Underworld - Rise of the Lycans - Part IV

Os rosnados gestos, franzidas de focinhos curtos emitiam uma comunicação selvagem que todos os lobos ao redor prestavam atenção e à medida que Rasga-Gargantas comunicava-se ferozmente com os demais, os mesmos soltavam rosnados e rugidos de Fúria, em grande parte favoráveis à Rasga-Gargantas, sendo bem receptivos à uma vingança. Chama-Esmagadora erguia as orelhas à medida que o Garou emitia leves rosnados, fungadas e ranger de dentes, o mais experiente rugia em fúria na cara de Rasga-Gargantas, mas aquilo era apenas uma forma selvagem de comunicar-se que também era favorável ao Garou recém-chegado apesar de sua postura inicial. Chama-Esmagadora rondava Rasga-Gargantas com leves rosnados ferinos, ele farejava as feridas e se atentava à corrosão de prata em sua carne bem de perto, ele estava notando e reconhecendo que Rasga-Gargantas esteve em desvantagem contra o inimigo. Depois de evidenciar e farejar rente às feridas do Garou, Chama-Esmagadora soltou mais um grande rugido depois uma bufada forte e rápida, ele olhou para os lobos caídos e olhou para o chão, em seguida virou-se para uma direção acompanhando Rasga-Gargantas com os olhos, um rugido feroz na direção que ele havia se virado e isso tudo indicava que era para ser seguido e deixar os lobos mortos no chão aonde estava.

Após Rasga-Gargantas soltar os lobos dois outros lobos em Hispo se aproximavam lentamente com ganidos entristecidos, farejando os companheiros mortos com algum cuidado, isso indicava que os companheiros caídos seriam cuidados por aqueles lobos que os farejavam.

Rasga-Gargantas então seguia Chama-Esmagadora que havia descido às quatro patas e seguia em galope poderoso e rápido por entre os rochedos, passando e pulando por morros até chegarem a uma caverna dentro daquela caverna. Era possível ouvir um som de cachoeira ao fundo daquela caverna, Rasga-Gargantas passava junto com Chama-Esmagadora, que drasticamente diminuía de tamanho devida a estar voltando para a forma lupina, por uma fêmea parente lupina com filhotes mamando em suas tetas. A fêmea dormia em silêncio e eles continuavam só que dessa vez caminhando eles seguiam até o fundo onde haviam três lobos dormindo juntos. Rasga-Gargantas sabia de quem se tratavam. Rosnar-do-Silêncio, um ancião Theurge, Saltadora-Lunar, anciã Ragabash e Ventos-da-Aurora, anciã Phillodox.

Rosnar-do-Silêncio logo notava os garous se aproximando pois erguia seu focinho e suas duas orelhas que apontavam para cima e depois de visualizá-los, para traz. Rosnar-do-Silêncio se levantava e se espreguiçava, seu corpo canídeo tremulava com o espreguiçamento e em silêncio e passos leves ele se aproximava dos dois com um latido baixo e sem esperar qualquer reação o lobo seguia a frente em direção à saída da caverna. Chama-Esmagadora parou por um segundo, refletiu e depois segui Rosnar-do-Silêncio e Rasga-Gargantas também sabia que deveria seguir o lobo mais velho.

