Lobisomem RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

+3
Alexyus
Crios
Espada de Prata
7 participantes

Página 2 de 2 Anterior  1, 2

Ir para baixo

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada - Página 2 Empty Re: Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

Mensagem por Marcellus Qui Out 17, 2019 8:14 pm

Evaírson aprofundava seus conhecimentos sobre a Croácia enquanto viajavam para Portugal.ainda no Aeroporto, tomando seu tradicional cafezinho com pão de queijo. Ele estava com a aba da Wikipédia aberta. Era o melhor que ele poderia fazer agora, além de se integrar com seus companheiros. Por algum momento sentiu uma enorme saudade de sua tia Neide e de sua amada Lis. Lis ainda mexia com seu estômago, embrulhando um pouco estômago do jovem Filho de Gaia. Saudades Ciúmes? Posse? Evaírson se sentia esquisito. Muito esquisito o que sinto.

Ao enviar as fotos com a turma para Lis, na qual propositalmente se localiza perto das meninas do grupo, pouco antes do embarque, ele tem uma indigesta resposta. Parece que a provocação que o jovem fizera, causou um efeito contrário. Nem se sentia ainda mais temeroso sobre seu futuro com a jovem parente, mas este sentimento não pode atrapalhar sua missão.

O voo seria longo e logo eles se posicionaram em suas respectivas poltronas. Os garous já caminhavam junto com Ronaldo, o ancião que dava as instruções e os levaria até a seita portuguesa. Em um dado momento a garou andarilha do asfalto indagou:
O Rei da Erva tem esse nome por ser conhecedor de Plantas Medicinais? Se não for esse motivo eu vou ter que ter uma conversa com ele depois, mas deixo claro que gosto muito de Roedores de Ossos e doe no peito ter que agir contra um deles

Evaírson pensa consigo: “desde que me volntariei para esta missão tive uma ótima impressão do roedor de ossos Rei-da-erva da seita em SP. Senti nele uma leveza e transparência pouco presente nas pessoas da posição dele. Isso sim é importante.“


Todos já haviam se localizado em suas respectivas poltronas. Evaírson nunca vira tanto luxo assim na vida. Ficou espantado e de certa maneira até incomodado. Dentro do avião ele não poderia fumar, então enviou algumas fotos para sua tia e para Lis e logo tratou de desligar o celular. Ao longo da cansativa viagem conversou com seus colegas. Falou um pouco de sua infância no Maranhão, do seu curso de antropologia e de alguns gostos musicais. Sentia que apesar das grandes diferenças ali estavam presente pessoas “boas de serviço”. Com Amaretsu ao seu lado converou um pouco sobre as perspectivas da missão e lhe perguntou um pouco mais sobre o seu projeto áudio visual. Ronaldo Guia-de-Luz parecia ser um bom camarada. Quando o jovem filho de gaia sentiu sono se recostou na confortabilíssima poltrona e dormiu profundamente. Obviamente esperava sonhar com Lis. Assim que ele chegou ao Aeroporto da cidade do Porto a primeira coisa que fez foi fazer uma ligação para sua tia Neide e sua mentora Rosa. Nem também enviou uma mensagem fofa de bom dia para Lis.

Avião. Areá de desembarque. Aeroporto. Cheiro de amendoim torrador. Corredor. Lojas. Corredor. Caminho para banheiro. Corredor. Porta de vidro da entrada. Lua minguante. Lua bonita. Espera de 4 minutos. Uber. “olá”. Banco de couro. Estrada. Pensamentos nas pessoas especiais. Sotaque difícil de entender. Lua bonita. Ansiedade. Cidade nova e Introspecção. Arquitetura característica. Olha relógio. Pagamento. Descida. Garoa. Cainham para um boque. "Pavilhão da Água". Bosque bonito. Chuva. Correr. Roupa e cabelo molhado. Área mais fechada do bosque. Trilha de barro. Árvores protegendo da chuva. Volta a se caminhar.

De maneira apressada e assertiva eles rapidamente pegaram um uber e se despacharam para outro local. Apesar do sotaque lembra um pouquinho o do norte do Brasil, era difícil de entender pra caramba. Ou seria o sono de uma viagem longa? Depois de chegarem ao que parecia ser outra cidade eles já entraram no bosque. Estava tudo muito rápido. Nem para dar uma relaxada logo ascende seu cigarro de palha enquanto segue Ronaldo e os outros. Pavilhão da Água era um bosque muito bonito, e Nem sentia esse clima amistoso lembrava de sua infância na floresta amazônica, apesar do clima estar mais fresco obviamente. Ali ele encontrava ainda uma familiaridade. Seria o mesmo na Croácia? Ronaldo corta seus pensamentos dizendo:

-Vocês querem saber alguma coisa antes da gente prosseguir? Se quiserem falar algo, agora é o momento

Evaírson responde com certo entusiasmo:

Também gostaria de me descansa senhor. Ma acho prudente fazer uma pequena refeição antes. Desculpe meu amadorismo  é minha primeira missão fora de casa. Teremos que nos apresentar oficialmente ainda hoje ou poderemos descansar em nossos aposentos logo?
Após a pergunta, desconcertado, o jovem Garou dá outro trago em seu cigarro de palha.
Marcellus
Marcellus

Mensagens : 22
Data de inscrição : 29/11/2018

Ir para o topo Ir para baixo

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada - Página 2 Empty Re: Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

Mensagem por Crios Dom Out 27, 2019 7:19 pm

Andressa e todos- Avião (Noite passada)

Musica:

--Uau isso é realmente muuuuito bom, cheguei a pensar que ia ficar a mercê de um Garou com dons de proteção, é bom saber que não necessariamente vou morrer com um único tiro, e vou poder ir para a batalha um pouco mais de autonomia.

