Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

— Não tem mais nada? — perguntou Ben a Klauss, talvez pensando nas barrinhas de cereais.

— Não tem mais nada? — perguntou Ben a Klauss, talvez pensando nas barrinhas de cereais.

-- Após o rapel, fazemos um lanche antes de seguirmos, nem sempre temos uma mesa farta como em Fonte Fria. Podem desmontar a barraca.

*junta suas coisas, confere se o fogo ficou bem apagado, pega todo o equipamento e primeiro vai ate uma arvore, prende a corda e começa a explicar todo o equipamento que vão utilizar um por um.*

*Me seguida mostra a técnica que deverão utilizar sempre observando as reações e caso perceba que não ficou claro repete as instruções em seguida faz um por um montar o equipamento junto a árvore e fazer seus testes.*

-- Caso tenham alguma duvida a hora de perguntar é agora.

iniciam a subida até a pedra sempre observando se já existe alguma rota pronta para fazer a a descida.*

Klauss viu a boca do galliard se abrir e fechar, engolindo um comentário. Os três terminaram de comer em silêncio e, em seguida, desmontaram a barraca obedientemente.

Os meninos prestaram muita atenção e montaram seus equipamentos corretamente.

*Durante o caminho.*

-- Assim que chegarmos la em cima primeiro montamos todo o equipamento, em seguida tiramos algumas fotos...

*Klauss olha para os garotos.*

-- Lógico se vocês quiserem...

*Continuavam a subida procurando manter o mesmo ritmo de caminhada.*

-- Não esqueçam somos tão fortes quanto nossos membros mais fracos e na matilha por mais que cada um tenha sua função e suas habilidades especificas vocês sempre devem confiar um no outro. O ponto que quero chegar é o seguinte vou fazer a ancoragem para vocês e vou ajudar em caso de alguma duvida, mas o equipamento para a descida quem vai arrumar são vocês, inclusive o meu.

*Continuava a caminhada procurando o caminho mais seguro até chegar andando ao topo.*

— A gente já confia um no outro — disse Ben — Você fica dando lição, mas a gente já sabe ser uma matilha, a gente já É uma matilha, só não tem o totem. Não é como a sua que falhou.

— Quem vai arrumar o seu equipamento sou eu — completou, com um sorrisinho desafiante.

A provocação de Ben não era o único problema. Já fazia algum tempo que Klauss tinha a impressão de que havia mais alguém nas proximidades, mas seus sentidos não captavam nenhuma presença. Era mais como um instinto, adquirido depois de tantas batalhas.

Klauss para de caminhar e da alguns passos para trás até ficar cara a cara com o garoto parando a poucos centímetros dele.*

-- Minha matilha se desfez justamente por seus membros ter atitudes feito a sua, porque tenho a impressão que você não é o alfa.

*Olha para Vicente.*

— Quem vai arrumar o seu equipamento sou eu — completou, com um sorrisinho desafiante.

*Klauss sorri.*

-- Que bom que você se voluntariou, você vai arrumar os quarto equipamentos, mas quem vai dizer qual equipamento todos vão usar sou eu! E seus amigos não podem ajudar a monta-los.

-- Já que quer tanto mostrar como se faz Benjamin , vá abrindo caminho, Ícaro vai logo atras, seguido por Vicente e eu vou por ultimo.

A provocação de Ben não era o único problema. Já fazia algum tempo que Klauss tinha a impressão de que havia mais alguém nas proximidades, mas seus sentidos não captavam nenhuma presença. Era mais como um instinto, adquirido depois de tantas batalhas.

*Mudando a formação procurava ficar atento a qualquer barulho que não fosse dos garotos, até mesmo para poder alerta-los de qualquer imprevisto.*

— Ben, não esquece que a gente está fazendo isso pela górgona — interveio Vicente — Se a gente falhar nos testes vai perder ela. Vamos aprender esse rapel de uma vez.

— Tá bom, meia-lua, entendi. — soltou Ben.

Vicente contraiu o corpo inteiro, uma veia saltou em seu pescoço e ele começou a tremer. Klauss viu a fúria queimando em  seus olhos, sabia reconhecer outro ahroun contendo um frenesi.*

Benjamim também percebeu e recuou.

