Lobisomem RPG
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Khamaseen - Laços e Fetiches

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Mensagem por Lua Seg Ago 02, 2021 1:52 pm

LAÇOS E FETICHES

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Khamaseen vivia sua vida costumeira, tentando equilibrar a sobrevivência com a defesa de Gaia, como qualquer lobisomem e quase nem se lembrava de que havia participado de uma oficina de fetiches que foi cancelada por questões internas da seita. Até o dia em que recebeu de um peregrino silencioso uma mensagem de Monsieur Laforge, o parente que daria a oficina, dizendo que ainda lamentava muito não ter podido ajudá-los na confecção do fetiche e avisando que a seita Fonte Fria estava organizando uma pequena oficina de fetiches para uma de suas matilhas, a cargo dos theurges locais, e que estaria feliz de incluir Khamaseen, caso este ainda não tivesse feito o fetiche. Anexava a localização do caern, que na verdade Kham conhecia, e recomendações aos anciões. Tudo o que Kham precisaria fazer era apresentar-se no caern antes da próxima lua nova.
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Mensagem por Kurosatsunomori Seg Ago 02, 2021 10:57 pm

Eram dias confusos, as prioridades dos humanos e dos Garous não faziam muito sentido na cabeça do lupino. Problemas familiares, questões políticas das seitas, cultura Garou, politicas humanas, matilha separada, saudade dos velhos tempos com amigos agora distantes, e é claro, o apocalipse. A sobrevivência nesse âmbito toma uma complexidade muito mais elevada, um relacionamento abusivo com a Tellurian. Pobres homens presos em suas ilusões de controle, são poucos os que de fato sabem o que estão fazendo, e torcemos para que estes estejam do nosso lado quando ocorrer o inevitável.

Voltar às origens e correr com matilhas de lobos proporcionaram os momentos de dispersão que Kham precisava para se lembrar de seus próprios valores, se infiltrar em uma matilha qualquer e liderá-la por algumas semanas até garantir que repassou o conhecimento necessário para o antigo alfa, ou um sucessor com maior potencial. Semanas que passaram como horas, como perder os pensamentos ao longo de um banho quente.

Ja era hora de se despedir, a matilha poderia ser deixada novamente por conta própria, e os lobos deveriam eleger seu próximo alfa. A Lua Nova já se aproximava, e o lupino deveria apresentar-se ao Caern enquanto era tempo, e saltando sobre suas patas Kham rumava seu caminho motivado com o som de uivos que entonavam gratidão, saudade, luto, respeito e honra. Khamaseen está de volta à ativa.
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Mensagem por Lua Qua Ago 04, 2021 12:23 am

Khamaseen chegou a Fonte Fria ainda refletindo sobre a complexidade da vida nos últimos tempos e as coisas que ensinou e que aprendeu com os lobos.

Depois da estrada principal, tomou o caminho que levava à propriedade, já sentindo no vento o cheiro bom dos cavalos.

Na entrada, o esperava uma matilha. Kham a reconheceu principalmente pela métis albina. Haviam crescido. Na última vez que os viu, Dmitri, Nádia e Amanda eram adolescentes, mas agora tinham o aspecto de jovens adultos.

Spoiler:

O receberam com sorrisos.

— Kham! Que bom que você veio! O que você tem feito da vida, lobinho?

Enquanto entravam nas divisas, contavam as novidades. Algumas eram tristes, como que Laura, a theurge mais velha e tia deles, tinha feito o Ritual do Lobo do Inverno e outras eram alegres, como que eles haviam ascendido a fostern, que a seita agora tinha uma nova matilha de cliaths e que Klauss estava no caern para treiná-la.

— O dormitório masculino já está muito cheio com os pirralhos, Kham — disse Dmitri — Você vai ficar na cabana da Íria, ela é a theurge que vai nos orientar com os fetiches. Ali você vai ter mais liberdade e também fica perto da atelier do Alexey, que vai ajudar com a parte artística. Se quiser, você pode procurar o Klauss na sede.

Em pouco tempo chegaram à uma curiosa casinha de adobe.

Spoiler:

Ali, Kham foi recebido pela fúria negra, que estava do mesmo jeito que ele se lembrava dela.

Spoiler:

— Que bom recebê-lo de novo no caern, Khamaseen — sorriu a moça.

A matilha se despediu e foi cuidar de seus afazeres. Íria, então, levou Kham até o piso superior e mostrou o quarto onde ele ficaria.

Spoiler:

Depois, quando ele já estava acomodado, voltaram para a sala. Íria serviu refrescos e comidas que agradavam o paladar de um lupino e depois perguntou.

— Monsieur Laforge me havia dito que você queria fazer um Vigor do Filhote. Ainda é assim?
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Mensagem por Kurosatsunomori Qua Ago 04, 2021 7:28 pm

Khamaseen chegou a Fonte Fria ainda refletindo sobre a complexidade da vida nos últimos tempos e as coisas que aprendeu com os lobos.

Depois da estrada principal, tomou o caminho que levava à propriedade, já sentindo no vento o cheiro bom dos cavalos.

Na entrada, estava esperando uma matilha. Kham a reconheceu principalmente pela métis albina. Haviam crescido. Na última vez que os viu, Dmitri, Nádia e Amanda eram adolescentes, mas agora tinham o aspecto de jovens adultos.

Ao avistar a matilha Kham acelera os passos e expressa alegria a encontrar conhecidos, ele abraça cada um.

O receberam com sorrisos.

— Kham! Que bom que você veio! O que você tem feito da vida, lobinho?

Ja fazia tempos que Kham não fazia o uso de palavras, foi legal voltar a pertencer a uma matilha de lobos, e se lembrar de como expressões podem falar coisas que palavras não podem.

— Estive perdido por aí.

Haviam muitas novidades desde a ultima vez que se viram, mas depois de tanto tempo o que seria interessante de se conversar? Talvez algo tenha mudado, esse pode ser um jeito de começar, outro jeito deve ser deixar que eles comecem.

Enquanto entravam nas divisas, contavam as novidades. Algumas eram tristes, como que Laura, a theurge mais velha e tia deles, tinha feito o Ritual do Lobo do Inverno e outras eram alegres, como que eles haviam ascendido a fostern, que a seita agora tinha uma nova matilha de cliaths e que Klauss estava no caern para treiná-la.

Kham comentou sobre o que aconteceu na oficina de fetiches, estava impressionado em como os Garous estão subindo de posto, caso não se apressasse ficaria pra trás. Também ficou curioso sobre o treinamento da matilha de Cliaths, gostaria de assistir o treinamento por pelo menos alguns minutos. Pensando nisso ele se informa sobre essa possibilidade

— O dormitório masculino já está muito cheio com os pirralhos, Kham — disse Dmitri — Você vai ficar na cabana da Íria, ela é a theurge que vai nos orientar com os fetiches. Ali você vai ter mais liberdade e também fica perto da atelier do Alexey, que vai ajudar com a parte artística. Se quiser, você pode procurar o Klauss na sede.

"Acho que vou ter essa oportunidade mais tarde"

Em pouco tempo chegaram à uma curiosa casinha de adobe.

"Acho que eu finalmente entendi o que é um DeJa Vu."

— Que bom recebê-lo de novo no caern, Khamaseen — sorriu a moça.

A matilha se despediu e foi cuidar de seus afazeres. Íria, então, levou Kham até o piso superior e mostrou o quarto onde ele ficaria.

O quarto era bonito, e de repente era muito mais conveniente voltar a forma humana, enfim novamente sobre duas patas.

Depois, quando ele já estava acomodado, voltaram para a sala. Íria serviu refrescos e comidas que agradavam o paladar de um lupino e depois perguntou.

— Monsieur Laforge me havia dito que você queria fazer um Vigor do Filhote. Ainda é assim?

Ele dá um sorriso, sabia que tinha conseguido recuperar o que procurava, esse fetiche era perfeito para que sempre levasse consigo algo importante de suas origens.
Monsieur Laforge foi prestativo ao se lembrar qual era seu pedido, gostaria de agradecê-lo.

— Sim, ele não vai estar presente eu imagino.
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Mensagem por Lua Qui Ago 05, 2021 12:01 pm

— Sim, ele não vai estar presente eu imagino.



— Infelizmente, não — disse Íria — Mas nós temos um parente forjador muito talentoso, que é discípulo de Laforge.

Íria deixou que Kham descansasse da viagem. Mais tarde, a matilha voltou e foram todos até a cabana onde trabalhava o parente, que estava próxima do rio e do Santuário.

O interior parecia uma mistura de oficina de ferreiro, com todos seus objetos típicos, do martelo à bigorna, e atelier de joalheria. Ali, os esperava um rapaz alto e magro, de cabelo loiro acinzentado e um jeito meio orgulhoso de quem tem muita raça pura.

Spoiler:


Saudou-os com um gesto.

— Aposto que você não usa de verdade nem um terço das ferramentas que estão aqui — provocou Nádia, olhando ao redor.

— E eu aposto que dois terços do que os galliards falam são bobagens — riu o parente.

—  Ei! — disse Dmtri.

— Kham, esse é Alexey, irmão de Anton-rhya, marido de Estevão-yuf e nosso parente forjador — disse Íria.

Alexey sorriu. Depois puxou umas cadeiras e todos se sentaram.