Ronaldo fazia uma cara satisfação e respondia:

-Fico contente. Vai aguentar bem mais do que um único tiro, ou um golpe de garra. A unica coisa que vai complicar é se você tomar um tiro na cabeça… - Dizia Ronaldo meio pensativo, como se não tivesse percebido esse pequeno importante detalhe. - Mas fora isso ta tudo tranquilo.


Quando chegava em portugal, após acordar, e algum tempo depois de avisar os acontecimentos a Seto, eis que recebe uma resposta:

“Heey, dahora! Uma pena que eu não pude ir (emoji triste x3) MAs eu sei que você vai ficar bem. Eu estou voltando para São Paulo só agora acredita? Estou em uma kombi com alguns jovens enxeridos que gostam de resolver mistérios. Eu achava que alguns dançarinos poderiam estar por trás de uma mansão mal assombrada, mas na verdade era só um homem fantasiado. Acredita? Gnt, que noite mais maluca. Me senti nos anos 60 (emoji assustadinho x3)”

No dia seguinte, ja em portugal recebia outra mensagem de Seto perguntando:

“Ow, como mesmo que eu pego alguma arma na conquer? O Rei-Da-Erva vai me dar uma missão na umbra eu acho. Parece que estão aparecendo espíritos Zumbi perto de uma Cracolândia na penumbra. Daí pensei que uma “12” ajudaria. Seria bem alá Resident Evil hahaha”

O tempo passava, e ela ainda se achava graça dessas pequenas coisas em Seto. Mesmo sendo sua tia, teve que agir como sua verdadeira mãe por tanto tempo, que mesmo sendo essa mulher por vezes fria e bem decidida, sentia alguma saudade reprimida. Seto estava bem.




Evairson "nem" de sá e todos- Avião (Noite passada)


Musica:

Durante a viagem, o Filho de gaia era visivelmente um dos mais tranquilos. Quando tinha a oportunidade, sempre puxava seu cigarrinho, falava manso, e mostrava ser alguém que não ficaria irritado facilmente. Mas sempre que olhava para seu celular seu celular era de ansiedade. Estava brigado com a mulher (que muito provavelmente todos os companheiros ja deveriam saber). E após tomar alguns conselhos amorosos com a única Parente no avião, pensou que deveria tentar ficar de boa com a liz. Infelizmente ela não olhou o celular durante boa parte da viagem no avião. Só pouco antes de pegar no sono que ela chegou a olhar o celular. Quando viu que tinha mensagem de liz, seu coração foi a boca, e quando abriu a conversa, notou que sua parentinha estava carente, e meio triste por terem “brigado”. E após um pedido de desculpas meio meloso, ficaram trocando algumas conversas fofas e figurinhas amorosas. Ela falou que não poderia falar muito no dia seguinte por que a noite teria uma festa de aniversário da amiga da faculdade, então iria passar o dia no cabelereiro e no esteticista. Mesmo sentindo um ciuminho, logo eles ficaram de boa um com o outro, e demonstravam sua saudade em frases apaixonadinhas, e assim faziam as pazes. Ele foi um dos últimos a dormir.

Quando todos acordaram e saíram do avião, Nem era quase outro homem. Acordava extremamente bem humorado, chegando até mesmo a não reclamar de não poder dar uma tragadinha. Estava visivelmente bem de espírito e animado. Se andressa, Espada de prata, ou Ronaldo perguntassem, o sorriso feliz e suspiro poderia servir como uma boa resposta. Ronaldo até faria alguma piadinha com o assunto dizendo “ah mulheres, fazem a nossa vida um inferno, bagunçam nossa cabeça, mas a gente sempre acaba assim no final”





Amaretsu e todos- Avião (Noite passada)



Espada de prata parecia ser a mais introspectiva naquela viagem. Talvez por causa de sua criação mais religiosa, ela interagiu pouco com o grupo. Mas pouco comparado com todos, pois como a viagem foi longa, com toda certeza teve bastante tempo para interagir, conversar, rir, e fazer perguntas pertinentes. Principalmente as conversas com Ronaldo acabaram lhe ajudando no documentário. Houve até um momento em que fizeram um “bate-bola jogo rápido” em que ela fazia uma série rápida de perguntas para Ronaldo, que geralmente respondia sempre de forma irônica e com bastante bom humor.

Houve um momento bastante engraçado que Espada de prata fez uma pergunta, mas Ronaldo não entendeu, e acabou respondendo algo totalmente nada haver, falando que gostava de “Bacalhau á Caralho”. Após um momento curto silencio, todos imediatamente caíram na gargalhada e começaram a rir alto. Ronaldo ficou sem entender mas começou a rir alto pois estavam todos rindo. A forma como ele ficou confuso e a resposta acabaram ficando marcados no vídeo. Após a dor de estômago passar,  a turma acabou descobrindo que Bacalhau a Caralho é um prato português. Após várias piadinhas, “bacalhau” acabou virando uma piada interna do grupo.






Andressa, Nem, Amaretsu - Divisa da Seita Barreira D'agua (presente)



Estavam todos em cima daquela plataforma de pedra que marcava a divisa da Seita e do mundo externo. Eis que quando eram perguntados sobre ter alguma dúvida, ou algo a falar, Evairson “nem” era o primeiro a Falar:

Também gostaria de me descansa senhor. Ma acho prudente fazer uma pequena refeição antes. Desculpe meu amadorismo  é minha primeira missão fora de casa. Teremos que nos apresentar oficialmente ainda hoje ou poderemos descansar em nossos aposentos logo?

