ele se tornou um membro da Seia da Última Chance, viajando o mundo como embaixador.

RECOMPENSAS:
- Aprendeu o dom Aura de Liderança
- Ganhou Victoria Corte Real como Mentor (1 ponto)
- Pelo serviço leal à seita, ganhou 1 de Glória, 2 de Honra e 1 de Sabedoria
- Por contar um épico numa assembleia, ganhou 2 de Glória, 1 de Honra e 3 de Sabedoria