Os três lobos voltavam para a entrada da caverna, parecia que Rosnar-do-Silêncio não querer incomodar as fêmeas anciãs nem a parente que amamentava seus filhotes. Na entrada do lado de fora da caverna Rosnar-do-Silêncio lâmbia o focinho e mordida sua coxa esquerda para se coçar, parecia que ele esperava que os dois lhe fizessem entender a que vieram. Chama-Esmagadora ficara em silêncio o que significava que Rasga-Garganta devia se comunicar com o ancião e depois que ele relatava o acontecimento, Rosnar-do-Silêncio emitiu um ganido triste e abaixou sua cabeça e suas orelhas olhando os dois lupinos de baixo, ele então se aproximou de Rasga-Garantas e farejou suas feridas de perto, mostrando notar e se importar com elas e logo em seguida ele ergueu um rosnado exibindo seus grandes e afiados dentes, dera seis latidos ferozes em direção à Rasga-Gargantas como se o estivesse incentivando a ter raiva. Logo, ele se virava e começava a correr em direção à saída do Caern e logo 3 outros garous lupinos se aproximaram correndo em latidos, Chama-Esmagadora também entrou no embalo, começou a latir ferozmente e disparou atrás do ancião e dos três outros Garou. Rasga-Gargantas sabia que o ancião queria ver a passagem e o refúgio grande e rochoso que atirava as lanças de prata que Rasga-Gargantas falara.

Adrien escreveu:- Uma lista, tu disseste? E creio que meu nome esteja nela, correto? Bem, não virarei as costas à uma convocação tão importante. Estarei pronto para partir em cerca de duas horas. Mas devo ir diretamente ao Caern da Água Corrente encontrar este Guardião-do-Amanhecer, ou prefere que eu a acompanhe enquanto busca todos os garous da lista para então irmos todos juntos para lá?

Após Adrien terminar de falar já podia notar que Águia-do-Deserto-Cinza já havia comido metade da tigela com frutas e bebido completamente o jarro de água. Ela respondia após poucos segundos de respiração pela comilança rápida.

- De forma alguma! Deves seguir caminho, precisarão de todos que puderem de prontemão. Eu devo partir, logo, assim que terminar a refeição ofertada, fico grata por ela e pela bebida! Tem mais comida e bebida que possa levar comigo para a viagem? Se não houver não há problema, há mercadores de quem posso roubar.

Logo após a resposta de Adrien, o jovem logo partia para arrumar suas coisas e instruir Cloud sobre o que precisava que ele fizesse, mas antes que Adrien terminasse de instruí-lo, uma voz muito bem conhecida era ouvida se aproximando.

Marguerite: Adrien!!! Adrien!!!

Marguerite chegava dos fundos e pela cara de Cloud, parecia que ele esperava e temia por isso.

Marguerite:

Marguerite: - Adrien, quem é aquela mulher em mantos que viera para vê-lo em teus aposentos? Uma meretriz? Estas profanando a morada da tua família com mulheres adulteras????

Águia-do-Deserto-Cinza ainda estava no cômodo terminando de comer o restante das frutas da tigela.

A matilha de lobos seguia correndo e trotando pelas cavernas passando e latindo, o inicio dos latidos de Rasga-Gargantas para chamar mais lobos que quisessem ir com eles fez-se suceder com que Chama_Esmagadora e Rosnar-do-Silêncio também latissem ao caminho da corrida cavernosa. Lobos que ouviam os latidos e viam os outros lobos latirem e seguirem logo se levantavam e começavam a rosnar e latir, disparavam acompanhando o bando e logo, cerca de um grande bando de lobos se juntavam e saíam da Caverna.

Passando pelas planices e regiões de grama acinzentada e semi-morta de uma floresta mal assombrada e obscura, os Lupinos começavam a crescer de tamanho no meio da corrida, todos se transformando e ferozes e aterrorizantes Hispos. Qualquer um que estivesse próximo da região tremeria de medo ao ouvir uivos melancôlicos e rugidos de lobos monstruosos percorrendo os bosques assombrados. Rasga-Gargantas, Chama-Esmagadora e Rosnar-do-Silêncio eram os três da dianteira enquanto vários outros lobos viam logo atrás, todos rosnando enfurecidos loucos para dilacerar carne de seus inimigos com suas presas ferinas.