*Klauss se aproxima e coloca as mãos nos ombros do ahroun.*

-- Respire fundo e lentamente, o controle é seu não do lobo... busque lembranças boas e calmas... quem manda no Lobo é você e não ao contrário...

*Assim que ele se acalma um pouco mais continua a caminhada.*

-- A técnica que te falei é o que eu uso para conter que o lobo me domine, admito que nem sempre ele pode ser contido como você fez a pouco. Mas sempre procure focar no controle e que quem manda é você a consciência é a sua  e que você está no controle. Sei que o Ben10 (referencia ao desenho) é galliard e eles muitas vezes tem a linguá afiada mas aos poucos ele vai aprender que ele é seu beta e não ao contrario.

-- Vocês já tem nomes garou?

*Ativo o dom Senso de Batalha.*

*Caso note alguma ameaça procura deixar os garotos em formação para defesa sem alerta-los disso, chegando ao topo, aprecia por alguns momentos a vista sem descuidar da mata e do que possa estar a espreita.*

-- Vocês tem alguns minutos para recuperar o folego e tirar algumas fotos. Aproveitem!

— Você não entende. O problema não é o Ben. Tá bom, ele não gosta de ser mandado, mas eu sou ahroun, se eu quiser eu faço ele obedecer. Só que... eu não quero ficar bravo com eles, entende? Eu só tenho os dois, minha irmãzinha e meu avô. Não quero arriscar que aconteça igual com meus pais. Eu fiquei com raiva deles, antes... Não pode acontecer o que aconteceu agora, Klauss, porque eu posso não aguentar, você mesmo disse, nem sempre dá para conter. Por isso eu prefiro não falar nada pro Ben, deixo ele ser do jeito dele e fico quieto. Só que aí eu passo por bobo.

— Não. Quando a gente fez o Ritual de Passagem estava tão estranho por causa da Wyld que a seita achou melhor esperar a gente estabilizar. Aí depois a gente só ficou indo e vindo de outras seitas, para cumprir missões curtas, então ninguém se importou em nos dar nome.

Conforme avançavam, Klauss foi sentindo que a presença que ele sentia era solitária e muito vaga.

Enquanto os meninos faziam selfies e panorâmicas, Klauss finalmente captou que alguém os espiava da Penumbra.

eu vejo que é importantíssimo que eles conheçam suas opiniões, já pensou você ter que conter um frenesi como fez a pouco toda vez que fazem um comentário que te desagrada ou te contestam?

Pense a respeito, se você quiser posso fazer uma roda de conversa novamente como fizemos na fogueira, mas quem conduz a conversa será você, eu fico apenas como ouvinte, e só participo se você pedir. Como lhe disse pense a respeito não precisa me dizer nada agora.

*Klauss não contém o sorriso.*

-- Nem mesmo entre vocês?

Lua escreveu:Enquanto os meninos faziam selfies e panorâmicas, Klauss finalmente captou que alguém os espiava da Penumbra.

*Discretamente enquanto deixava o equipamento mais fácil de ser montado e procurava um ponto de ancoragem espiã pela penumbra.*

— Não, né? — disse Vicente sorrindo — Por que a gente ia ficar se chamando de Faz-Tal-Coisa entre a gente? Nome garou quem dá é a seita, a tribo...

— Na boa, eu queria ser como eles — confessou Vicente, de repente — Quer dizer, se eu tivesse tido a mudança do Kaká, eu não sei o que eu tinha feito, mano...— olhou para Klauss, muito sério — Mas com eles está suave, eles até preferem, você viu. Às vezes, eu acho que... — ... que a Wyld não foi tão aleatória assim. Que ela só pegou um caminho feito, entende? Podia ser que Kaká já não fosse só menino, que Ben já tinha esse lado mais monstrão e que eu... já não ia ser mesmo um bom ahroun.

— Klauss! Klauss!

Voltou a si com os meninos em volta, chamando seu nome.

— Você está bem? — perguntou Ícaro, lhe estendendo um pouco de água.

Do meio da mata veio um som estranho, parecido com um bicho engasgado.

-- Não estamos sozinhos, não mudem de forma a menos que eu diga, formem um losango comigo Icaro diretamente atrás de mim, Benjamin e Vicente nas laterias... e não ataquem a menos que eu diga.