Na sequência, Ronaldo lhe acalmava:

-Pelo o que fui informado, haverá uma assembleia esta noite. Então vocÊs serão todos apresentados formalmente lá. Chegando no Caern, eu vou levar você até alguns quartos onde poderemos descansar da viagem. Dai a noite teremos a Assembleia, e partiremos para a croácia. E ah, vamos comer em breve. Sempre tem coisa la na Seita. Espero que gostem de Bacalhau.

_________________
"Se o inverno é uma força devastadora, eu sou a delicada rosa que traz seu desabrochar"
Katerine Regan Rosenstock. Desabrochar-do-Inverno

Falas. Narrativa/ação. Off/Pensamentos
Crios
Crios
Admin

Mensagens : 447
Data de inscrição : 27/03/2017
Localização : https://lobisomemrpg.forumeiros.com/t61-katerine-rosenstock-hominio-theurge-uktena

Ir para o topo Ir para baixo

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada - Página 2 Empty Re: Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

Mensagem por Kurosatsunomori Sáb Nov 02, 2019 6:37 am

Ronaldo escreveu:-Fico contente. Vai aguentar bem mais do que um único tiro, ou um golpe de garra. A unica coisa que vai complicar é se você tomar um tiro na cabeça… - Dizia Ronaldo meio pensativo, como se não tivesse percebido esse pequeno importante detalhe. - Mas fora isso ta tudo tranquilo.

Andressa não estava surpresa por Ronaldo não perceber que sua cabeça era frágil diante de balas, não deve estar acostumado a levar parentes para batalhas. A parente ja tendo imaginado isso de antemão cogitava em ficar a longa distância, onde poderia tomar cobertura de projéteis inimigos, e ficar longe das garras, dons, encantamentos e disciplinas inimigas. Todos os tipos de criaturas odiosas iriam aparecer, nem ao menos se sabe em qual ordem e do que elas são capazes, se Seto soubesse a periculosidade na qual sua parente estaria se metendo, muito provavelmente viria a se arriscar de modo que pudesse ser útil, não era o que Andressa queria, a final sempre o protegeu e naquele momento não estava disposta a permitir que ele se metesse, além do mais ele tinha seus próprios deveres com os quais deveria se preocupar.

Seto escreveu:“Heey, dahora! Uma pena que eu não pude ir (emoji triste x3) MAs eu sei que você vai ficar bem. Eu estou voltando para São Paulo só agora acredita? Estou em uma kombi com alguns jovens enxeridos que gostam de resolver mistérios. Eu achava que alguns dançarinos poderiam estar por trás de uma mansão mal assombrada, mas na verdade era só um homem fantasiado. Acredita? Gnt, que noite mais maluca. Me senti nos anos 60 (emoji assustadinho x3)”

Foi engraçado e até divertido receber aquela mensagem, mas a parente decidiu não a responder. Estava sendo encaminhada a uma missão, se acontecer de a conversa estender pode acabar se desfocando do que realmente importa naquele momento, ao mesmo tempo que daria a entender que Seto poderia mandar mensagem o tempo todo.

"Mais tarde eu respondo..."

Seto escreveu:“Ow, como mesmo que eu pego alguma arma na conquer? O Rei-Da-Erva vai me dar uma missão na umbra eu acho. Parece que estão aparecendo espíritos Zumbi perto de uma Cracolândia na penumbra. Daí pensei que uma “12” ajudaria. Seria bem alá Resident Evil hahaha”

Andressa adorava esse jogo, na época que o jogo fez sucesso passou várias noites jogando com ele. Embora ele fosse muito mais novo, enquanto ficava sozinho jogava por horas e era muito bom nisso, poderia concluir todo o jogo sozinho em um único dia, mas para jogos de terror/ação, esse em específico, gostava de jogar na companhia dela. A missão umbral parecia ser divertida, gostaria de ir junto, enfrentar zumbis...

Andressa respondeu: Kkkkkkkk como eu não sabia quando você ia voltar eu fechei as portas por tempo indeterminado, então você pode pegar se quiser, mas já providencia munição pro estoque do mês que vem pq eu remarquei todos os clientes. Queria poder ir com vc. Vê se cuida dessa 12!!
Ps: Sério, cuida da 12.


Ao sair do avião...

“ah mulheres, fazem a nossa vida um inferno, bagunçam nossa cabeça, mas a gente sempre acaba assim no final”

"Essa frase... Essa frase traz alguns pensamentos... Brandon e Milla... um casal peculiar."

Desde que as coisas mudaram, depois que seu irmão Brandon morreu e essa história foi enterrada, desde que seu luto individual passou nunca mais pensou nele, e isso já fazia um bom tempo. "Mulheres..." essa palavra ecoava em seus pensamentos enquanto Andressa revivia essas memórias. Brandon foi um babaca, mentiu e manipulou, privou o próprio filho de viver por não ter coragem de assumir as consequências de sua escolha. Mas e quanto a Milla?? Andressa não teve muito contato com ela, qual seria sua parte na história? Depois que morreram ninguém nunca mais os mencionou, os dois estavam juntos vivendo esse amor danoso, não seria surpresa alguma se Milla tivesse concordado com Brandon, afinal ela também tinha motivos para esconder, mentir e manipular. A cobrança que rege o Sangue Puro faz com que os herdeiros ainda com suas capacidades não desenvolvidas sejam cobrados a seguir os feitos de seus ancestrais mesmo que não tenham vocação pra isso. Os que não se mostram capazes são mal vistos, e os que são capazes adquirem alta glória. Dentro desses que se esforçam para manter a imagem de sua família é comum que apareça um grande vigarista. Por esse ponto não há muita diferença entre os Presas de Prata e os Senhores das Sombras.