Rasga-Gargantas guiava a matilha por entre árvores e rochas, eles passavam pelo Canyon onde sangue Garou fora derramado, alguns lobos rosnaram e uivaram ao passar por aquele local e ver o sangue da família derramado no chão de terra. Até que finalmente Rasga-Gargantas passava por entre mais um pequeno bosque até conseguir ver ao fundo o grande esconderijo de pedra e metal que eram as fortalezas dos vampiros. Ele via o vasto campo rochoso mas não via o corpo de seus amigos caídos, nem mesmo as lanças de prata gigantes.

Amora não havia conseguido carona para aquela longa viagem, era um costume muito normal que as pessoas a olhassem torto e passassem muitas vezes a cochichar sobre ela, sua Fúria era algo que espantava as pessoas, elas inconscientemente sabiam que Amora era algum tipo de monstro, mas ninguém nunca podia provar nada, ainda assim, era bom evitar as cidades por isso, pessoas falam, pessoas temem e quando ela mal pode perceber está sendo vigiada pela igreja e com muito azar pode se deparar com alguém realmente "abençoado por Deus" e aí... Até qualquer guerreiro de Gaia poderia estar em problemas. O Impergium deixou marcas, e os humanos podem ter esquecido, mas ainda sonham com ele.

Por mais que tivesse utilizado uma Ponte da Lua para chegar dos ermos de Amiéns até metade da rota entre Saint Denis e Chantilly, a cidade grande mais próxima de Versailles, a pé era algo muito incômodo, cansativo e demorado... Ela teve que avançar pelas florestas como um lobo e percorrido as matas e seguindo o fluxo do riacho até chegar no Rio Sena.

"A noite é escura e cheia de Horrores", dizia seu velho e falecido pai doente, toda vez que ele dizia para Amora nunca sair de casa em meio à escuridão. Na escuridão da mata haviam coisas temidas pelos Homens, mas para um homem de fé e sensato como seu pai fora, tudo parecia menos sombrio, até o dia de seu falecimento. Na época, Amora entendia muito bem o que ele queria dizer, agora ela sabia que ele estava enganado, a noite era muito mais escura e cheia de horrores que seu próprio pai jamais poderia imaginar. Ficou ainda mais sombria quando Amora recebeu uma mensagem ruím de Coruja-da-Arábia.

Coruja-da-Arábia:

Coruja-da-Arábia era um Athro Ragabash dos Peregrinos-Silenciosos que estava em uma missão de encontrar o maior número de Garous possíveis para convocá-los até o Caern Água-Corrente que ficava próximo de Saint Denis. Segundo Coruja-da-Arábia, a quase um ano o Caern Lua de William nos arredores de Versailles que era governado pela seita dos Lycans caiu, ou melhor... Os Lycans caíram. Os Sanguessugas dominam os arredores da região e precisam com urgência reunir o máximo de Garous possível para uma cruzada a fim de manter aquele Caern seguro e limpar a área da infestação dos Vampiros. Amora lembrava-se bem do juramento que Brava Canção de Batalha fez quando decidira assumir o manto dos Garou de uma vez por todas e dar propósito com isso em sua vida como uma Fenris. Sem pestanejar, Amora aceitou a convocação e Coruja-da-Arábia seguiu seu rumo para convocar mais guerreiros de Gaia para a cruzada.

Amora havia recebido a descrição do Caern Água Corrente, era um aglomerado de florestas muito altas que por ele passava a grande correnteza do Rio Sena, era o trecho onde a correnteza era visivelmente mais forte. Seu interior se assimilava a um pântano, e com os olhos de lobo, às margens do Rio Sena, ao lado do Bosque, ela podia ver uma profunda escuridão entre a floresta. Ela havia percorrido um pouco das margens do Rio Sena e agora via a correnteza ficar mais poderosa e acelerada, Amora sabia que tinha chegado, mas a priori, na entrada do bosque/pântano, ela não via nenhuma alma viva, muito pelo contrário, estava tudo muito silencioso e tranquilo com o céu completamente coberto por nuvens.