*Mantém o foco em direção ao som, mas ainda busca mais algum som nas proximidades.*

— Você é uma pumonca... — murmurou Vicente.

— Olá, eu sou o Benjamim — disse Ben, tomando a dianteira com seu melhor sorriso.

— Felícia Jaguaruna, aka dos pumoncas — se apresentou, estendendo a mão e sorrindo — Julián me avisou que vocês estariam treinando perto do nosso território.

*Klauss responde o cumprimento.*

-- Klauss Krugger, justiça de Prata ahroun, adren dos Crias de Fenris, que bom que Julyan-rya avisou, não quero ser responsável por incidente diplomático entrando no território de vocês, caso tenhamos violado alguma fronteira peço nossas mais sinceras desculpas.

— Não se preocupe, quem tem que pedir desculpa sou eu. Deveria ter me apresentado de um jeito melhor — disse em voz sedutora, se aproximando de Klauss — Eu só estava curiosa para ver como vocês eram...

— Uau! Como você fez isso? — perguntou Felícia espantada.

— É um dom raro que eu aprendi — blefou Ícaro, com um sorriso malandro.

— Eu também sei o dom — se apressou em dizer Ben, mas sem deixar a sua forma de glabro bonito.

Felícia parecia encantada. Olhou para Vicente, com um sorriso inquiridor.

Klauss sentiu o ahroun se aproximar inconscientemente de seu corpo.

— O meu dom é não ser mentiroso — disse com firmeza. Klauss podia sentir seu nervosismo.

— Ahhhh, Vicentee! — riram os demais.

Felícia riu com eles.

— Mas você ainda sofreu uma transformação — disse depois para Ícaro, no mesmo tom cativante — O que que é isso?

— É um segredo — sussurrou à bastet.

Os olhos de Felícia faiscaram. Uma espécie de eletricidade circulou entre os dois por alguns segundos.

Então ela se voltou a Klauss.

— Eu gostaria de ver o treino, se você deixar — ronronou, charmosa — Claro, se não for atrapalhar...

— Por mim está ótimo! — disse Ben, endireitando o corpo e projetando a mandíbula na direção de Ícaro.

— Perfeito! Vai ser mais divertido.— respondeu este, confrontando os olhos de Ben.

Vicente só olhou para Klauss, inquieto.

Klauss ameaça um sorriso mas ainda se mantém sério.*

-- Como sempre... a curiosidade...

*Klauss sacode a cabeça negativamente.*

-- Não sei onde desrespeitar seu alfa é engraçado.

*Klauss se posiciona entre os garotos e a bastet e encara Benjamin .*

-- Você tem equipamento para preparar. Não temos todo o tempo do mundo.

*Volta-se para Felicia.*

-- Primeiro não tem segredo nenhum, o que você viu é apenas um efeito da Wild sobre eles. E já deu para perceber que sua presença aqui tira a concentração deles, então a resposta é não, caso ainda esteja curiosa o treinamento é apenas um rapel, mas como eles nunca fizeram não podem ter distrações nem alguém que tire o foco deles. Em um outro momento será um prazer, sinto muito mas hoje não.

-- Qual é o problema de vocês???? Sério mesmo... acham que se comportar como um babaca em frente a uma garota vai fazer vocês parecerem legais? Agora entendi porque Ahmed precisou colocar vocês pra correr...

*Klauss se posiciona entre os garotos e a bastet

...é apenas um efeito da Wild sobre eles.

-- ... acham que se comportar como um babaca em frente a uma garota...

Agora entendi porque Ahmed precisou colocar vocês pra correr...

— OLHA O QUE EU FAÇO COM A MERDA DO SEU EQUIPAMENTO, KLAUSS! ISSO! E ISSO!

*Klauss para ao lado de Vicente sentindo a tensão do momento, e espera pacientemente Benjamin e Icaro, porém pronto para agir caso Vicente sofra um frenesi.

Assim que eles acabam de jogar o equipamento fora.*

-- Os dois já acabaram com seu piti???