Amor por outro igual, reciprocidade, o desejo de estar junto, uma combinação tão bonita mas incompatível com os costumes atuais das política Garou e muitas vezes até mesmo incompatível com as políticas humanas. Brandon e Milla se amavam e queriam estar juntos, como amantes e como guerreiros, tanto que faziam parte da mesma matilha e morreram protegendo um ao outro. Renome e status, estão acima da humanidade, respeito, perdão e compaixão, os guerreiros que lutam pelo Gaia no mínimo deveriam ser capazes de entender a natureza dos sentimentos, a natureza das emoções. Privilegiados por poderem adentrar a umbra e terem contato direto com criaturas puramente espirituais deveria facilitar essa compreensão, mas talvez imbuídos pelo medo, a pressão de lutar no apocalipse, esse envolvimento os prive de ver as coisas por esse lado. Garous não são apenas guerreiros, algo deveria lembrá-los disso. O Filho de Gaia, Nem, mostra que nem tudo está perdido, mas ainda é muito pouco se comparado ao que acontece. Garous chamados Impuros são constantemente rejeitados, humilhados. As vivências no mundo Garou fazem com que odeiem a si mesmos, as vivências Garou e humanas fazem com que odeiem suas deformidades. Os Metis até alguns anos atrás eram assassinados, hoje em dia isso ainda deve acontecer as escondidas, Seto poderia ter sido mais uma vitima, ele está vivo mas para ter sua liberdade Brandon e Milla tiveram que morrer. Se eles quisessem matar Seto teriam feito, mas algo os impediu, a consciência deles talvez. Imaginar o que eles pretendiam com Seto permeia infinitas possibilidades, dentro dessas intenções obscuras não dá pra saber se tinham intenções nobres afinal, mas a imagem que ficou deles com essa conclusão trágica é que agiram muito errado. Mesmo que a história tenha classificado eles como babacas, como fica essa classificação quando a própria cultura Garou é impiedosa?

"O que aconteceu não foi culpa da mulher... Milla"

--As mulheres não têm culpa de vocês não serem capazes de controlar suas próprias emoções. Nem tenta jogar essa responsabilidade na gente que já temos as nossas.-- Disse em resposta a Ronaldo.

Ronaldo escreveu:-Pelo o que fui informado, haverá uma assembleia esta noite. Então vocÊs serão todos apresentados formalmente lá. Chegando no Caern, eu vou levar você até alguns quartos onde poderemos descansar da viagem. Dai a noite teremos a Assembleia, e partiremos para a croácia. E ah, vamos comer em breve. Sempre tem coisa la na Seita. Espero que gostem de Bacalhau.

Andressa respondia com um sorriso no rosto:

--Eu vou querer saber a procedência desse bacalhau hahaha.
Kurosatsunomori
Kurosatsunomori

Mensagens : 344
Data de inscrição : 28/03/2017
Idade : 31

Ir para o topo Ir para baixo

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada - Página 2 Empty Re: Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

Mensagem por Marcellus Qui Nov 21, 2019 7:31 pm

A viagem estava sendo, física e emocionalmente cansativa para Evaírson. Mas a missão que teria com a mãe Gaia, ainda nem mesmo começou. Mas o jovem guerreiro de Gaia não viajava sozinho. Estava com sua tia em seu coração. E sua amada no seu coração e em sua mente. De algum desses lugares, Lis deveria sair, para que a batalha contra o mal fosse feita de corpo, alma e espírito.

A viagem estava proporcionando a Evaírson um grande aprendizado. Estava ali ele nesta trajetória, com Garous de várias tribos, indivíduos com diferentes pensamentos, mas estavam lá pelo equilíbrio de Gaia. Ele estava aprendendo que a convivência não seria fácil, mas vital para o grupo. Os Garous estrangeiros seriam também um desafio, pois nem todos seriam quietos e taciturnos como Ronaldo.“Nós nos matamos tanto, mais que os próprios agentes da Wyrm se pá”.

A conversa com a parente Andressa foi a que mais chamou a atenção de Nem. Ele percebeu um pouco do egoísmo que nutria de querer arrastar a amada Lis direto para seu mundo. Evaírson estava orgulhoso de ter a brava Andressa como companheira de equipe.“Nós Garous precisamos ouvir mais os parentes e os silenciados pela nossa arrogância”, pensava consigo. Ele meditou pelo caminho que o amor é respeito e construção. Logo nas conversas com Lis pelo telefone, preferiu adotar uma postura mais branda, para apaziguar a relação. Só pensava em imaginá-la feliz na festa que iria, apesar de suas inseguranças. Tão feliz como na festa em que se conheceram.

A plataforma do Caern estava lhe ajudando a construir pensamentos mais brandos, apesar de sua natureza.“Sou um meia-lua afinal”.

Andressa que parecia pensativa argumentava:

--As mulheres não têm culpa de vocês não serem capazes de controlar suas próprias emoções. Nem tenta jogar essa responsabilidade na gente que já temos as nossas.-- Disse em resposta a Ronaldo.


Nem de maneira positiva concordava com a Parente balançando a cabeça na afirmativa. Justo.

Em diálogo,, Ronaldo lhe respondia:


-Pelo o que fui informado, haverá uma assembleia esta noite. Então vocÊs serão todos apresentados formalmente lá. Chegando no Caern, eu vou levar você até alguns quartos onde poderemos descansar da viagem. Dai a noite teremos a Assembleia, e partiremos para a croácia. E ah, vamos comer em breve. Sempre tem coisa la na Seita. Espero que gostem de Bacalhau.