Adrien escreveu:- Acalma-te, Lady Marguerite! Não é assim como pensas. Esta donzela é uma mensageira de Versalhes que veio trazer-me uma santa convocação urgente. Ao alimentá-la, estou exercitando nossa caridade cristã, pela qual eu tenho certeza que ela rezará em gratidão pela saúde de seus generosos anfitriões. Antes de vossa chegada, estava instruindo teu distinto marido a como receber adequadamente o duque e sua família, quando estes aqui vierem, mas com tua augusta presença, creio ter achado a pessoa mais capaz para tal tarefa. Acredito firmemente que sejas mais do que qualificada para oferecer um banquete exemplar aos meus convidados, mesmo que minha ausÊncia se faça infelizmente necessária. Posso confiar em ti para isso, LAdy Marguerite?

Lady Marguerite observava Adrien a falar, aos poucos o semblante severo da Lady parecia querer ceder, mas, uma teimosia característica de sua cunhada já lhe era de conhecimento de que, mesmo que ela estivesse de alguma forma errada, não iria querer mostrar humildade, e apenas diz tentando, desajeitadamente, manter o tom imperativo no ambiente.

- Bom... Bem... De fato, és mais sábio que minha pessoa, que tem mais tato social que meu estimado marido, cuide de tal evento importante.

Adrien escreveu:- Tenho de partir imediatamente, Lady Marguerite. Com vossa permissão, me despedirei de vossas crianças e lhes passarei lições para serem praticadas até a minha volta. Até a vista, meus prezados irmão e cunhada!

Lady Marguerite erguia o queixo e dizia:

- Pois bem, vá despedir-se dos pequenos, e que o Senhor guie teu caminho, Cunhado.

Quando Adrien seguia para partir aos aposentos das crianças para se despedir, Lady Marguerite complementa.

- Ah sim, e não esqueças de tirar aquela estranha mulher de nossa moradia de forma discreta apenas DEPOIS de despedir-se das crianças. Não precisamos de ninguém a nos mal dizer por tal figura suspeita em nosso teto.

Assim, Lady Marguerite saía do salão principal, Águia-do-Deserto-Cinza ainda estava em seus aposentos terminando a refeição, e Cloud dizia antes de ele sair para cumprimentar os garotos e partir:

- Meu irmão, como um nato galanteador, devo lhe aconselhar... Procure a jovem desta manhã e despeça-se dela escondido dos pais, antes de partir para fora de Firenze.

Haviam muitos lobos na divisão daquela floresta e o grande campo rochoso. Todos eles rosnavam para aquela grande fortaleza rochosa a quilômetros de distância. Logo, Rasga-gargantas se posicionava diante da grande alcatéia e comunicava e inspirava aos lobos. Quando ele uivou para Lua, de dois em dois lobos também ergueram seus uivos e ao findar de seu discurso, todos começaram a latir insessantemente. Latidos e rosnados monstruosos preencheram toda a floresta e logo todos os uivos dos lobos eram acompanhados pelo uivo principal de rasga-Gargantas que conseguia atingir e atiçar a Fúria de cada um dos Lobos. A partir daquele momento, o Cliath sabia que a ele estava se abrindo a oportunidade para comandar todo aquele assalto e guiar seus companheiros para a vingança.

OFF:

***

Depois que Amora brada um uivo aterrorizante e hipnotizador a qualquer ser humano, o eco de seu uivo paira pela entrada silenciosa daquele bosque por alguns segundos. Alguns segundos se passam, tudo o que amora ouvia eram passos e mexidas de animais pequenos nas matas. Logo então, ela começava a ver adentro de várias direções do bosque, pares de olhos lupinos. Haviam até oito pares de olhos na entrada do bosque cercando a Cria de Fenris de modo intimidador, tendo como única escapatória de uma emboscada de outros lobos fugir pelo rio, mas, felizmente, os lobos que chegavam com um leve rosnado agressivo, paravam de rosnar quando saíam completamente das folhagens revelendo-se para Amora , mas um dos lobos em particular avançavam em frente à Amora devagar e confiante com passos firmes e silenciosos.