—  Bem, vamos começar — disse Íria —  Primeiro umas palavras sobre fetiches. Não sei se Kham já tem algum, mas os meninos eu sei que não têm. Então vamos lá, antes de dizer o que os fetiches são, vamos lembrar o que eles NÃO SÃO: simples armas ou objetos mágicos que se pode usar como quiser. Um fetiche pode ser definido como um espírito vinculado a um objeto, imbuindo esse objeto com poder sobrenatural. Mas ele é mais que isso. O fetiche está inserido na cultura e visão de mundo, humana e garou, do lobisomem que o criou e é marcado pela relação entre esse garou, o objeto e o espírito. Portanto, o que vamos fazer aqui não é "fabricar" um objeto útil. É iniciar uma relação sobrenatural de respeito e colaboração com um espírito e o objeto que o abriga.

Os meninos olhavam atentamente.

— Dito isso, vamos começar a parte prática — prosseguiu a theurge —  Pelo que me disseram, Nádia quer fazer um Brinco da Verdade, Amanda um Bracelete de Nix, Dmitri um par de Tênis Aéreos e Kham um Vigor do Filhote. O primeiro passo é ter uma idéia muito clara de como esse fetiche é e o que é necessário para fazê-lo. Como será o objeto, qual o espírito mais adequado, onde encontrá-lo etc. Nós vamos ajudar vocês com a parte artesanal e espiritual, ainda assim, quero que nesta semana, vocês façam uma boa pesquisa sobre como geralmente são feitos os fetiches do tipo que vocês desejam.


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Mensagem por Kurosatsunomori Sex Ago 06, 2021 3:22 pm

O cheiro de metal invade as narinas, ainda não tinha visto a cabana ativa. Era bonita, nem se comparava a cabana que fez para fabricação de farmacos, com potes sujos manchados pelo uso e produtos enterrados conservados em gordura. A oficina era boa, alguém realmente investiu uma boa grana para chegar no estado atual.

— Aposto que você não usa de verdade nem um terço das ferramentas que estão aqui — provocou Nádia, olhando ao redor.

— E eu aposto que dois terços do que os galliards falam são bobagens — riu o parente.

—  Ei! — disse Dmtri.

Kham deu uma risada espontânea enquanto coçava o rosto, o ato de debochar é hilário quando feito com palavras, era disso o que o lupino gostava nas habilidades humanas, o simples ato de soprar vibrações vocais de maneira coordenada é capaz de provocar emoções, sublime como as antenas das formigas.

— Kham, esse é Alexey, irmão de Anton-rhya, marido de Estevão-yuf e nosso parente forjador — disse Íria.

—  E discípulo de Laforge. —  Disse o lupino participativo. —  Eu sou Khamaseen, ragabash Senhor das Sombras.

— Dito isso, vamos começar a parte prática — prosseguiu a theurge —  Pelo que me disseram, Nádia quer fazer um Brinco da Verdade, Amanda um Bracelete de Nix, Dmitri um par de Tênis Aéreos e Kham um Vigor do Filhote. O primeiro passo é ter uma idéia muito clara de como esse fetiche é e o que é necessário para fazê-lo. Como será o objeto, qual o espírito mais adequado, onde encontrá-lo etc. Nós vamos ajudar vocês com a parte artesanal e espiritual, ainda assim, quero que nesta semana, vocês façam uma boa pesquisa sobre como geralmente são feitos os fetiches do tipo que vocês desejam.

Kham ignora a maior parte da conversa e se distrai com um olhar perdido, "objetos úteis" parece coisa de humano, um nascido lobo aprende sobre objetos úteis mais especificamente depois de aprender sobre sua natureza Garou, por esse motivo acredita que não ha muito o que lhe possa ser ensinado dos princípios de um fetiche, a familiaridade espiritual que um lobo tem com a umbra proporciona isso. Mas passa a se interessar quando o fetiche de cada um é mencionado, está curioso sobre o que cada um quer.

Já imaginava, já tinha uma boa ideia de como fazer o fetiche, teve muito tempo pra pensar sobre isso enquanto aguardava os preparativos para a Oficina de Fetiches de Laforge, e teve muito tempo pra se planejar antes de dormir enquanto dividia o quarto com aquele folgado do RP.  Ainda assim a Theurge deve ter uma vaga ideia.

—  Esses fetiches não são comuns? Eu acho que vocês devem ter isso registrado em algum lugar. —  Provocou o ardiloso senhor das sombras. —  Ou mesmo caerns aliados que possam me indicar.

Independente da resposta Kham procurou recorrer aos seus meios buscando contatar Braço de Aranha. Ao longo de uma semana deve ser fácil de encontrá-lo já que o ancião é muito influente na política Garou de todo o Brasil, talvez seja o contato perfeito. Todos os meios necessários serão considerados para esse contato, incluindo chiminage com espíritos. Qualquer coisa que forneça informações detalhadas sobre o Vigor do Filhote devem ser aproveitada. A complexidade para a criação de um fetiche foi mencionada (OFF: a dificuldade me deu um frio na barriga), caso consiga acesso a um caern dos Garras Vermelhas seria o cenário ideal, e pelo caminho umbral, o contato com espíritos-lobos deve ser facilitado por suas vivências e sua natureza, sendo possível até mesmo trazer mais algum conhecimento.
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Mensagem por Lua Sáb Ago 07, 2021 4:38 pm

—  E discípulo de Laforge. —  Disse o lupino participativo.


Alexey sorriu com a menção e fez que sim com a cabeça.


—  Esses fetiches não são comuns? Eu acho que vocês devem ter isso registrado em algum lugar. —  Provocou o ardiloso senhor das sombras. —  Ou mesmo caerns aliados que possam me indicar.


— Sim, são fetiches comuns e há maneiras conhecidas de fazê-los — disse Íria — Mas não há formulas. Cada fetiche é uma criação individual, sugeita a inúmeras variáveis e adequada ao garou que a faz, no contexto em que a faz. Você não estará fazendo um Vigor do Filhote, você estará fazendo o SEU Vigor do filhote e o empenho que põe no processo conta muito. A idéia de Laforge ao criar as oficinas foi justamente dirimir esse tipo de dúvidas e orientar garous jovens na criação e manutenção de bons fetiches. Nunca foi fazer os fetiches para esses garous. Nem funcionaria. Portanto, primeiro vocês têm que pesquisar sozinhos. Depois nós ajudaremos os que precisarem.

— Faz seus corre, senhor das sombras — brincou Dmitri.


Independente da resposta Kham procurou recorrer aos seus meios buscando contatar Braço de Aranha. Ao longo de uma semana deve ser fácil de encontrá-lo já que o ancião é muito influente na política Garou de todo o Brasil, talvez seja o contato perfeito. Todos os meios necessários serão considerados para esse contato, incluindo chiminage com espíritos. Qualquer coisa que forneça informações detalhadas sobre o Vigor do Filhote devem ser aproveitada. A complexidade para a criação de um fetiche foi mencionada (OFF: a dificuldade me deu um frio na barriga), caso consiga acesso a um caern dos Garras Vermelhas seria o cenário ideal, e pelo caminho umbral, o contato com espíritos-lobos deve ser facilitado por suas vivências e sua natureza, sendo possível até mesmo trazer mais algum conhecimento.


Kham não precisou nada mais do que mencionar Braço de Aranha para ter acesso a ele, já que era um garou ligado à seita. No caminho para a sede, para a costumeira reunião do almoço, Dmitri conseguiu o número do ancião e passou o celular para Kham, com Braço de Aranha na espera.

— Oi, Khamaseen. Garoto, eu nem lembrava de você, desculpa. Quando falaram que era de Fonte Fria pensei que alguma m*rda grande tinha acontecido aí.

Ouviu sobre as necessidades de Kham.

— Então... Encontrar garras vermelhas no Brasil é quase impossível, o território não é compatível, eles não têm parentes aqui e o filme deles anda meio queimado. Caern, impossível. Até 2010 ainda chegavam alguns garras para a Guerra da Amazônia, mas depois diminuiu o fluxo de garous estrangeiros e a proteção do nosso território ficou nas mãos de brasileiros. * Claro que tem gringo voltando, depois de tanta c*gada ambiental, mas ainda não vi nenhum garra vermelha. Em Serpente do Brejo tem alguns garras, Zimbar e esses caras, mas eles já são tão velhos quanto os meus testículos, não acho que você vai achar nada sobre vigor e juventude com eles, hahaha. Falando sério, estão meio senis e são complicados de acessar. Além disso, Fonte Fria e Serpente do Brejo andam com as relações estremecidas, não sei se iriam cooperar por um assunto que não seja de vida ou morte. De qualquer forma, vou dar uma perguntada com Lobo Negro sobre o fetiche, na miúda, sem mencionar o motivo. Quanto aos espíritos, Khamaseen... você está em um caern de fertilidade, rapaz. Não sou theurge, mas o que mais deve ter aí são justamente espíritos de renovação e juventude, pensa nisso. Também pode procurar um espírito relacionado a um predador local. E claro que você pode entrar na umbra para uma busca espiritual ** por um espírito-lobo, nada impede, mas é muito mais fácil aprender um ritual de conjuração e tentar chamar um espírito equivalente aí. Você não é um garra vermelha, você só está adaptando um fetiche deles para os seus propósitos. Vou procurar Lobo Negro e já te falo.

Chegaram na sede para o almoço. Lá, Kham encontrou toda a seita reunida, que o saudou com carinho. Também encontrou Klauss Krugger, com quem pôde conversar.


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Mensagem por Kurosatsunomori Sáb Ago 07, 2021 10:34 pm

— Faz seus corre, senhor das sombras — brincou Dmitri.

Khamaseen:

Kham já havia começado os corres, mas em mecânicas de jogo não sabia que teria que contar com apenas uma rolagem de contatos. Se ao menos fosse possível cntatar Luke e Kate... mas eles estavam muito imersos em suas tarefas pessoais, parentes. Aparentemente ao longo do caminho vai ter que forçar alguns contatos para facilitar a aquisição de conhecimentos, felizmente ficou sabendo que pelos arredores do caern está um Garou conhecido que recentemente subiu de posto e está dando treinamento aos cliath, pode ser útil, talvez alguém para usar como contato provisório.

Braço de Aranha escreveu:— Oi, Khamaseen. Garoto, eu nem lembrava de você, desculpa. Quando falaram que era de Fonte Fria pensei que alguma m*rda grande tinha acontecido aí.

— Eu me lembro das suas palavras no meu Ritual de Passagem.

Braço de Aranha escreveu:— Então... Encontrar garras vermelhas no Brasil é quase impossível, o território não é compatível, eles não têm parentes aqui e o filme deles anda meio queimado. Caern, impossível. Até 2010 ainda chegavam alguns garras para a Guerra da Amazônia, mas depois diminuiu o fluxo de garous estrangeiros e a proteção do nosso território ficou nas mãos de brasileiros. * Claro que tem gringo voltando, depois de tanta c*gada ambiental, mas ainda não vi nenhum garra vermelha. Em Serpente do Brejo tem alguns garras, Zimbar e esses caras, mas eles já são tão velhos quanto os meus testículos, não acho que você vai achar nada sobre vigor e juventude com eles, hahaha. Falando sério, estão meio senis e são complicados de acessar. Além disso, Fonte Fria e Serpente do Brejo andam com as relações estremecidas, não sei se iriam cooperar por um assunto que não seja de vida ou morte. De qualquer forma, vou dar uma perguntada com Lobo Negro sobre o fetiche, na miúda, sem mencionar o motivo. Quanto aos espíritos, Khamaseen... você está em um caern de fertilidade, rapaz. Não sou theurge, mas o que mais deve ter aí são justamente espíritos de renovação e juventude, pensa nisso. Também pode procurar um espírito relacionado a um predador local. E claro que você pode entrar na umbra para uma busca espiritual ** por um espírito-lobo, nada impede, mas é muito mais fácil aprender um ritual de conjuração e tentar chamar um espírito equivalente aí. Você não é um garra vermelha, você só está adaptando um fetiche deles para os seus propósitos. Vou procurar Lobo Negro e já te falo.

As palavras do ancião foram muito esclarecedoras, Kham reconhece que o que havia pensado dobre o fetiche precisa de uma revisão, e considera fazer uma busca espiritual, acredita que vai ser mais facil do que aprender o Ritual, ou mesmo executar. com pouco de facilidade deve ser capaz de encontrar uma ninhada de espiritos animais, e certamente haverão filhotes lobos brincando por aí.

Kham agradece a explicação e a ajuda, e menciona que vai continuar sua busca.

Chegaram na sede para o almoço. Lá, Kham encontrou toda a seita reunida, que o saudou com carinho. Também encontrou Klauss Krugger, com quem pôde conversar.

— Nossos caminhos têm facilidade em se cruzar, Klauss-rhya, é bom te ver de novo. — O lupino interage. — Conseguiu o fetiche que queria para presentear?
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Mensagem por Lua Seg Ago 09, 2021 10:26 pm

Kham escreveu:— Nossos caminhos têm facilidade em se cruzar, Klauss-rhya, é bom te ver de novo. — O lupino interage. — Conseguiu o fetiche que queria para presentear?


Klauss o saudou com a mesma amabilidade e respondeu que ainda não tinha feito o presente.


Lua escreveu: depois uns minutos de conversa, (Kham) manifestou o desejo de ir com eles conhecer a Pedra dos Monjes. A reação dos garotos foi de indiferença, de modo que estava nas mãos de Klauss concordar ou deixar para outro momento o passeio de Kham.


Klauss escreveu:*Primeiro volta-se para os garotos.*

-- É bom darem um pulo na cozinha e preparem sanduíches para nós 4 e caprichem nos sandubas, que voltaremos apenas pela manhã. Acho que uns 3 ou 4 para cada será suficientes. Depende da fome


Lua escreveu: — Podemos ir também na cachoeira? — perguntou Ícaro, com uma animação quase infantil.

Dmitri deu um sorriso de deboche, que foi notado por Ícaro. O jovem theurge murchou feito uma planta, de constrangimento.


Um bom senhor das sombras nunca deixa de perceber as interações sociais ao seu redor, mesmo quando não lhe interessam diretamente, e o pequeno incidente não escapou a Kham.


Klauss escreveu:*Depois para Khan.*

-- Peço desculpas Khamaseen, mas estamos indo sem hora para voltar,a credito que voltamos somente amanha perto ou após o horario do almoço e não quero que perca tempo em sua oficina.


Depois do almoço, os garous começaram a dispersar.  Kham pensou que era a oportunidade para tentar conseguir alguma informação sobre o fetiche com o pessoal da seita. Depois de pensar, escolheu Estevão, que estava tomando um cafezinho na varanda. Foi chegando, lançando toda sua simpatia sobre ele e tentou obter alguma informação espontânea do theurge.

rolagem:

Estevão abriu um sorriso e foi muito atencioso com Khamaseen.

— Bem, se para você é importante ter um espírito-lobo em seu fetiche, vou lhe contar uma particularidade do mundo espiritual brasileiro que tem tudo a ver com a sua tribo e que talvez possa te ajudar. Acredito que você nunca ouviu falar neles, pois são pouco conhecidos até mesmo dos senhores das sombras estrangeiros e a maioria dos garous brasileiros. São os totens Lobos de Luna. Vamos à história.

Lobos de Luna:

***

Kham teve a tarde inteira livre.

No começo da noite, Dmitri chegou com uma ligação de Braço de Aranha.

— Garoto, tudo o que aquele imprestável do Lobo Negro sabia é que tem que prender o espírito em um pedaço de pele ou de osso. Então você vai ter que se virar por aí, meu querido, lamento. Tchau.


Quando devolveu o celular para Dmitri, este olhou para os lados para ver se não vinha ninguém e lhe falou:

— Kham, minhas irmãs e eu já terminamos a pesquisa, mas como a seita nos deu as manhãs livre, vamos aproveitar um pouco. Se você já terminou a sua pesquisa, vou te fazer um convite: quer conhecer a plantinha nova daquela "horta" do Julián?



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Mensagem por Kurosatsunomori Ter Ago 10, 2021 8:12 pm

Um bom senhor das sombras nunca deixa de perceber as interações sociais ao seu redor, mesmo quando não lhe interessam diretamente, e o pequeno incidente não escapou a Kham.

O Theurge mais novo, alguém que compartilha a animação que Kham procura, ainda que tímido, ele pode saber alguma coisa sobre fetiches, talvez tenha boas ideias ou alguma aptidão que possa ser compartilhada através do conhecimento. A timidez pode ter deixado ele um pouco deslocado, talvez seja uma boa abertura para interação.

Depois do almoço, os garous começaram a dispersar.  Kham pensou que era a oportunidade para tentar conseguir alguma informação sobre o fetiche com o pessoal da seita. Depois de pensar, escolheu Estevão, que estava tomando um cafezinho na varanda. Foi chegando, lançando toda sua simpatia sobre ele e tentou obter alguma informação espontânea do theurge.

Estevão escreveu:— Bem, se para você é importante ter um espírito-lobo em seu fetiche, vou lhe contar uma particularidade do mundo espiritual brasileiro que tem tudo a ver com a sua tribo e que talvez possa te ajudar. Acredito que você nunca ouviu falar neles, pois são pouco conhecidos até mesmo dos senhores das sombras estrangeiros e a maioria dos garous brasileiros. São os totens Lobos de Luna. Vamos à história.

O lupino fez uma boa e sincera interação, foi até divertido. Conforme a historia se desenrolava mais Kham se interessava. Sabia que tudo poderia não passar de uma lenda, mas ainda assim ficava animado com o que ouvia, por um momento conhecer a história foi mais importante do que coletar informações adicionais sobre o Vigor do Filhote, chegou inclusive a oferecer um cigarro a Estevão embora não tenha acendido um pra si mesmo.

Lobos de Luna, Khamaseen imaginava o próprio reflexo na água, e se lembrava de quando era um filhotinho, um filhote vigoroso, um dos primeiros a acordar mordendo as orelhas de sua mãe e irmãos chamando eles para brincar. Eventualmente era o chato e recebia alguns rosnados, porém, a matilha sempre cede pois acordar também é uma necessidade.

O primeiro filhote a acordar:

Tendo a tarde livre talvez encontre uma chance de falar com Ícaro, caso essa oportunidade não apareça não há com o que se desesperar, boas informações já vieram. Ainda assim uma abertura aleatória sobre qual é o caminho para a cachoeira pode deixá-lo confortável. Não há por que forçar alguma de maneira manipulativa, pelo menos por enquanto. A princípio coletar boas informações sendo amigável estava apresentando ótimos resultados. Na ausência dessa oportunidade, um breve cochilo deve deixar a mente melhor ativa durante a noite.

No começo da noite, Dmitri chegou com uma ligação de Braço de Aranha.

— Garoto, tudo o que aquele imprestável do Lobo Negro sabia é que tem que prender o espírito em um pedaço de pele ou de osso. Então você vai ter que se virar por aí, meu querido, lamento. Tchau.

— Estou impressionado — Era difícil por em palavras o que Kham sentia, se o Ancião tivesse ligado apenas pra arrotar pelo menos seria possível dar uma risada. — Por favor não desligue ainda, Eu quero saber mais sobre os Lobos de Luna, e acho que sobre isso você pode me ajudar. — Discretamente se afasta de Dimitri enquanto resume o que aprendeu e menciona a possibilidade de encontrá-los nas regiões brasileiras.

Agradecendo o contato ele devolve o celular para Dimitri.

Dimitri escreveu:— Kham, minhas irmãs e eu já terminamos a pesquisa, mas como a seita nos deu as manhãs livre, vamos aproveitar um pouco. Se você já terminou a sua pesquisa, vou te fazer um convite: quer conhecer a plantinha nova daquela "horta" do Julián?

Kham revê as informações que conseguiu, tendo tudo nos conformes ele responde a Dimitri.

— Você... você desperta minha vontade de fazer merda, vamos.
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Mensagem por Lua Qui Ago 12, 2021 9:06 pm

O Theurge mais novo, alguém que compartilha a animação que Kham procura, ainda que tímido, ele pode saber alguma coisa sobre fetiches, talvez tenha boas ideias ou alguma aptidão que possa ser compartilhada através do conhecimento. A timidez pode ter deixado ele um pouco deslocado, talvez seja uma boa abertura para interação.

Tendo a tarde livre talvez encontre uma chance de falar com Ícaro, caso essa oportunidade não apareça não há com o que se desesperar, boas informações já vieram. Ainda assim uma abertura aleatória sobre qual é o caminho para a cachoeira pode deixá-lo confortável. Não há por que forçar alguma de maneira manipulativa, pelo menos por enquanto. A princípio coletar boas informações sendo amigável estava apresentando ótimos resultados.


Ícaro:

Kham terminou de falar com Estevão e deu sorte de achar Ícaro terminando de fechar a mochila. Apesar de estar de saída, ele se dispôs a escutar o lupino. Depois de ouvi-lo, falou.

informações de Ícaro:


— Estou impressionado — Era difícil por em palavras o que Kham sentia, se o Ancião tivesse ligado apenas pra arrotar pelo menos seria possível dar uma risada. — Por favor não desligue ainda, Eu quero saber mais sobre os Lobos de Luna, e acho que sobre isso você pode me ajudar. — Discretamente se afasta de Dimitri enquanto resume o que aprendeu e menciona a possibilidade de encontrá-los nas regiões brasileiras.


— Ahhh, os Lobos de Luna, conheço a história, mas eu vou ser sincero com você, cliath, eu nunca fui atrás de algum deles, então não sei até hoje se é mesmo a maior façanha da nossa tribo neste país ou o 171 mais bem aplicado, hahahahaha, gasp gasp —  o velho até afogou — O fato é que até os presas de prata nos admiram por isso. Eu não vou conseguir lembrar de tudo sem conjurar um espírito ginkgo biloba ou coisa assim, então vou ver com um galliard conhecido meu e já te passo na forma de mensagem, tá bom? Agora tchau, que eu já trabalhei muito para você. Espero que um dia possa retribuir à altura, heim? Fica com Gaia.


Agradecendo o contato ele devolve o celular para Dimitri.

Dimitri escreveu:
— Kham, minhas irmãs e eu já terminamos a pesquisa, mas como a seita nos deu as manhãs livre, vamos aproveitar um pouco. Se você já terminou a sua pesquisa, vou te fazer um convite: quer conhecer a plantinha nova daquela "horta" do Julián?

Kham revê as informações que conseguiu, tendo tudo nos conformes ele responde a Dimitri.

— Você... você desperta minha vontade de fazer merda, vamos.


— Isso que eu gosto em você! Você tem c*lhões, lobinho — disse Dmitri — Então a gente vai amanhã cedo, eu apareço pra te buscar.


um breve cochilo deve deixar a mente melhor ativa durante a noite.


Kham aproveitou para descansar. Mais tarde Dmitri veio de novo com o celular e uma mensagem de texto.

Lobos de Luna:
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Mensagem por Kurosatsunomori Sex Ago 13, 2021 2:37 am

Conversar com Ícaro trouxe novos conhecimentos, a compatibilidade entre o objeto do fetiche e o espírito era uma coisa muito importante. Um osso para um cavalo pode até mesmo assustá-lo, pele chega a não fazer sentido.  Pensar em pele e osso relacionado a filhotes cheios de energia fazia o lupifo rapidamente associar ao instrumento de um cabo-de-guerra. Para cavalos talvez seja melhor gastar um tempo para pensar em outro objeto. Até porque carregar por aí um osso de cavalo não é algo muito discreto, algo a se pensar e de alta importância para um Ragabash.

"Filhotes de pássaros não fazem porra nenhuma, águias não devem ser diferentes, filhotes de Pégaso existem? O filhote do peixe, nada e mais nada, conheço pouco de vida aquática, é melhor não me meter com isso ainda. Acho que Ícaro me ajudou, mas agora eu não sei o que fazer. Preciso de um tempo."

— Ahhh, os Lobos de Luna, conheço a história, mas eu vou ser sincero com você, cliath, eu nunca fui atrás de algum deles, então não sei até hoje se é mesmo a maior façanha da nossa tribo neste país ou o 171 mais bem aplicado, hahahahaha, gasp gasp —  o velho até afogou — O fato é que até os presas de prata nos admiram por isso. Eu não vou conseguir lembrar de tudo sem conjurar um espírito ginkgo biloba ou coisa assim, então vou ver com um galliard conhecido meu e já te passo na forma de mensagem, tá bom? Agora tchau, que eu já trabalhei muito para você. Espero que um dia possa retribuir à altura, heim? Fica com Gaia.

— Se eu encontrar um eu te digo. Não se esqueça de mim, eu estou em débito com você, obrigado. Fique com Gaia.

Kham aproveitou para descansar. Mais tarde Dmitri veio de novo com o celular e uma mensagem de texto.

Kham nunca havia lido um texto sem fotos ou quadrinhos com tanto interesse. A cada paragrafo que ele lia parava pra pensar, tentava associar cada lobo com algo conhecido, alguém ou um augúrio. Se perde na grandiosidade de tais seres, se pergunta se existe essa possibilidade, como poderia encontrar algum deles, e por um momento sente raiva. Íria estava certa sobre o Ritual de Conjuração, era o caminho mais seguro.

Kham devolve o celular para Dimitri confirmando a presença, mas está de mal humor e se tranca no quarto até o amanhecer, poucas coisas podem tirá-lo do quarto nesse momento. Ele reflete sobre como idealizava o fetiche perfeito, e que assim como o espírito do fetiche e o objeto poderiam mudar, o próprio fetiche também poderia. Infelizmente não dedicou sua vida a estudar fetiches, e por ter pouco conhecimento geral sobre o assunto, se identifica com o Lobo Negro.

Lobo Virkolac possui um estilo semelhante aos Ragabash, entretanto isso pode torná-lo difícil de encontrar. Vestal é a Mãe Loba, talvez seja possível encontrar uma ninhada, apenas talvez, e poderia ser mais fácil aplicando o Ritual de purificação, mas o lupino também não o aprendeu. Akelá, o Arauto do Uivo, para atrair a atenção dele poderia ser necessário um uivo poderoso, ou várias horas de tentativas. A matilha com a qual passou as ultimas semanas agora estava impossível de contatar dentro do prazo dado pela oficina.

Aproveitando o de Dimitri Kham se pergunta se plantas têm filhotes e como eles podem se apresentar de maneira vigorosa, e ainda assim como enfiar um filhote-vigoroso-planta dentro de um osso ou pele. Talvez seja possível fazer um amuleto à base de água utilizando propriedades fertilizantes. Pensar em um fetiche não é lá muito fácil, talvez seja uma boa ideia conversar com Íria sobre aquele Ritual de Conjuração.
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Mensagem por Lua Sex Ago 13, 2021 10:46 pm

Kham adormeceu de mau humor, acossado por dúvidas e pensamentos.

Teve um sobressalto quando escutou uma voz sussurrando a seu lado.

— Acorda, lobinho, vai amanhecer.

Era Dmitri que o chamava. Pelas janelas de formas irregulares do quarto, começava a filtrar uma luz suave. O céu já estava passando de negro a azul escuro e fazia um pouco de frio, comum na região montanhosa.

Saíram pela porta da varanda e saltaram até o chão, Kham em sua leve forma racial e Dmitri pendurando-se na proteção de madeira antes de saltar para fazer menos barulho. Depois se embrenharam no bosque.

— Qualquer lugar serve — disse Dmitri, caminhando e acendendo um cigarro artesanal que tirou de uma caixinha em seu bolso — Na verdade eu não sei onde fica o jardim, preciso estar desorientado para achar.

Chegaram a uma pequena clareira no mato e Dmitri começou a tragar o cigarro.

— É uma coisa bem simples, vamos andar em círculos até cruzar a película. Quem cruzar antes não para, continua andando no mesmo ritmo e espera o outro, está bem.