Após Ronaldo responder sua inquietação, só estava a espera de comer bacalhau e de causar boa impressão de maneira calma e astuta para prosseguir na missão. Além de uma boa oportunidade para enrolar seu fumo natural.
Marcellus
Marcellus

Mensagens : 22
Data de inscrição : 29/11/2018

Ir para o topo Ir para baixo

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada - Página 2 Empty Re: Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

Mensagem por Crios Ter Nov 26, 2019 3:36 pm

STEFAN - NOITE NA BARREIRA D'AGUA




Quando a theurge havia terminado de falar, ela repousava as mãos sobre as pernas, e voltava a olhar para a chuva.  Isabelle Filha-do-Mar tinha vindo falar particularmente com Stefan devido a sua preocupação com seu sonho. Segundo Isabelle, na floresta, quando disse que um guerreiro do norte vinha resolver assuntos de família, ela não havia falado seu sonho por inteiro, revelando em particular para o Cria de Fenrir a parte que preferiu esconder: O guerreiro luta ao lado de isabelle em uma batalha decisiva, mas depois até encontrar o que deseja, mas em um poço da Wyrm, colocando todos ao seu redor em perigo. Ela repousava as mãos sobre as coxas, e então olhava para a chuva. Também haviam conversado sobre o ritual da pedra caçadora. Stefan estava sentado na cama, e ela estava em pé, encostada em um cômodo qualquer, meio sentada nele, próximo da janela.

Stefan, meio afobado, ao saber do ritual, pergunta sobre isso. Isabelle vira seu rosto para ele, e com bastante calma, ouvindo o que o Philadox tinha a dizer sobre o Coringa. Nessa fala, poderia notar uma cara de confusa, mas ao mesmo tempo com um sorriso, como quem não não estivesse entendendo o que o Batman teria haver com o ritual, mas querendo saber até que ponto aquilo chegaria. Eis que quando Stefan termina, ela faz uma cara de quem entendeu, e dava uma suave risadinha soltando ar pelo nariz. Ela respondia:


-Que comparação mais….surprendente, meu jovem. Podemos fazer essa noite se quiser. Amanhã teremos pouco tempo para isso.

Quando ele fazia a piada sobre estudar física na faculdade, Isabelle apenas sorria, mas não expressava risadas. Apenas correspondia com um sorriso. Mas logo na sequência, quando ele dava suas últimas palavras, A theurge fazia um sim com a cabeça e dizia:

-Eu não posso dar certeza de nada, mas gostaria que você tomasse cuidado. As batalhas de lá serão bastante intensas. E se formos lutar juntos, eu peço para que tome cuidado. Mas não sou ninguém para questionar se por acaso você vier a procurar seus desejos no calor da batalha. Não poderia lhe julgar.... Lembrando que eu não sonhei com sua mãe, era algo mais como “aquilo que você deseja”, sabe? No caso, o meu medo é que isso venha a arriscar a sua vida, e a de todos....

Seu tom de voz era preocupado e bastante suave, parecia ter uma certeza leveza em suas palavras, mas não que não estivesse tensa ou preocupada com a situação.


- Isabelle, quero que entenda uma coisa... se acontecer... o que você viu em sonho... seja lá o que for aquilo que eu desejo aparecer... eu vou lidar com isso sozinho... Justamente para não colocar você ou os outros em risco... se o momento da escolha chegar e eu tiver que decidir entre minha missão pessoal e a do grupo... Que Gaia ilumine meu julgamento...

Stefan levantou-se... tirou as mãos do bolso e as juntou frente ao corpo e começou a esfregar uma na outra.. como se estivesse aquecendo o corpo e mostrando uma certa ansiedade..

- Bom... ainda essa noite você disse.. Que tal começarmos já este ritual?

-Se você for, eu não vou te impedir. Isso é do seu sentimento e essas coisas são importantes. Eu também diria que não colocaria a missão em risco. Mas eu sei e posso afirmar que nem sempre o coração faz oq a cabeça diz que não vai fazer....

Era possível sentir um certo pesar em sua fala, logo seguida de um silêncio rápido. Ela olhava para baixo, e em seguida para a chuva. Ela terminava:

-Claro. Vamos lá. vem comigo. Traz a foto dela.

Stefan Guardou a foto no bolso da jaqueta e foi até Isabelle para irem andando. Ela tomava a frente, e na sequência o guerreiro lhe acompanhava. Ambos desciam as escadas, e iam passando pelo casarão. Ao chegarem no térreo, podiam ver aquele homem sentado na cadeira. a chuva parecia ter ficado mais forte e as portas abertas deixavam o vento invadir o local. Isabelle se dirigia o homem sentado que parecia estar acendendo um cachimbo bem alá Sherlock Holmes. A voz de isabelle se direcionava para o homem:

-Hey, Furacão de Bronze. - O homem aparente ignorava-a pois estava frustado tentando acender seu cachimbo. Ela ficava em silêncio um momento esperando inutilmente uma resposta. Ela então dizia

-Tá sabendo de algo do Ronaldo?

Quando ele finalmente conseguiu acender o cachimbo, olhava pra Isabelle, e respondia:

-Olha, a última que soube do Brasil é que o avião de carga com as armas do pessoal já saiu de lá.  Você deveria se preocupar menos com isso, sabe?

Isabelle desabafava um tanto irritada:

-É mas eles já deveriam estar aqui hoje, não chegar amanha.


Stéfan ia seguindo a Filha de Gaia com os pensamentos meio que voando quando chegaram até o estranho homem só de cachimbo.. por um instante, enquanto eles falavam dos brasileiros e da carga de armas (essa parte em especial atraiu a atenção do garou), Stéfan colocou a mão no bolso para apanhar seu isqueiro e ajudar o homem a acender seu fumo... mas visto que ele se ajeitou sozinho, deixou o isqueiro no bolso novamente...