O lobo então erguia-se em uma perna apenas e logo ele tomava forma de uma mulher com roupas tribais, aspecto duro e portanto várias armas de caça.


- Rancor de Arthemis, Adren Ahroun das Fúrias Negras e Guardiã Alfa do Caern Água-Corrente, abençoado pelo Totem da Raposa. É ótimo ver que os Peregrinos se apressaram... Esta é minha Matilha, infelizmente não temos muito tempo para perder com apresentações. Venha comigo, Brava-Canção-de-Batalha, vou te escoltar até o Coração do Caern. Até chegarmos lá, me diga o que os Peregrinos te adiantaram da situação.

Adrien era um tio carinhoso e um tutor dedicado, de modo que todos os sobrinhos se despediam, os meninos o desejavam boas viagens e boas sortes, as meninas davam a Adrien a benção de Deus e a proteção dos anjos do céu para que ele seguisse sua viagens sem problemas. Partindo finalmente.

Ele chegava aos seus aposentos onde Águia do Deserto Cinza já havia comido tudo que havia na tigela e bebido tudo na jarra de água. Ela também já estava com o saco com os mantimentos que Adrien havia fornecido à ela segurando pelos ombros e quando já dava sinal quem podiam ir utilizando o espelho para atravessar a película, a Peregrina assentia para ele.

Logo eles seguiam até o espelho, a sensação de atravessar a película por uma superfície sólida e refletora era como atravessar um portal com pouca gravidade, uma gravidade que leves e graciosos saltos na ponta dos pés poderiam erguer uns trinta centímetros do chão, diferente de usar a reflexão da água ou tentar cruzar sem qualquer reflexão.

Eles passavam para a Penumbra, a casa de seu irmão do outro lado da Película era feita de rochas mas não decoradas, era como se fosse um castelo de rochas sem os adornos e toques de qualquer arquiteto italiano, um castelo natural mas ainda assim a rispidez das rochas dava um tom abandonado e morto. Não havia nem as decorações feitas pelos servos do castelo ou até mesmo de Marguerite. Da mesma forma, o castelo não possuía teto, era totalmente ao ar livre. Torres grandes? Sim, mas todas sem nenhum teto, e também sem portas alguma para barrar qualquer entrada ou saída. Eles iam para o lado de fora e quando saíam, podiam ver algumas poucas teias de aranhas emaranhadas em nas estruturas que circundavam o castelo de Dilermando, todos acinzentados e aparentando ser abandonados e até mesmo com risco de desabarem de tão velhos e mal cuidados. Luna estava no alto em sua forma crescente e um ponto amarelo como uma estrela podia ser visto no céu desde que Adrien entrara na Penumbra pela primeira vez, ninguém sabia dizer o que era aquela estrela amarela, mas Adrien soube que os anciões Theurges buscam essa resposta, embora só encontrem mais perguntas no processo.

Águia do Deserto cinza então puxava se capuz e dizia à Adrien:

- É aqui que nos separamos, Fala-Com-Franqueza. Agradeço à sua hospitalidade e espero vê-lo futuramente na luta contra o Inimigo.

Assim, depois que Adrien se despedisse, a Peregrina puxava seu manto para cobrir seu rosto e logo ela caía de quatro, rapidamente com o manto fundindo-se com a pele e os pelos de um marrom pálido se formando tomando a forma de uma loba, e assim a loba puxava o saco com os mantimentos por seus ombros e numa velocidade impressionante saía em disparada floresta adentro deixando Adrien por sua conta.

Dilermando agora precisava se despedir da mulher de seus olhos, porém havia uma coisa... O Filho de Gaia não fazia ideia de onde ela residia e se ficasse à procurar em toda Firenze... Ele nunca conseguiria chegar à tempo, talvez não chegaria a tempo para mais nada em alguns meses, ou anos.