Desse modo, Dmitri foi descrevendo pequenos círculos, recitando uns grunhidos que Kham não entendia e dando baforadas no cigarro, que era muito forte e fedorento, a ponto de dar náuseas em Kham. Quando já estavam muito atordoados, tentaram cruzar a película. Kham imediatamente sentiu a cortina de veludo roçar seu focinho. Seguindo o que disse Dmitri, não interrompeu o ritmo dos círculos, mesmo sentindo-se perturbado. Era a conhecida sensação que emanava do caern de fertilidade potencializada pelo torpor e pela umbra: um desejo carnal profundo, como se houvesse mil fêmeas no cio ao redor e também uma vontade imensa de procriar, de ver filhotes iguais a ele, de trazer comida para a família no estômago, de cheirar corpinhos roliços, ver suas pequenas caudas se agitando e ensiná-los a caçar. Ao mesmo tempo, a cabeça de Kham explodia de projetos que ele queria pôr em prática o mais rápido possível para vê-los florescer e poder começar outros novos. Quando sua alma estava se acostumando com a estranha sensação, percebeu que Dmitri surgia atrás dele, falando "continua" para que Kham não perdesse o ritmo do caminhar.

A mata ao redor então girou como em um desmaio e Kham notou que já estavam em outra parte, em um pedaço de floresta pujante. Os troncos das árvores era grossos e cheios de musgo e os ramos todos se entrelaçavam. Por onde eles caminhavam, viam formas orgânicas e coloridas, que serpenteavam brilhando em tons de amarelo e magenta. Kham pôde identificar as formas de uma anaconda e um jaguar se enroscando nas vinhas do Ayahuasca. Um nuwisha usando uma cartola descansava debaixo de um imenso cactos de Peyote. Dmitri os saudou respeitosamente.

Caminhando, viram uma casinha bem cuidada de tijolos de barro. A entrada estava completamente rodeada por uma planta com grandes flores em forma de sino.

Spoiler:

A porta estava aberta e Dmitri foi entrando lentamente, seguido por Kham. Passar pelas plantas da entrada foi como cruzar um umbral, uma nova sombra de veludo. Kham sentiu uma energia ao mesmo tempo forte, entorpecedora e curativa. Dentro, as paredes não eram revestidas e se podia ver o barro dos tijolos. O fogo estava aceso em uma rústica lareira, que também servia de fogão. No chão estavam espalhados aguayos andinos, nos quais predominavam as cores verde, azul, laranja, turquesa e magenta.

Sentado sobre eles, estava um índio centenário. Tinha longos cabelos brancos, pele morena e completamente enrugada, a ponto de quase esconder os olhos e um enorme nariz aquilino.

— A benção, Abuelo Wantuk — disse Dmitri.

Dios te bendiga — disse uma voz rouca e potente, que parecia vinda do início dos tempos.

— Por favor, temos sede — disse Dmitri humildemente.

O velho se levantou e Kham viu, surpreso, que ele era extremamente forte e imponente. Foi até a lareira e voltou com uma caneca e uma tigela de ferro esmaltado contendo uma bebida. Dmitri tomou e se deitou nos tapetes. O velho pôs a tigela para Kham e caminhou para a porta, em direção às flores de fora.
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Mensagem por Kurosatsunomori Sáb Ago 14, 2021 3:20 am

Dimitri escreveu:— Acorda, lobinho, vai amanhecer.

Lá estava o maluco do Dimitri com a cabeçona na janela parecendo uma assombração com fome.

Kham se levntava e abria a janela, logo que saiu sentiu um tremor nos músculos dos ombros, mas não sabia dizer ainda se era nervosismo ou frio. O sol ainda não se mostrava, e por não saber o caminho estava apenas seguindo  Dimitri

— Qualquer lugar serve — disse Dmitri, caminhando e acendendo um cigarro artesanal que tirou de uma caixinha em seu bolso — Na verdade eu não sei onde fica o jardim, preciso estar desorientado para achar. — É uma coisa bem simples, vamos andar em círculos até cruzar a película. Quem cruzar antes não para, continua andando no mesmo ritmo e espera o outro, está bem.

Julián deve ter muito zelo por essa horta ou ter encontrado um ambiente ideal para ela para guarda-la em um lugar de tão difícil acesso. Talvez consiga levar consigo algumas sementes e ramos para montar uma hortinha pessoal, e se possuir plantas assim tão especiais isso pode render uma grana.

Caminhando, viram uma casinha bem cuidada de tijolos de barro. A entrada estava completamente rodeada por uma planta com grandes flores em forma de sino.

Khamaseen teve todas as sensações passíveis de um adulto vigoroso, tudo o que experienciou e pensou estava muito próximo do que aquilo que procurava, mas era diferente, faltava algo, e talvez houvesse uma resposta no final do trajeto. Ao olhar as flores ele se pergunta se são elas, ou se poderiam ser plantas especiais, ou plantas filhotes. Kham estava desorientado da viagem, assim permitiu que Dimitri entrasse na frente, até porque não conhecia o recinto.

O índio que residia na casinha estava centenas de anos de distância de ser um filhote, mas a aqua que ele bebe deve ser realmente boa para mata manter tamanha vitalidade e longevidade na vegetação e no índio centenário, mas imponente e forte.

A água tinha cheiro? Não houve explicação prévia sobre água ou o que fazer depois de beber. Kham não se lembrava de sentir sede, mas ainda assim aceitou, talvez faça parte do caminho, porém não sabe o que fazer depois. Dormir? Estapear Dimitri para que ele saia da brisa? Talvez o ídio seja um guardião e devamos esperar que ele saia?

Kham bebe a água lentamente, e com os pelos do focinho molhados ele fareja o rosto de Dimitri tentando identificar através do cheiro, reflexos e respiração se seu parceiro de trapalhadas estava "normal". E não tendo muito o que fazer se não esperar, Kham termina a água e cede à sensação de torpor deitando ao lado de Dimitri dando um bocejo enquanto espera o próximo passo.
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Mensagem por Lua Seg Ago 16, 2021 10:49 am

A água tinha cheiro? Não houve explicação prévia sobre água ou o que fazer depois de beber. Kham não se lembrava de sentir sede, mas ainda assim aceitou, talvez faça parte do caminho, porém não sabe o que fazer depois. Dormir? Estapear Dimitri para que ele saia da brisa? Talvez o ídio seja um guardião e devamos esperar que ele saia?

Kham bebe a água lentamente, e com os pelos do focinho molhados ele fareja o rosto de Dimitri tentando identificar através do cheiro, reflexos e respiração se seu parceiro de trapalhadas estava "normal". E não tendo muito o que fazer se não esperar, Kham termina a água e cede à sensação de torpor deitando ao lado de Dimitri dando um bocejo enquanto espera o próximo passo.


Aos primeiros goles, Kham sentiu um gosto ligeiramente amargo, mas depois a bebida pareceu atender às suas expectativas e se transformou em água, pura e fresca.

Kham farejou o rosto de Dmitri e percebeu nele o mesmo odor/sabor amargo do início da bebida. O garoto estava bem e se mexeu um pouco ao sentir o focinho molhado de Kham.

— Shhhh... tô tentando me concentrar — riu ele de olhos fechados, afastando um pouco o rosto.

Kham se deitou a seu lado. Então viu Dmitri afundar no chão da casinha, atravessando os aguayos e o solo suavemente e sem resitência até desaparecer.

Com Kham não aconteceu nada.

Atravez da porta, ele podia ver a mesma paisagem umbral de antes, inalterada. A velho índio varria uma grande quantidade de folhas da planta da entrada da casinha. Não estavam caídas antes de Kham entrar.
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Mensagem por Kurosatsunomori Seg Ago 16, 2021 9:16 pm



Kham considerou que sua preocupação o fez perder o caminho, o acordo com Dimitri era que o outro deveria ir logo atrás, sendo assim, o melhor a fazer seria abraçar o máximo de sua experiência mesmo que acabe voltando pra casa sendo papai.

Em um típico movimento lupino ele se levanta de olhos fechados e dá três voltinhas antes de se deitar novamente, Movimento comum para se deitar relaxado, e a cada volta ele se lembra do caminho que fez até chegar na casa, todas as sensações que teve, se concentra em todos os estímulos que chegaram a ele, e quando se deita no tapete concentra sua gnose de modo que pudesse se misturar com a gnose umbral.

Ele pensa em todas as cores que encontrou no caminho, o cheiro dos nutrientes na terra, a pressão sob suas patas a cada passo, o vento que trazia feromônios, estonteante, ao mesmo tempo enjoativo e instigante, mas avassalador. Kham se entrega a essa sensação e sente o sangue quente fluir por seu corpo, e aproveita o calor para relaxar os músculos enquanto solta as patas do chão e se joga sobre o tapete. No momento que para de mexer o seu corpo altamente estimulado, ele contém os movimentos e transfere toda sua energia para um estado mental, e se imagina correndo por uma trilha distorcida porém linear, como o sangue em suas veias, como se pudesse em uma sequência derrotar todos os alfas e conquistar todas as fêmeas, acompanhado pelo som crescente de uma geração de filhotes igualmente ardilosos e espertinhos, eles correm juntos como se pudessem alcançar o infinito.
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Mensagem por Lua Qui Ago 19, 2021 10:56 am

a cada volta ele se lembra do caminho que fez até chegar na casa, todas as sensações que teve, se concentra em todos os estímulos que chegaram a ele, e quando se deita no tapete concentra sua gnose de modo que pudesse se misturar com a gnose umbral.

Ele pensa em todas as cores que encontrou no caminho, o cheiro dos nutrientes na terra, a pressão sob suas patas a cada passo, o vento que trazia feromônios, estonteante, ao mesmo tempo enjoativo e instigante, mas avassalador. Kham se entrega a essa sensação e sente o sangue quente fluir por seu corpo, e aproveita o calor para relaxar os músculos enquanto solta as patas do chão e se joga sobre o tapete. No momento que para de mexer o seu corpo altamente estimulado, ele contém os movimentos e transfere toda sua energia para um estado mental, e se imagina correndo por uma trilha distorcida porém linear, como o sangue em suas veias, como se pudesse em uma sequência derrotar todos os alfas e conquistar todas as fêmeas, acompanhado pelo som crescente de uma geração de filhotes igualmente ardilosos e espertinhos, eles correm juntos como se pudessem alcançar o infinito.


Kham já estava na umbra de Fonte Fria de modo que seu galopar o fez atravessar as paredes imateriais da casa e correr dentro das divisas espirituais do caern. Sua intenção o levou até o centro do caern, a fonte de águas frias que lhe dá nome.

Ali, a água brotava do chão, fresca e borbulhante, com um jorro forte que evocava virilidade e depois seguia em um curso suave, constante, arrastando terra e nutrientes através da mata até sair do caern.

Spoiler:

Correndo ao longo da margem do rio,  Kham viu como suas águas fertilizavam o solo, fazendo as plantas crescerem exuberantes. Também se detinham em remansos onde a vegetação as purificava, deixando-as de novo cristalinas para que os animais bebessem. Uma profusão de gaflings de animais da fauna brasileira bebiam em suas margens, predominando éguas e fêmeas de veados, grávidas ou com seus filhotes. Uma loba saltava e brincava com as águas de uma poça e inocentemente convidou Kham a beber.

Kham entendeu que o próprio rio era um espírito poderoso de fertilidade, pureza e renovação.

Ele ficou ali o tempo que quis.

***

Era hora de ir à oficina.

Kham comeu alguma coisa na cozinha da sede do caern e foi até a oficina de Alexey, onde já estavam esperando o próprio, Nádia e Amanda. Dmitri chegou depois, de óculos escuros. Assim que viu Kham, foi até ele, animado, e falou em voz baixa:

— E aí, maluco, foi para qual reino? Eu achei que cê ia vim comigo. Eu fui pro Fluxo! Maaaano, foi muito louco...

Depois chegou Íria e, para surpresa de todos, estava acompanhada de Julián.

O ancião apontou para Dmitri y para Kham e disse:

Usted e usted! Depois da oficina quero falar com os dois, lá no escritório da sede. Vou estar esperando.

Saiu de cara fechada, sem dizer mais nada.

— Fudeu — sussurrou Dmitri para Kham.

Nem deu tempo de se recuperarem e Íria já caminhava em direção ao presa de prata.

— O que você tem no olho, Dmitri? — disse, tentando olhar através das lentes escuras.

O garoto recuou.

— Não sei, acho que é conjuntivite...

— Deixe eu ver, eu posso usar o Toque da Mãe se é isso...

— Precisa não...

— Deixa eu ver, menino! — avançou a fúria negra, puxando os óculos de Dmitri.

Kham viu a cara de seu amigo muito estranha. Um dos olhos tinha aumentado muito e o outro diminuído, fazendo Dmitri parecer um personagem de desenho!

Spoiler:

Nádia teve um ataque de risos incontrolável. Amanda e Alexey estavam preocupados.

— O que você fez? — perguntou Íria de boca aberta.

— Estive no reino do Fluxo — confessou Dmitri — Você pode dar um jeito? Vai passar, né?

Nádia se contorcia. Alexey já tapava a boca, tentando disfarçar o riso.

— Então é um efeito da Wyld — disse Íria — Acho que vai passar com o tempo.

Dmitri ficou meio amuado.

— Eu não vou ficar esquisito igual a matilha de cliaths, vou? — perguntou ele.

— Não fala assim — foi toda a resposta de Íria. Depois mudou de assunto:

— Bem, e como andam as pesquisas? Já definiram como vai ser o fetiche que vão fazer?

Amanda tomou a frente, mostrando a foto de um bracelete com simbolos remetendo às fases da lua.

— Quero que o Alexey faça um parecido pra mim, em prata envelhecida, com glifos em louvor a Luna. São esses aqui — mostrou um desenho — Vou pôr nele um espírito da noite.

— E onde vai achá-lo? — perguntou Íria.

— Não sei se vou tentar aprender o ritual de conjuração... Acho que vou buscar o espírito direto no Cemitério de Pedra Lisa.

— Aiiii, se não for macabro, não tem graça — brincou Nádia.

Amanda não respondeu.

— E o seu, Ná? — perguntou Íria.

— Vou usar este brinco de ouro que era da minha vó Laura — Nádia mostrou um par de brincos dourados — Tem que fazer uns ajustes, vou pedir para o Alexey. E vou adornar um estojinho para o fetiche. O espírito vai ser um gafling de falcão.

Íria assentiu com a cabeça.

— Dmitri?

O garoto estava meio distraído.

— Ah.... Péra... — começou a mexer no celular — Olha, essa loja em Berlin faz tênis com tecnologia vaporfly personalizados. Sem crueldade com animais, nem trabalho escravo e completamente sustentáveis. Tudo é de material reciclado ou de fibras vegetais... Certificado. Pesquisei bem. Zero chance de ter um maldito neles.

— E onde você vai arranjar o dinheiro?— disse Nádia, olhando o site por cima dos ombros do irmão e arregalando os olhos com o valor.

Dmitri se reclinou, satisfeito.

— Pedi para minha avó presa de prata — sorriu — Ao contrário de certas pessoas, Nádia,  quando me mandaram "esfriar a cabeça" na Rússia eu fiz boa política com a babushka e ela gostou de mim. Se sente culpada por ter desprezado eu e meus irmãos no começo então.... tu tu tu... eu dei os comandos certos. Também tenho um pouco de sangue de senhor das sombras, né? Pra alguma coisa tem que servir.

Seus olhos de tamanhos diferentes brilharam. Nádia voltou a rir e Dmitri lembrou de pôr os óculos.

— O espírito também é um gafling do Falcão — disse, emburrado.

— E quanto a você, Kham? Já sabe como vai ser o seu fetiche? — perguntou Íria.
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Mensagem por Kurosatsunomori Sex Ago 20, 2021 10:40 pm

Quando se entregou a seu sentimentos e emoções, Kham se deu conta no meio do caminho que não estava indo para o mesmo lugar que Dimitri, pois as intenções eram diferentes.

Correndo ao longo do rio Kham molhava suas patas e focinho na água que jorrava tentandopegar as gotinhas no ar. Era divertido, era revigorante. Ele jogava folhas na água usando a boca e tentava seguir correndo atrás delas e ficava animado com as formas que as folhas fazia dançando pela correnteza, o jeito que se aproximavam e se distanciavam, se perguntava qual folha corria mais rápido. Corria próximo aos gaflings sem se distrair, mas uma figura semelhante chamou atenção, uma loba, provavelmente solitária. Se deixando levar Kham aceita o convite e corresponde à brincadeira, faz uma curta pausa para beber àgua depois de uma longa corrida, faz isso enquanto olha a loba nos olhos. Chegando perto dela com o focinho nas proximidades do pescoço ele fareja, a temperatura do pescoço sons e velocidade da respiração podem indicar como está o humor dela, e se ela ainda está disposta a brincar mais, mesmo por um curto momento quer conhecê-la, apenas mais cinco pulinhos na água. Ela não parece ter filhotes, o lupino levado pela energia do caern, em uma brincadeira de maior contato fareja por feromônios e se deixa levar por sua natureza.

Depois de um tempo indefinido percebe que o sol fez uma mudança considerável, era hora de ir, Khham se despede como se pudesse voltar a qualquer momento.

Emergindo no plano físico se dirigiu à cozinha para comer rápido algo que o deixe saciado, e então se dirigiu à oficina.

Dimitri escreveu:— E aí, maluco, foi para qual reino? Eu achei que cê ia vim comigo. Eu fui pro Fluxo! Maaaano, foi muito louco...

-- Eu me perdi de você, fui parar no coração do caern, foi muito bom.

Sem ervas especiais dessa vez, uma pena.

Depois chegou Íria e, para surpresa de todos, estava acompanhada de Julián.
O ancião apontou para Dmitri y para Kham e disse:

— Usted e usted! Depois da oficina quero falar com os dois, lá no escritório da sede. Vou estar esperando.

Saiu de cara fechada, sem dizer mais nada.

— Fudeu — sussurrou Dmitri para Kham.

-- Nossa Dimi, o que você aprontou?

Kham estava preocupado, mas é claro, vai tentar escorregar pra fora de qualquer problema com toda sua artimanha.

Kham viu a cara de seu amigo muito estranha. Um dos olhos tinha aumentado muito e o outro diminuído, fazendo Dmitri parecer um personagem de desenho!

Aquela foi uma das coisas mais engraçadas que o lupino ja viu. Os olhos estavam tortos, nem ao menos sabia se era possível curar aquilo ou se seu amigo ficaria assim pra sempre. Kham ficou eufórico e teve um ataque de risos tão forte que chegou a perder o controle dos músculos e rolar no chão, seus pensamentos estavam indo à loucura, quase chegou a passar mal. A divisão entre riso e preocupação deixou o lupino quebrado, caído em estado de catatonia. Era hilário, e ficar nesse estado era a melhor alternativa por enquanto, pelo menos pra se recompor, ele não tem condições de olhar para Dimitri agora.

A conversa toda foi praticamente ignorada, mas quando chegou a vez de Dimitri falar sobre o fetiche já estava conseguindo se levantar e caminhar de cabeça baixa. Farejou um pouco o chão e acompanhava a conversa olhando o seu entorno. As luzes, os sons distantes, a partir daí tudo já parecia ter normalizado.

Seus olhos de tamanhos diferentes brilharam. Nádia voltou a rir e Dmitri lembrou de pôr os óculos.

Só que não.
Kham teve outro ataque, até chegou a tentar gritar alguma coisa pra Dimitri, mas foi impossível em meio aos risos. A situação toda já estava fluindo naturalmente, um olho maior do que o outro é algo que pode ser levado numa boa, agora isso virar uma questão central ainda mais em Dimi era impossível para o lupino levar com seriedade, e colocar os óculos escuros depois de ser percebido, era isso o que Kham tentou gritar para ele não fazer, pois sabia que isso iria desencadear outra risada incontrolável.

— E quanto a você, Kham? Já sabe como vai ser o seu fetiche? — perguntou Íria.

Felizmente esse segundo ataque foi mais leve, sair do recinto e sentir o ar frio deixava mais fácil se concentrar em outra coisa, e depois de alguns segundos conseguiu fcar introspectivo.

-- Eu pretendo conseguir um bom pedaço de couro natural. Creio que não haja diferença se for comprado ou caçado, pelo menos pra mim tanto faz, a ideia é que seja como um brinquedo, um brinquedo de filhote. Uma medida de couro tingido com corantes naturais, deve ser facilmente encontrado pronto. O vermelho é o sangue, a força, o poder, por isso eu escolhi essa cor. Por ser leve e fácil de carregar não deve atrapalhar minha movimentação movimentação, eu posso usar amarrado no pescoço ou no braço. Sobre o espírito... -- Ele para por alguns segundos. -- Eu encontrei uma loba solitária na umbra mas... eu não sei. Eu não tenho o espírito perfeito ainda, mas sei que posso encontrar, eu estou no caern perfeito pra isso mas, eu não sei... Tem muitos filhotes na umbra que poderiam aceitar.
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Mensagem por Lua Seg Ago 23, 2021 2:30 pm

Kham finalmente conseguiu se recompor do ataque de risos e pôde responder a Íria.


-- Eu pretendo conseguir um bom pedaço de couro natural. Creio que não haja diferença se for comprado ou caçado, pelo menos pra mim tanto faz, a ideia é que seja como um brinquedo, um brinquedo de filhote. Uma medida de couro tingido com corantes naturais, deve ser facilmente encontrado pronto. O vermelho é o sangue, a força, o poder, por isso eu escolhi essa cor. Por ser leve e fácil de carregar não deve atrapalhar minha movimentação movimentação, eu posso usar amarrado no pescoço ou no braço. Sobre o espírito... -- Ele para por alguns segundos. -- Eu encontrei uma loba solitária na umbra mas... eu não sei. Eu não tenho o espírito perfeito ainda, mas sei que posso encontrar, eu estou no caern perfeito pra isso mas, eu não sei... Tem muitos filhotes na umbra que poderiam aceitar.


rolagem:

— Muito bem, a pesquisa parece suficiente. Os detalhes a gente pode aprimorar depois. Que curioso o do espírito da loba... Talvez você o tenha atraído.— disse Íria.

Ela fez anotações em um caderninho.

— Bem, agora que todo mundo tem uma boa idéia de como será seu fetiche, nós vamos para a parte de criação, começando pelo lado material. É importante caprichar nessa fase, pois quanto menos impressionante e mais comum ou feio for o objeto oferecido a um espírito, mais provável é que ele rejeite a oferta. Dmitri, você vai ganhar tempo comprando seu fetiche pronto, mas tem que estar muito seguro que o tênis está limpo de malditos e outros espíritos nefastos e vai precisar fazer uma customização ou pôr algo de si neles para que o espírito reconheça seu esforço e queira entrar. Nádia e Amanda vão trabalhar em conjunto com Alexey e isso é otimo. Aceitem as sugestões e as limitações técnicas, mas não se esqueçam de deixar sua marca no objeto. E quanto a você, Kham? Agora tem que definir se vai procurar um objeto de couro adequado ao fetiche, se vai fazer você mesmo ou se pretende recorrer ao nosso artesão. A vantagem de fazer você mesmo é que os espíritos tendem a preferir um fetiche feito pelo pretenso dono, pois acham que o criador investiu mais tempo no objeto e o vai tratar melhor. Outra vantagem é que você  não vai ter que decorar um objeto que já está pronto, então você pode incorporar a decoração desde o início e criar um objeto mais harmônico e bonito. Fazer o fetiche também diminui o risco de ser descoberto por más influências espirituais e você pode fazer o objeto exatamente como está pensando. A única desvantagem é que você tem que saber trabalhar esse couro de modo a agradar aos espíritos. Alexey pode te dar um ajudinha, se quiser.

O parente assentiu.


sistema:

— Alguma dúvida? — perguntou Íria — Senão, podem ir. Nos vemos quando tenham o objeto pronto.

As meninas se despediram de Alexey e Íria e começaram a sair.

Dmitri olhou para Kham, detrás das lentes escuras.

— Temos que ir lá ver o B.O. com o Julián...
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Mensagem por Kurosatsunomori Ter Ago 24, 2021 3:27 am

Alexey escreveu:O parente assentiu.

O lupino assentiu.

Talvez tenha couro no caern, dá pra fazer muitos fetiches e amuletos, também peças de roupas e equipamentos. Se o osso de um cavalo pode ser cedido, peças de couro também podem ser guardadas para as mais variadas utilidades. Trabalhar uma peça do zero pode render alguns bons conhecimentos.

Dmitri olhou para Kham, detrás das lentes escuras.

— Temos que ir lá ver o B.O. com o Julián...

-- Você têm muito o que aprender com os Lua Nova. Me acoberta que eu te ensino.
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Mensagem por Lua Qui Ago 26, 2021 5:35 pm

-- Você têm muito o que aprender com os Lua Nova. Me acoberta que eu te ensino.


— Ahhh, ragabash metido — brincou Dmitri, empurrando Kham amigavelmente.

Caminharam até a sede, entrando pela grande porta de vidro da varanda. O escritório na verdade era uma sala de estudos com uma mesa de reuniões no centro e uma bancada com computadores e outros equipamentos à direita. Julián estava sentado em uma cadeira giratória.

Dmitri teve que explicar de novo sobre os óculos escuros, enquanto eles se acomodavam.

— Bom, vamos ao ponto — disse Julián ao fim — Que diabos vocês estavam fazendo no meu recanto umbral? O Wantuk me falou que tinha gente não confiável entre as plantas.

— Foi minha culpa — disparou Dmitri — Eu chamei o Kham para conhecer a nova planta de poder.

Os olhos do índio faiscaram.  

Não teve jeito, antes que Kham pudesse ensinar qualquer coisa, o presa de prata já tinha sucumbido à tendência da tribo de se exibir como heróica e leal.

— A MINHA planta de poder! — disse Julián — Mas eu suspeito que Kham sabia muito bem que estava fazendo coisa errada, não é mesmo?

Encarou o lupino com aquele olhar de philodox que destrincha até a alma.

— Pois saibam que vocês podiam estar mortos, cojuditos de mierd... — apesar do palavrão, a voz de Julián era quase um sussurro — o Wantuk, ou trombeta, como você chamam aqui, é um dos espíritos vegetais mais poderosos. Kham teve sorte dele só o ter ignorado, por não achar confiável*. Dmitri, o Abuelo podia ter mandado vocês para qualquer lugar, o Érebo, o Abismo, Malfeas, a reconchesumadre, se ele ou vocês estivessem em um mau dia. É quase imprevisível. Tem garou que não volta. Vocês acham certo um defensor de Gaia arriscar o pescoço desse jeito por nada, com o escassos que somos? Hum?


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Mensagem por Kurosatsunomori Sáb Ago 28, 2021 5:42 am

Julián escreveu:— A MINHA planta de poder! — disse Julián — Mas eu suspeito que Kham sabia muito bem que estava fazendo coisa errada, não é mesmo?

Encarou o lupino com aquele olhar de philodox que destrincha até a alma.

"Tomei no cu."

Como era de se esperar Julián não era idiota, por isso não seria um truque infantil o caminho pra tirar o corpo de fora.

-- Planta de poder, é a primeira vez que ouço falar nisso. --Tomando alguns segundos pra pensar ele continua. -- Eu sabia que você tinha um jardim pessoal, com plantas especiais, mas eu esperava ficar sabendo disso através de você Julián-rhya. Estive dedicando meu tempo livre para estudar plantas desde antes do meu Ritual de Passagem, e até hoje, o único convite que recebi, mesmo que para olhar por cima do muro, foi de Dimitri. -- Kham desvia os olhos enquanto caminha por trás de Dimitri. --Eu consigo perdoar ele por ter sido um irresponsável, mas esperar tanto tempo para que meu interesse atraia seus olhos, isso me dói Julian-rhya. Diga de uma vez que não quer minha presença em seu jardim, e me tire dessa expectativa.

Embora Kham tenha começado com o intuito de "virar o jogo", o discorrer de suas palavras revelou um desejo e uma frustração real. O Ragabas Senhor das sombras estava se dando conta de algo importante, Julián e Wantuk escondiam algo no território umbral do caern, e por pouco poderiam matar para mante-lo oculto mesmo de um membro da seita, para Kham isso é no mínimo egoísta.
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Mensagem por Lua Seg Ago 30, 2021 12:03 pm

-- Planta de poder, é a primeira vez que ouço falar nisso. --Tomando alguns segundos pra pensar ele continua. -- Eu sabia que você tinha um jardim pessoal, com plantas especiais, mas eu esperava ficar sabendo disso através de você Julián-rhya. Estive dedicando meu tempo livre para estudar plantas desde antes do meu Ritual de Passagem, e até hoje, o único convite que recebi, mesmo que para olhar por cima do muro, foi de Dimitri. -- Kham desvia os olhos enquanto caminha por trás de Dimitri. --Eu consigo perdoar ele por ter sido um irresponsável, mas esperar tanto tempo para que meu interesse atraia seus olhos, isso me dói Julian-rhya. Diga de uma vez que não quer minha presença em seu jardim, e me tire dessa expectativa.


Julián sorriu, percebendo a artimanha.

— Plantas de poder são aquelas usadas em rituais para trazer visões de espíritos, deuses, ancestrais ou para obter conhecimento e curas, enfim, são plantas com espíritos poderosos dentro — disse — É uma expressão comum, se você ainda não topo com ela provavelmente os seus estudos das plantas tiveram outro foco: farmacológico, recreativo, comercial... Vai ver foi por isso que o Wantuk não confiou em você. Não acho que vocês invadiram meu território para ter conversas transcendentais com as plantas.

Fitou Dmitri e Khamaseen por uns segundos.

— Dmitri não pode convidar para um lugar que não é dele. Kham, se você sabia que eu tenho plantas especiais e tinha interesses nelas, deveria ter vindo falar comigo. Se você acha que os anciões vão correr atrás de você para oferecer um conhecimento que você nem está buscando, então você tem expectativas irreais, hijo. Não é assim que funciona, muito menos com sua tribo, você deve saber. * E não, eu não quero mais nenhum de vocês no meu "jardim", como chamam. Estou trazendo plantas poderosas e isso é perigoso para vocês. Vou dificultar ainda mais o acesso. A propósito, Dmitri, como foi que você conseguiu?

— Eu despertei o espírito do tabaco e fumei, virando até me desorientar para ele me mostrar o caminho.

— Hum... engenhoso, criou um ritual— Julián olhou Dmitri com admiração. Dmitri aproveitou.

— Julián... não barra a gente, por favor. Viajar para os reinos é o único jeito de eu aprender alguma coisa sem sair do caern. Vamos falar a verdade, a matilha de cliaths sequelados da Wyld NUNCA vai poder substituir a minha na guarda e a próxima ainda nem sofreu a Mudança... estamos presos aqui...

— A seita já decidiu sobre isso, você sabe.  O Klauss está trabalhando com os cliaths.

— E quem é o Klauss pra isso? Só porque faz uns treinos e é adren já está se achando o coach de matilha. Nem olha mais na minha cara. Sabe o que ele vai conseguir com os cliaths? Três malucos com autoestima.

Julián quase sorriu, mas manteve a seriedade.

— Falando assim, eu começo a dar razão para o teu pai que disse que teu problema é ciúme.

— Ciúme o cara... — Dmitri se conteve — Vocês que não me deixam progredir!

— Modera tuas palavaras — disse Julián — Tem uma hierarquia aqui.

Julián os fitou. Depois ficou dando meios giros na cadeira, para um lado e para o outro, enquanto observava Kham e Dmitri. Então disse:

— Até certo ponto, posso entender vocês. Kham, se você realmente quer aprender sobre os espíritos das plantas, primeiro tem que conhecer um mínimo de rituais. Podia começar com o de Contrição, que é muito bom para consertar as cagadas que você pode fazer com elas. Sugiro que vocês dois busquem anciões que lhes ensinem o Ritual de Contrição e que o executem para mim, porque o que fizeram foi grave. Não quero humilhação, não é essa a idéia, mas vocês tem que se desculpar pela ofensa. E se você fizer o ritual direitinho, Kham, se eu estiver contente, te ensino a falar com o tabaco, o vegetal xamânico por excelência. A partir daí, você começa o seu caminho com as plantas. Que te parece?

— E eu, o que ganho? — perguntou Dmitri.

— Por enquanto, você ganha o direito de eu não contar para a seita que criou um ritual para vulnerar uma parte do caern, levando um visitante junto— disse Julián com firmeza.

— Ahhh, tá de brincadeira...

Julián permaneceu impassível.

— Então eu não vou fazer ritual nenhum! — disse Dmitri, levantando-se.

— Não faz, mas tem consequências. Acabou a oficina de fetiches pra você, pendejo. Por desrespeitar a Litania.



* Senhores das sombras não têm o antecedente mentor
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Mensagem por Kurosatsunomori Seg Ago 30, 2021 8:35 pm

Julián escreveu:— Plantas de poder são aquelas usadas em rituais para trazer visões de espíritos, deuses, ancestrais ou para obter conhecimento e curas, enfim, são plantas com espíritos poderosos dentro — disse — É uma expressão comum, se você ainda não topo com ela provavelmente os seus estudos das plantas tiveram outro foco: farmacológico, recreativo, comercial... Vai ver foi por isso que o Wantuk não confiou em você. Não acho que vocês invadiram meu território para ter conversas transcendentais com as plantas.

--Ah, então era isso?? ...Eu realmente não tenho qualquer interesse nesse tipo de coisa, pra isso eu recorro aos Theurges. --O lupino tomba uma das orelhas.

Esperava algo realmente especial para um sujeito que se esgueira pelos becos sombrios das cidades, aprendendo sobre a vida dos humanos a começar por observar os que estão em situações mais delicadas, os "ômegas", humanos que não têm onde morar, que se sujeitam a diversas coisas por muito pouco, pessoas que ficariam felizes em dividir um baseado com aquele que o ajudou a cuidar de uma ferida infeccionada por contato com lixo. Plantas como aquelas prensadas e enroladas em papel seda eram extremamente populares pelas ruas que visitou, entre os jovens, os ricos e até mesmo metamorfos. Se Julián tivesse uma plantação de maconha isso sim seria um babado dos bons.

Por um momento pensou em perguntar sobre os filhotes de planta, mas exitou.

Julian escreveu:— Dmitri não pode convidar para um lugar que não é dele. Kham, se você sabia que eu tenho plantas especiais e tinha interesses nelas, deveria ter vindo falar comigo. Se você acha que os anciões vão correr atrás de você para oferecer um conhecimento que você nem está buscando, então você tem expectativas irreais, hijo. Não é assim que funciona, muito menos com sua tribo, você deve saber. * E não, eu não quero mais nenhum de vocês no meu "jardim", como chamam. Estou trazendo plantas poderosas e isso é perigoso para vocês. Vou dificultar ainda mais o acesso. A propósito, Dmitri, como foi que você conseguiu?

Kham:

Julián escreveu:— Até certo ponto, posso entender vocês. Kham, se você realmente quer aprender sobre os espíritos das plantas, primeiro tem que conhecer um mínimo de rituais. Podia começar com o de Contrição, que é muito bom para consertar as cagadas que você pode fazer com elas. Sugiro que vocês dois busquem anciões que lhes ensinem o Ritual de Contrição e que o executem para mim, porque o que fizeram foi grave. Não quero humilhação, não é essa a idéia, mas vocês tem que se desculpar pela ofensa. E se você fizer o ritual direitinho, Kham, se eu estiver contente, te ensino a falar com o tabaco, o vegetal chamanico por excelência. A partir, você começa o seu caminho com as plantas. Que te parece?

"Incrível!"

-- Acho que fiquei arrogante. eu quero aprender mais.

— E eu, o que ganho? — perguntou Dmitri.

— Por enquanto, você ganha o direito de eu não contar para a seita que criou um ritual para vulnerar uma parte do caern levando um visitante junto— disse Julián com firmeza.

— Ahhh, tá de brincadeira...

"Abordagem errada."

Julián permaneceu impassível.

— Então eu não vou fazer ritual nenhum! — disse Dmitri, levantando-se.

— Não faz, mas tem consequências. Acabou a oficina de fetiches pra você, pendejo. Por desrespeitar a Litania.

"Puta que pariu Dimi cala a boca! O ideal para mim seria ficar quieto, eu gostaria de intervir, mas Dimi está agindo de maneira tão estúpida que dificilmente vai reconhecer uma dica discreta. Mas talvez eu consiga amenizar as coisas."

-- Eu gostaria de ter um momento com o senhor, Julián-rhya. --Em seguida vira-se para sem colega sem conceder dicas expressivas. -- Se importa Dimi?
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Mensagem por Lua Seg Ago 30, 2021 9:07 pm

"Puta que pariu Dimi cala a boca! O ideal para mim seria ficar quieto, eu gostaria de intervir, mas Dimi está agindo de maneira tão estúpida que dificilmente vai reconhecer uma dica discreta. Mas talvez eu consiga amenizar as coisas."

-- Eu gostaria de ter um momento com o senhor, Julián-rhya. --Em seguida vira-se para sem colega sem conceder dicas expressivas. -- Se importa Dimi?

BLAM!

Dmitri já saía, batendo a porta tão forte que um quadrinho caiu da parede.

Julián balançou a cabeça, pensativo.

— Pode falar, hijo — disse para Kham, após um suspiro.
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