O Cria de Fenris não era lá muito sociável, porém tinha suas curiosidades... Não estava muito inserido também nas hierarquias da sociedade Garou para saber se podia ou não dirigir a palavra àquele sujeito (não sabia seu posto na Seita)... Porém decidiu arriscar, pois já era tempo de arrancar daqueles portugueses um mínimo de respostas. Olhou para Isabelle que lhe esperava para se molharem na chuva e disse:

Voltou-se para o homem do cachimbo e disse rapidamente:



- Hey.. Furacão de Bronze, não é?.. Desculpe a intromissão, mas, se me permite, tenho uma única pergunta a te fazer...

Furacão de Bronze olhava curioso para Stefan, tirava o cachimbo da boca e respondia:

-Boa noite jovem. Pode perguntar.

Ele colocava o cachimbo na boca e dava uma tragada.


Stefan parou na frente do homem e perguntou de uma só vez:

- Qual é o grande mistério nessa jornada? Eu quero dizer... O que... exatamente... iremos enfrentar?..

O homem ouvia fumando. Assim que tirava o cachimbo da boca falava de forma bastante responsável.

-Olha. Vampiros, vários deles. Dançarinos, Uma legião de malditos, e é claro, política de seita. O pior e que vai estar lutando tudo junto e meio misturado


Isabelle completava:

-Nosso medo e que os Garous Croatas e Bósnios começem a se matar. Eles não costumam se dar bem, mas estão juntos pelo bem do Caern q foi abandonado.

Stéfan parou um instante para digerir as informações... Seria, sem dúvida, seu maior mergulho na sua nova vida despois de sua primeira transformação.. E aqueles inimigos... malditos.. dançarinos.. certamente saíram de um Buraco da Wyrm, como no sonho da Filha de Gaia. Um frio na barriga tomou conta do garou e ele falou para terminar sua conversa com Furacão de Bronze:

- Parece uma boa diversão... Vamos indo então, Isabelle?


-É. bem divertido se me perguntar. é o parquinho da alegria dos Crias De Fenrir. Só tem que tomar cuidado. Muito sangue vai jorrar.

-Bem, faz parte neh… - Isabelle respirava e fazia uma cara de conformidade. Olhava para a chuva rapidamente, e dizia olhando para Stefan. - Espero que você não seja feito de açúcar

Furacão de Bronze dava-se por satisfeito e então voltava a fumar reclinando-se na cadeira. Stefa  poderia notar nele um homem um pouco arrogante, mas confiante. Parecia saber do que estava falando.

Isabelle, ao ouvir, fazia que sim com a cabeça, e fazia um gesto com a mão para que stefan lhe seguisse. Ela saia correndo apressada em direção a outra casa. Assim que chegavam, o Cria de fenrir poderia notar que a segunda casa era menor. Foi explicado anteriormente pra ele que aqui ficavam os garous da própria Seita. Chegavam meio molhados e levemente ofegantes. Logo recuperavam o fôlego, e continuavam. Stéfan pegou a fotografia e a manteve nas mãos.

- Esses... espíritos do ritual... vão querer algo em troca dessa ajuda?..

Stéfan tinha tido poucas vivências no mundo espiritual depois de sua primeira mudança. Não sabia, ao certo, como essas coisas funcionavam.

Eles caminhavam então para o quarto de isabelle. Enquanto terminavam de subir as escadas, ela respondia de forma suave. Seu tom era muito leve, quase soprado.

-Não se preocupe com os espíritos. Eles não vão querer nada em troca. Na verdade, esses rituais fazem parte do nosso Pacto. Nós protegemos e ajudamos eles, e em troca, eles nos ajudam com rituais como esses por exemplo.  Veja stefan, este poder pertence a Gaia. E no fim, somos todos filhos de gaia. - Ela terminava com sorriso maroto -

Quando ela abria a porta do quarto, Stefan notava que era uma suíte pequena, mas ainda maior e melhor  imobiliado do que o Quarto No.7 onde estava passando. Era compacto e bem limpo. Cores brancas e azuis predominam. Havia um pequeno altar com um incenso já apagado e algumas coisinhas como velas, conchas, e itens espirituais. A natureza espiritual de stefan poderia sentir uma certa aura vindo dali. A cama era de casal, meio bagunçada com um box simples. O guarda roupa deveria ter mais de uma década, e tinha uma gaveta meio quebrada. mas estava bem arrumadinho. Havia duas prateleiras cheia de livros. Ela parecia ser uma mulher que gosta de ler. ela falava:

-Vou pegar as coisas pro ritual. Pode sentar um pouco enquanto arrumo as coisas. só coloca meu note mais pro lado dai 


Fora o cobertor todo jogado na cama, tinha um notebook preto fechado da Samsung largado na cama. Ela então ia até seu pequeno altar, acendia um incenso, e ia atrás de alguns objetos. Enquanto ela andava pra lá e cá no quarto, guardava algumas roupas jogadas, de forma meio envergonhada. Em algum momento chega a resmungar. "Eu não estava esperando visita😅 "

No total, ela pega uma toalha, e coloca uma pequena vasilha de água (como um potezinho de servir sobremesa, caberia toda sua mão com sobra se colocasse ela). por cima, colocava um punhal que tirou do altar para fazer este ritual. Ela pegava um mapa da europa, e uma bússola e colocava juntos do lado da vasilha. Tudo era armado no chão do quarto, ao lado da cama. Havia um certo espaço para isso quando se tirava a cadeira da escrivaninha. ela se sentava no chão e dizia:


-Venha. Sente-se....

Ela estava sentada com perninha de índio e ficava  de "frente" para Stefan que até então estava sentado na ponta da cama.