* Não da tempo dos dois responderem.*

-- Como vou tratar vocês como Garou responsáveis com atitudes como essas? A conversa com as crianças acabou, agora vou falar com os Garou que estão preocupados com Gaia e com sua Gorgona.

*Se aproxima de Benjamin.*

-- O equipamento não é meu é de Fonte Fria, e se não quer que reporte toda a merda que vi aqui a Kamau você vai trabalhar e pagar a Fonte Fria por ele... eu disse VOCÊ VAI trabalhar e pagar, não me interessa se você vai catar merda de cavalo nos pastos, ou que você vai fazer pra isso.

*Olha para Icaro.*

-- Se Benjamin comer merda você come também? Quando vai criar uma personalidade própria?

*Se afasta um pouco e fala diretamente aos três.*

-- Na boa, eu não tenho que aguentar isso *pensa uns segundos e continua* vou dar uma ultima chance a vocês, se tivermos mais um pitizitinho como esse de agora a pouco estou fora... vocês falham nos testes de Kamau e dão adeus a sua górgona, se vocês não quiserem eu estou fora desde ja o que me dizem?

— E-eu dou todo o meu soldo para a minha mãe — disse, patéticamente, em voz baixa.

— A gente te ajuda — acudiu Vicente com os olhos arregalados.

— Calma, Klauss — arriscou Vicente. Klauss podia sentir o esforço enorme que isso lhe custava — Falando em nome da matilha, a gente não quer que você vá.

Ícaro e Ben ergueram os olhos raivosos, mas ainda sem coragem de falar. Vicente os encarou.

— Olha, a gente não precisa gostar do Klauss, a gente não precisa ser amigo do Klauss, nem ele da gente, ouviram? Mas temos os testes para cumprir e vocês estão estragando tudo por birra, por besteira. Essa mina que chegou... seus doidos, ela é pumonca. Isso deve até ser contra a Litania.

Ben revirou os olhos e balançou a cabeça. Vicente se aproximou.

— Já sei, vai dizer que eu sou um philodox, né? — disse — Não mesmo. Eu sou ahroun. E vou ser ahroun do meu jeito igual vocês são o que são, do jeito de vocês.

— Mas eu queria te pedir uma coisa, Klauss — disse com brandura — Não fala mais desse jeito, por favor. Não sei se você já esteve no Campo de Batalhas... mas tudo o que acontece ali, a gente sente e lembra como se fosse verdade — havia muita dor em seus olhos — E a gente foi mandado pra lá injustamente.

—  A seita acreditou mais na palavra de um impuro que esconde a deformidade do que na nossa — disse Ben, se animando — A gente não ia fazer mal a ninguém naquela noite, Klauss. Mesmo que você concorde com o Ahmed, não ia. E nem agora, viu Vicente.

— Eu não disse isso. — murmurou Vicente.

.

— Eu sei, mas é que f*da, sabe? — Ben se agitou —  A gente só queria zoar um pouco. Ver de perto de uma garota daquelas, pôr um pouco de diversão no rapel. Só isso. E você vem falando em Litania, mano..

— Ninguém esqueceu da górgona — disse Ícaro — Nem de Gaia. Só que... — olhou para Klauss com temor —

...Klauss, não leva a mal, eu sei que você está  tentando fazer a sua parte, mas é que... eu estou meio cansado disso tudo, tudo mesmo e eu estou com fome, eu preciso ir no banheiro… e às vezes o que você fala ofende a gente.

-- NÃO, vocẽs não entenderam, se quando você era pequeno se jogava no chão do mercado e fazia escândalo porque sua mãe não lhe deu o doce que você queria, tenha em mente uma coisa EU não sou sua mãe, o dinheiro que você repassa a ela você não mexe,  *estica o indicador na direção de Benjamin* você vai fazer hora extra, não foi Vicente que jogou fora as coisas, Icaro fez o mesmo por sua influencia, agora você vai entender que seus atos tem consequências.

-- A seita não acredita no Ahmed por esse ou aquele motivo, a seita acredita em fatos e se mais alguém viu o mesmo que Ahmed no outro dia e eu agora por mais que suas intenções fossem outras não é o que me pareceu...

-- ZOAR... você me vem falar em zoar, não sei o que passou na sua cabeça quando saímos para fazer esse treinamento, mas aqui não é lugar para zoar, só faltou quererem gravar um videozinho como fizeram quando eu cheguei no alojamento.