O Cliath Ahroun havia conseguido despertar o fogo da Fúria de seus companheiros e mantê-lo aceso para um assalto até a fortaleza dos mortos-vivos. Durante o primeiro dia que Rasga-Gargantas comandou uma matilha de 5 Garras Vermelhas, os mesmos voltaram no final da noite informando ao Garou que houve movimentação não só de Mortos-Vivos, duas carruagens escoltando mortais e outra só de mortos entrou e saiu durante a noite. Houveram outros humanos que seguiram e voltaram durante o dia, e pelo cheiro, levavam outros humanos como presa ou escravos, mas de longe e sem atacar não puderam saber com certeza o que era.

No segundo dia, não havia movimentação sob os aspecto de Hélios, mas durante a noite houveram mais carruagens de mortos e humanos, carregando novamente mais outros humanos, talvez presas, talvez escravos, mas os humanos pareciam estar traficando sua própria espécie para ser predada ou escravizada.

Então, o dia do grande assaltou havia chegado. Chama-Esmagadora coordenaria o primeiro ataque. Ele havia criado uma estratégia de ambos suas matilhas ficariam de baixo da terra para atacar e quando chegasse o momento Rasga-Gargantas daria o golpe de misericórdia. E assim Foi...

Era quase noite, todos haviam ficado em suas posições. Chama-Esmagadora e outros Garras estavam debaixo da terra... Eles esperaram e esperaram... Rasga-Gargantas e sua matilha de 7 Garou estavam aguardando havistando a fortaleza e o Canyon, a noite já havia caído à algumas horas, eles apenas precisavam avistar a matilha de Chama-Esmagadora perseguindo o inimigo até a armadilha e então começou... Rasga-Gargantas ouviu, todos os outros lobos com ele ouviram, escondidos na mata próximos da área rochosa, uma luta estava acontecendo, era Chama-Esmagadora e seus aliados, ele ouvia uivos, rugidos, rosnados, ganidos... Seus irmãos estavam lutando mas estavam sofrendo tanto quanto causando mortes, ouvia gritos dos humanos ao longe, talvez até dos mortos-vivos já que eles eram tão iguais, Rasga-Gargantas não conseguia diferenciar. Os lobos sob seu comando estavam apreensivos, podia-se notar que eles queriam que o plano fosse pro inferno e avançarem logo de uma vez, eles mostravam isso pois lentamente estavam rosnando para a direção da luta que não podiam enxergar e davam leves passos querendo avançar logo, até que então... Algo surpreendia não só Rasga-Gargantas, mas a matilha dos 7 lobos toda... Um homem saía sozinho dos portões da fortaleza dos mortos-vivos a cavalo, ele seguia velozmente galopando no animal em direção à luta na floresta que não parecia vir para o Canyon. O homem tinha pelos cumpridos na cabeça e na face, usava aqueles trapos que os macacos usavam, mas ele tinha argolas de aço nas patas dianteiras e traseiras.

Rasga-Gargantas Rosnava uivava e os lobos entendiam por onde queria que os membros de sua matilha corressem, e assim os mesmos imediatamente saíam em disparada para outra direção, uma oposta, a fim de pegar um caminho por trás para chegar até onde a emboscada de Chama-Esmagadora aconteceria. Logo, ele mesmo disparava em direção ao campo rochoso e ao cavalo com o símio montado no mesmo.

No caminho, Rasga-Gargantas tentava assumir sua forma de Hispo, aumentando de tamanho, porém, no meio da corrida, não só ele como também seus dois companheiros de matilha se espantavam tamanha era a velocidade daquele cavalo que parecia não dar chance alguma para lobos, ao menos, lobo normais. O espanto da velocidade daquele animal era tanto que tirara a concentração de Rasga-Gargantas para mudar para Hispo. Eles viam o símio olhar para trás e ó chibatear o cavalo para que o mesmo corresse mais rápido.

Homem no cavalo:

Em pouco tempo de corrida, era possível ver o cavalo quase desaparecendo chegando aos Canyons no campo rochoso, se Rasga-Gargantas não criasse algum tipo de milagre, aquele símio a cavalo titânico chegaria na emboscada de Chama-Esmagadora bem antes de Rasga-Gargantas e seus dois lobos. Muito provávelmente, ele chegaria lá até mesmo antes dos outros lobos que ele enviou na frente para auxiliar o Garou Veterano.

Rolagens:

Adrien logo vai para um beco entre rochas escuras e sujas sob o céu negro, e daquele lado da película ele bisbilhotava. Duas vezes precisou achar outro lugar para reatravessar novamente para não rasgar o véu, o que não era muito difícil. Aquele época era uma época em que o sobrenatural era conhecido e temido pelas pessoas, a menor suspeita que Adrien pudesse levantar seria o suficiente para que olhos fossem postos acima dele tornando-o um alvo a ser investigado por plebeus, depois soldados, e por fim a igreja. Por mais que Adrien fosse um rapaz nobre, conhecido e gentil para com as pessoas, elas ainda o olhavam com desconfiança, como se algo houvesse de errado com o jovem, e Adrien sabia que aquilo era um reflexo do passado mas jamais esquecido Impergium.

Adrien jamais seria uma figura comum entre as multidões, porém, não fosse por sua gentileza que equilibrava com o instinto dos seres humanos e seus antepassados, talvez o nobre Dilermando fosse alguém escarniado na cidade até que por fim ele decidisse sair de uma vez antes que sua Fúria tomasse conta de seus atos e ele rasgasse o Véu.

Fala-Com-Franqueza então voltava ao mundo físico, como se tivesse saltado pro lado de fora da Toca do Coelho. Logo ele tornava às ruas principais, onde ele imediatamente seguia para o primeiro mercador que encontrava no grande Bazar de Florença.


Adrien era um rapaz instruído, criativo, lógico, não era nada difícil saber exatamente para quem ele poderia perguntar tal informação, e esse alguém era um mercador. Mercadores normalmente são muito bem informados, eles precisam saber as rotas mais seguras, locais onde guardas podem ser subornados, e quais as cidades mais lucrativas do Feudo, e isso incluía saber quais nobres estão na cidade e como podem conseguir mercadorias para fazer uma ótima pechincha com eles.

Ele logo encontrava um homem completamente vestido dos pés à cabeça, com o rosto coberto e uma grande mochila de viagem sentado em uma barraca cheia de bugingas brilhantes, bugigangas velhas e estranhas, além de alguns animais encarcerados, uma cabra, uma ovelha, e uma burra.

Adrien escreveu:- Senhor! Sabe qual a direção da morada do Duque Herold?

O mercador estranho tinha uma voz muito grave e rouca, era característico de uma pessoa velha que puxava muito fumo, e ele responde logo olhando para Dilermando com desconfiança.

- Ora, ora, o que temos aqui?? Sem um "Bom dia" ? Tsc Tsc Tsc... Tu és muito bem vestido e tem o rosto limpo demais pra ser um plebeu sem educação, meu bom homem, ou é por isso que não me cumprimentastes adequadamente?

Logo, a cabra ao lado começou a berrar e o velho mercador de um chute na gaiola, e ela imediatamente parou.

Em Fúria descomunal, Rasga-Gargantas sentia os nervos de seus tendões de lobo se fortalecerem como uma explosão e seu corpo, em coisa de apenas um segundo, bruscamente implodiu fazendo o lobo passar por uma transformação muscular aterroradora de um simples lobo para um lobo monstro que faria até mesmo o mais bravo dos cavaleiros gritar de horror. Os lobos atrás de Rasga-Gargantas logo seguiam seu comando e da mesma forma, com a mesma ferocidade, implodiam e em coisa de um segundo transformavam-se em lobos monstruosos e primitivos até mesmo para animais, coléricos e aterrorizantes, numa galopada sobrenaturalmente espantosa, rapidamente Rasga-Gargantas e seu bando cobriam quilômetros de distância que nenhuma outra criatura na face da Terra seria capaz de cobrir. O cavaleiro logo olhou para traz quando Rasga-Gargantas já o engajava e num trotada rápida e subita estendeu sua mandíbula gigante nas pernas do cavalo e numa rápida mordida o grito e o sangue do cavalo se fizeram presentes, o mesmo imediatamente se arrastando, mas algo incrível havia acontecido ao mesmo tempo. O cavaleiro em questão do mesmo segundo que Rasga-Gargantas agira, imediatamente saltou do cavalo e no meio do ar seu corpo havia implodido ganhando até quatro vezes o seu tamanho em uma forma Crinos. No calor da Fúria, o primeiro dos lobos avançava para pegar com sua grandiosa mandíbula o cavaleiro no ar, e nisso, o cavaleiro que agora se mostrava um Garou, mas não um Garou qualquer, um Garou que era muito maior que Rasga-Gargantas ou até mesmo Chama-Esmagadora. O Garou pegava o primeiro Lupino no ar com sua mão esquerda e logo o arremessou contra o segundo lobo que investira que já havia iniciado uma investida de mordida antes de terem processado que enfrentavam um semelhante.

Os dois lobos se chocavam um contra o outro emitindo um forte e grave ganido de dor. Rasga-Gargantas então via seu inimigo, ele não era um sangue-suga, ou um humano normal, ele era um Lobisomem, e não era qualquer Lobisomem, Rasga-Gargantas podia sentir nele algo grandioso, ele era uma Raça Pura. O Lobisomem então olhava para Rasga-Gargantas que ainda estava de em suas quatro patas, os dois Garous ao seu lado estavam tontos e fraquejados pela pancada humilhante que haviam recebido, e ele então rosnava para Rasga-Gargantas percebendo que ele era o Alfa da Matilha.

Aquele era um Rosnado de aviso para se afastarem, ele parecia estar com pressa pra chegar até a emboscada onde estava Chama-Esmagadora. Pelos seus rosnados, rugidos e o avanço de sua postura ameaçadora, aquele Crinos de Raça-Pura estava pronto pra atacar os três se fosse necessário.

Em poucos segundos Rasga-Gargantas ficava de pé assumindo uma poderosa e gloriosa forma de monstros dos mais violentos contos de terror, um Lobisomem. Assim como Rasga-Gargantas, seus dois companheiros de Matilha também se punham de pé assumindo um grupo de monstros violentos que estavam todos prontos para se atacarem, se matarem em um embate violento e brutal. Um massacre que ficaria para a história.

Rasga-Gargantas e os dois lobisomens estavam prontos para entrar em batalha, porém, ainda assim o Raça Pura que parecia estar do lado dos sangue-sugas ainda era o maior e aparentemente o mais forte de todos eles. Certamente apenas um não seria páreo, mas os três juntos talvez tivessem sim uma chance. O Ahroun falava em língua Garou com o raça pura, mas o mesmo logo soltava um retorno rugido, aparentemente ele não estava entendendo nada do que Rasga-Gargantas dizia, ele não parecia entender a língua da nação Garou, algo que até os mais mal instruídos filhotes logo já tem de aprender tão logo ingressam na nação.

O raça pura então soltava mais um rugido, um rugido forte e violento, amedrontador, forte que ecoava por todo o campo, se não mais junto com uma passada forte e pesada que deu a impressão de sentir o chão tremer. Os dois Garou de Rasga-Gargantas ergueram as orelhas e recuaram um passo, foram amedrontados, eles não iniciariam um combate, somente o alfa daquela matilha para ordenar os dois a contrariar seus instintos.