Stéfan seguiu a Filha de Gaia até o quarto. Conforme orientação dela, o garou sentou-se na beirada da cama, arredando o notebook para não deixar cair... Sorria ao ver Isabelle catando suas roupas jogadas no chão. Parecia uma adolescente desastrada, mas Stéfan sabia que ela era muito mais do que a aparência e a desorganização de seu quarto.  

Quando ela sentou no chão, o Cria de Fenris sentou-se à sua frente... Tentou fazer uma posição diferente com as pernas, como uma posição de lótus para meditação, porém nem suas calças jeans nem sua pouca elasticidade permitiram. Sentou de qualquer jeito então, meio embaraçado. Pegou a fotografia de sua mãe e estendeu para Isabelle.

- Acho que vai precisar disso... O que eu faço?


A filha de gaia fazia um sim com a cabeça quando Stefan oferecia a foto:

-Sim. vou precisar dela.

Ela colocava a foto com todo cuidado a uma distância segura da vasilha, mas próximo o suficiente. Então, pensa um momento, se levanta e diz:

-Só mais algumas coisinhas. E ah, esqueci de falar. por favor, tire os sapatos.

Ela ia até um local do quarto, e tirava suas botinhas e a meia. Estava apenas com sua calça jeans e blusa preta.

Isabelle ia caminhando de costas para Stefan e ia em direção ao armário.  Seus pés iam pra frente de forma muito leve. E Stefan nesse momento reparava uma pequena tornolezeira que parecia ser de ouro rosa com um pingentezinho de Leão. Isabelle tinha aproximadamente 1,60 e pouco. Era uma mulher mediana pra pequena, já que seu corpo era fino de forma geral. Ela precisava levantar um pouco os pés e estender os braços para alcançar a última prateleira do armário. Enquanto se estica toda, ela ia pegando uma pequena sacola. sua voz soava em um tom explicativo


pingente:


-Já que você não sabe muito sobre rituais, pode me ajudar com outras coisas. - Ela virava para o Cria de Fenrir com uma sacolinha colorida com velas. Seu tom se mantinha suave - Você que tem mais contato e sinergia com sua mãe. Então durante o ritual, você vai escrever sobre ela ou desenhar, em uma vela especial. É como se eu fosse chamar os espíritos e você fosse criar uma espécie de "ponte" espiritual para dar uma noção de direção para sua mãe. Entendeu? Só tenho que acender algumas vela pelo quarto, enquanto isso você pensa em como representar sua mãe na vela principal.

Ela pegava algumas velas e ia distribuindo pelo quarto. e dava na mão de Stefan, uma vela grossa com uma vareta de madeira com uma ponta. Quase como um lápis. O incenso que ela tinha acedido já deixava seu cheiro no quarto.


-Agora, me ajude a acender as velas. Mas acenda mentalizando uma oferenda.



Isabelle havia distribuídos várias velas pelo quarto. Ela oferecia um isqueiro que tinha ali para o guerreiro caso ele não estivesse com algum. Enquanto iam acendendo as velas, Isabelle parecia cantarolar alguma música. Tinha uma voz bonita. Stefan reparou que o ritual havia iniciado. Nessa altura, o quarto se dava totalmente pela luz de velas, cheiro de incenso, a voz suave da theurge, e os itens do ritual que estavam distribuidos em cima da toalhinha. Os itens eram basicamente, uma vasilha d'água com uma adaga por cima da vasilha, sem encostar na água. Ao lado, alguns mapas da Europa ao lado da vasilha. A frente, uma foto da mãe de Stefan. Isabelle pedia para que ele inicia-se a escrever ou desenhar sobre sua mãe. E quando terminasse, acendeu sua vela, e colocasse perto da vasilha. Nesse meio tempo, isabelle estava sentada em posição de lótus, de olhos fechados cantarolando. Era possível sentir um clima mistificando tomando conta do lugar. O lado espiritual dos garou fazia sentir tudo com mais intensidade. Um certo poder mágico parecia emanar de Isabelle, tamanho era seu foco. Sua voz fazia a alma de Stefan vibrar. Seu corpo arrepiava todo enquanto seguia a voz da Adren. O rapaz Sentia-se inspirado e guiado naquele ritmo. Ele  era capaz de evocar sua ligação com sua mãe enquanto A Filha Do Mar evocava e apelava aos espiritos.

O Cria de Fenris mentalizava alguma coisa como uma prece ou oração, algo muito distante do que estava costumado a fazer.
“Aos espíritos, nossos amigos, prestamos nosso respeito e nossa hospitalidade.”
“Aos espíritos que nos guiam, estejam ao nosso lado.”  
“Aos espíritos, nossos amigos, mostrem-nos o caminho..”

Stéfan mentalizava essas e outras frases em sua cabeça enquanto acendia as velas pelo quarto. Em seguida, sentou-se e apanhou a grande vela e aquela vareta. A voz de Isabelle lhe era agradável e seu lado espiritual parecia aforar em suas veias. Os pêlos de seu corpo estava eriçados e parecia que o seu peso tinha diminuído pela metade, como se estivesse imerso na água ou flutuando na Lua. Pegou a vareta e começou a escrever (não tinha dons artísticos para desenhar)...

“Anelise Ulrich. Minha mãe. Loira, olhos claros como o mar do Norte. Desaparecida. Deixou seu filho há muito tempo sozinho. Apareça agora. Anelise Ulrich. Misteriosa. Minha mãe de sangue. Aneise Ulrich, sinto sua presença no meu coração.”