-- Foi o que lhes falei, nem todas as seitas são como Fonte Fria, o conforto e a fartura que vocês tem em Fonte Fria em nenhuma outra seita vocês encontrarão, eu nem devia ter trazido a barraca e o colchão para vocês, deveria ter feito vocês dormirem no chão próximo a fogueira como eu fiz, fome acaba sendo uma companheira de jornada... quanto a ir ao banheiro, fazer selfies, fotos panorâmicas e paquerar uma pumoca não da vontade de ir ao banheiro, outra coisa, se você não falar não adivinho.

*Klauss vira de costas para eles e da alguns passos em direção ao penhasco olha a paisagem por alguns segundos, então volta-se para eles.*

-- Como Vicente já falou vocês não precisam gostar de mim, estou disposto a colocar um ponto final em tudo o que aconteceu aqui ou seja, o que aconteceu aqui fica aqui, *olha para Bnejamin* óbvio que não vou voltar atrás com a minha decisão *Olha para Vicente.* Sei que acabaram impondo a vocês os testes e a mim para ajuda-los, vou dar um tempo a vocês para conversarem, o que o alfa é a voz da matilha.

*Se afasta e pega um pedaço de corda e começa a arrumar o equipamento para ele.*

— Ícaro, nós somos senhores das sombras — sussurrou Vicente, devagar, como quem escolhe bem as palavras — Benjamim, você é peregrino silencioso, vocês são diplomatas. Então agora nós vamos ter muito sangue frio e pensar nisso como um treino também, valeu? Vamos deixar esse "rhya" bem contente para a gente ficar livre logo do B.O. e até com alguma vantagem.

Os três se aproximaram de Klauss e Vicente disse:

— Estamos prontos para continuar.

*Klauss abre a mochila e entrega as barras de cereal a Vicente.*

-- Alfa a distribuição delas fica por sua conta, se acabarem e quiserem comer algo ainda precisarão caçar ou encontrar alguma árvore com frutas.

-- Sentem-se. Agora preciso que imaginem uma situação, estávamos preparando uma invasão a um prédio onde a umbra não estava acessível, um helicóptero fornecido pelos Andarilhos do Asfalto nos deixa no terraço com nosso equipamento, sofremos um ataque vencemos sem maiores danos, porém nosso equipamento foi jogado de cima do prédio e ficamos somente com a corda e precisamos descer pelo lado de fora. Tudo precisa ser improvisado, vidas serão perdidas se nossa incursão falhar. Então pegamos um pedaço da corda e fazemos o seguinte.

*Tira a corda novamente e pede que um por um faça o mesmo.*

-- Alguém quer testar? Alfa? Não vamos fazer até em baixo, mas somente uns 3 ou 4 passos saindo da pedra, e eu puxo novamente.

Vicente distribui uma barra para cada um, incluindo Klauss, e guarda as restantes em sua mochila.

— Eu!
— Eu!
— Eu!

Responderam animados.

Klauss olhou para o alpha, como a dizer "quem autoriza é você".*

— Vamos os três — disse Vicente — Eu vou primeiro. Depois Kaká e por último você, Ben, pode ser?

Ícaro se desequilibrou e, em vez de descer tocando a pedra com os pés, se chocou com o paredão e ficou agarrado à corda, olhando para baixo, aflito.

*Klauss olha para Vicente entregando a ponta do guia.*

-- Mantenha essa ponta sempre esticada enquanto eu puxo Ícaro de volta, mantenha ele calmo.

*Olhando para Icaro na pedra.*

-- Icaro... Icaro... olha pro Vicente...

*Enquanto Vicente mantém Icaro seguro, Klauss faz sinal para Benjamin lhe ajudar e juntos vão puxando lentamente Ícaro para cima.*

m pouco tempo, Ícaro estava de volta ao topo do morro, um pouco ofegante mas tranquilo.

— Agora é a minha vez. Posso ir? — perguntou Ben, autoconfiante como sempre.

— Klauss, a gente pode fazer o rapel em glabro? — perguntou Vicente — Acho mais seguro e, em uma situação real, acho que não ia ter muito problema.