Ao terminar, Stéfan acendeu a grande vela e a colocou ao lado da vasilha


Quando ele terminava de escrever/desenhar e falava isso, os olhos de isabelle, até então fechados abriam. Olhando para a vasilha com a mesma leveza que cantava, pegava a adaga e abria um dos mapas. Com a mesma mão que segurava o punhal, segurava a foto. Ela fechava os olhos novamente e deixava sua mão se mover livremente sendo guiada pelo poder espiritual do ritual. A ponta da faca fazia um caminho. Sua mão se movia lentamente. A faca (que estava apenas por cima do mapa) então encostava no mapa, iniciando na França na região de Pa de Calle. A faca seguia seu caminho. Conforme se aproximava do norte da europa. o coração de Stefan começava a bater mais rápido. Sua ansiedade vinha mais a tona. Isabelle cantava mais rápido. A batida parecia acelerar. O punhal fazia uma linha reta da França até o norte da europa, e esse trajeto por muito pouco passou pelo sul da Dinamarca, o que novamente arrepiou todo o corpo de Stefan. A adaga parava. Parecia ser no litoral Sueco... Quando o olho de Stefan focava no local,parecia ser em algum lugar na região próxima de Malmo, bem próximo da Dinamarca....Então, após alguns segundos parada, a adaga se movia rapidamente guiada pelo pulso da theurge, e parava, para sua surpresa, na Croácia. Os olhos fechados de isabelle faziam uma expressão de dor e subitamente, ela enfiava a ponta do punhal na croácia, chegando a furar o mapa. O coração de Stefan disparava em ansiedade. A theurge abria os olhos, com um olhar de grave preocupação dizia quase que como num susto:

-Stefan...Ela está em algum lugar perto da Croácia!

Nesse momento, todas a vela que estava frente ao Cria de Fenrir, se apagava.


-Eu nao sei dizer onde. ou como. Mas ela está nos Balcãs. Kriv put é apenas um dos lugares possíveis. Mas se isso for oq eu estou pensando..... - ela parava pensativa. Seu tom tinha sido de preocupação e aflição. Mas agora depois dessa pausa ela falava de uma forma a tentar acalmar Stefan - Bem...Agora o resto talvez dependa de você....Mas ta tudo bem Guerreiro. Agora sabemos que ela não estará longe do local da missão.


O ambiente ficava quieto então. Apenas iluminado a luz de velas. Os dois trocavam olhares.


Em seguida os olhos de Stefan se arregalaram com o desfecho do ritual. Se pudesse, naquele momento, fazer um raio X do seu próprio corpo, poderia ver que suas entranhas se remexiam e lhe davam um aspecto amarelado na pele e fazia sentir o que costumamos chamar de “frio na barriga”. Os olhos acompanhavam a trajetória do punhal pelo mapa da Europa... Ao se aproximar da Croácia o coração do garou parou por alguns segundos. Seus ouvidos taparam e tudo o que conseguia escutar era o som de um zumbido muito agudo e forte dentro de sua cabeça. Esse zumbido foi diminuindo até que conseguiu ouvia apenas as últimas palavras de Isabelle: “perto da Croácia!”

Stéfan olhava para a Filha de Gaia depois do ritual. A luz das velas mantinha, para ele, o aspecto umbral do quarto. O rosto de Isabelle era iluminado por aquelas chamas trêmulas e não muito intensas. Ele escutou o que ela tinha a dizer e, em seguida, comentou:

- Será apenas uma coincidência, Isabelle? Não acredito em destino! Isso é papo furado... Se estamos aqui agora, é porque quisemos assim. Nada disso estava escrito... Nós escrevemos nosso destino... Seja como for, essa missão na Croácia está se tornando ainda mais importante para mim... O que faremos agora? Estou cansado, te confesso. Que horas são? Já é tarde... acho que vou voltar para meu quarto e dormir um pouco...

-Essa missão promete ser bastante conturbada… - Filha-do-Mar parecia estar um tanto apreensiva - Mas seu resultado é importantíssimo. Estamos tomando a ofensiva contra a Wyrm.


Stéfan levantou. Expressava nitidamente o seu entusiasmo e sua preocupação, ao mesmo tempo. Quando caminhava para a porta do quarto, votou-se para a Filha de Gaia e disse:

-  Obrigado por sua ajuda, Godi (Theurge), Adren dos Filhos de Gaia... Seu espirito é forte e seu coração está no lugar certo! Obrigado por me mostrar o que meus olhos sozinhos não conseguiram ver.



Ela respondia lisonjeada, e devolvia a formalidade de Stefan.

-Não tem problema, Guerreiro do Norte. Eu sou uma Theurge e essa é minha função. E falando em função…Eu também preciso ir dormir. Amanhã o meu… - Ela fazia pausa, como quem pensa duas vezes antes de falar - Colega de seita, vai chegar aqui com os brasileiros. E eu preciso estar lá para Recebe-los na entrada da seita.

Isabelle estava ainda sentada com perninha de índio. Ela então se levantava e esticava as pernas. Ela olhava ao arredor e falava brincando:

-É...e além disso, eu preciso arrumar essa bagunça kkkk - Ela então olhava para o Cria e dizia em um tom cuidadoso e carinhoso. - Pode ir descansar Stefan. Foi muita coisa para uma noite só. Você está cansado da viagem, e eu tenho que trabalhar amanhã. Mas relaxa. Vai ficar tudo bem.

_________________
"Se o inverno é uma força devastadora, eu sou a delicada rosa que traz seu desabrochar"
Katerine Regan Rosenstock. Desabrochar-do-Inverno

Falas. Narrativa/ação. Off/Pensamentos
Crios
Crios
Admin

Mensagens : 447
Data de inscrição : 27/03/2017
Localização : https://lobisomemrpg.forumeiros.com/t61-katerine-rosenstock-hominio-theurge-uktena

Ir para o topo Ir para baixo

Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada - Página 2 Empty Re: Cruzada ao Caern Fantasma - A Retomada

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 2 de 2 Anterior  1, 2

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos