Lobisomem RPG
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

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Mensagem por Lua Qui Set 09, 2021 7:45 pm

-- Poder pode, mas sempre temos os poréns, forma glabro aumenta o peso então temos que pensar nos demais detalhes: capacidade de carga da corda, ponto de ancoragem mais reforçado que simplesmente arvores, para essa carga seria ideal furarmos a pedra e colocar grampos, mas vou ser sincero com vocês, não vi nenhum ponto fixo aqui na pedra e não  pretendo deixar uma rota pronta aqui, até porque estamos no limite dos territórios e não queremos ninguém fuçando onde não deve.  


Os meninos escutaram com atenção.


Concordo que numa situação de invasão a forma glabro seria bem útil, mas não podemos depender dela o tempo todo lembrem nossa forma racial sempre é útil.


— A minha forma racial é glabro — lembrou Ben.

Vicente olhou feio para ele e Ben fez uma careta de quem falou demais.

— Foi mal — disse.


Agora se vocês se sentirem confortáveis e quiserem descer mesmo com a cadeirinha de cordas não vejo problema. Só vamos fazer o treinamento com Benjamin primeiro, lembrem que se algo der ruim é uma queda bem longa


— Eu quero descer até lá embaixo! — disse Ben, indo buscar a cadeirinha — Depois do meu teste, claro.

— Depois a gente vê — disse Vicente.

rolagem:

Benjamim fez o exercício à perfeição, o que aumentou sua confiança.

— Agora eu quero descer o morro inteiro — disse com um sorriso.

— Melhor, não, Ben — falou Vicente — Pode dar alguma merda e a gente está longe da seita, do hospital, dos theurges.

Ben revirou os olhos.

— Vicente, a gente escalou um morro igual a esse pela lateral na missão do Ritual de Passagem, esqueceu? E lutou contra espirais adultos, com fetiches, dentro de uma caverna escura... só para ficar nessa missão. Está com medo do QUE agora?

— De ter que salvar sua vida de novo e dessa vez não ter tanta sorte — respondeu Vicente.

Os dois ficaram se encarando, com raiva.

— Pelo amor de Gaia, vocês dois — disse Ícaro, suspirando — O que que a gente combinou?

— O Klauss disse que não tinha problemas — insistiu Ben, sem deixar de encarar Vicente e falando pausadamente, como se ele tivesse dificuldade de entender.

— Está bem, vai — disse Vicente, ao fim.

Ben sorriu, triunfante.

— Ok — disse Ícaro — mas antes eu queria refazer meu teste. Posso, Klauss?
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Mensagem por Klauss K. Sex Set 10, 2021 7:58 am

— Eu quero descer até lá embaixo! — disse Ben, indo buscar a cadeirinha — Depois do meu teste, claro.

— Depois a gente vê — disse Vicente.

*Klauss acena positivamente.*

— Agora eu quero descer o morro inteiro — disse com um sorriso.

— Melhor, não, Ben — falou Vicente — Pode dar alguma merda e a gente está longe da seita, do hospital, dos theurges.

Ben revirou os olhos.

— Vicente, a gente escalou um morro igual a esse pela lateral na missão do Ritual de Passagem, esqueceu? E lutou contra espirais adultos, com fetiches, dentro de uma caverna escura... só para ficar nessa missão. Está com medo do QUE agora?

— De ter que salvar sua vida de novo e dessa vez não ter tanta sorte — respondeu Vicente.

Os dois ficaram se encarando, com raiva.

— Pelo amor de Gaia, vocês dois — disse Ícaro, suspirando — O que que a gente combinou?

— O Klauss disse que não tinha problemas — insistiu Ben, sem deixar de encarar Vicente e falando pausadamente, como se ele tivesse dificuldade de entender.

— Está bem, vai — disse Vicente, ao fim.

Ben sorriu, triunfante.

— Ok — disse Ícaro — mas antes eu queria refazer meu teste. Posso, Klauss?

*Klauss acena positivamente para Icaro, em seguida volta-se para Vicente.*

-- Vicente você pode fazer o processo de montar a cadeirinha com a corda junto com Icaro...confiram tudo 3 vezes.

*Olha para Benjamin e fala enquanto caminha para longe dos outros dois.*

-- Venha comigo...

*Assim que se afasta um pouco para frente a frente com Benjamin e o encara com a cara fechada.*

-- A próxima vez que você distorcer minhas palavras para conseguir alguma coisa Senhor das Sombras você vai ter sérios problemas, falei sobre  fazer o rapel em glabro não de ir até embaixo, não vamos porque você jogou o equipamento fora... *se aproxima dele e fala ao pé do ouvido.* então deixe este "rya" aqui bem contente para que "ele" livre vocês do B.O. e entenda de uma vez por todas você não vai me usar para conseguir nenhum tipo de vantagem. Está entendido????

*Se afasta um pouco ainda olhando o garoto nos olhos, pronto para dete-lo caso saia correndo ou ainda queira continuar confronta-lo. *
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Mensagem por Lua Sex Set 10, 2021 10:03 am

Assim que se afasta um pouco para frente a frente com Benjamin e o encara com a cara fechada.*

-- A próxima vez que você distorcer minhas palavras para conseguir alguma coisa Senhor das Sombras você vai ter sérios problemas, falei sobre  fazer o rapel em glabro não de ir até embaixo, não vamos porque você jogou o equipamento fora... *se aproxima dele e fala ao pé do ouvido.* então deixe este "rya" aqui bem contente para que "ele" livre vocês do B.O. e entenda de uma vez por todas você não vai me usar para conseguir nenhum tipo de vantagem. Está entendido????

Benjamim ouviu de dentes cerrados. Era perceptível a luta que travava para controlar seus impulsos. *

Quando sentiu que tinha autocontrole suficiente, olhou para os companheiros e gritou:

— Ícaro, Vicente, qual a minha tribo?

Os dois não entenderem nada, mas responderam quase ao mesmo tempo:

— Peregrinos Silenciosos.

Ben fez um gesto.

Spoiler:

Ainda mantendo a calma, falou.

— Você tem Verdade de Gaia ou algum dom assim? Ativa.

Esperou uns segundos.

—  Eu achei que você tinha falado que a gente podia descer só com a cadeirinha de corda, se quisesse. ** — declarou.

Depois expirou profundamente. Havia mais cansaço que hostilidade em seu semblante.

Vicente se aproximou e falou em voz baixa.

— Klauss, a cadeirinha do Ícaro está pronta e revisada três vezes.

Olhou para os dois, preocupado.

— Vamos terminar isso logo para ir embora, não estou aguentando mais — disse Ben com sinceridade.

Vicente fez que sim com a cabeça.


____

* Gasto: 1 FV

** A narradora também  Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 1f606

Spoiler:
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Mensagem por Klauss K. Ter Set 14, 2021 8:05 am

Vicente se aproximou e falou em voz baixa.

— Klauss, a cadeirinha do Ícaro está pronta e revisada três vezes.

-- Ótimo vamos refazer o teste e vamos nessa, estamos todos cansados e estressados....

*Passa a corda em Icaro.*

-- Vicente, faça a ancoragem, Benjamin o ajude.

*Senta-se próximo a eles e fica pronto caso algo de errado aconteça.*

***************

*No caminho de volta se mantém em silencio,pensando onde errou com os garotos. Chegando na cachoeira. Deixa mais um tempo livre para eles enquanto compra 4 sanduíches na barraca onde comprou a cerveja.*
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Mensagem por Lua Ter Set 14, 2021 11:50 am

Vicente se aproximou e falou em voz baixa.

— Klauss, a cadeirinha do Ícaro está pronta e revisada três vezes.

-- Ótimo vamos refazer o teste e vamos nessa, estamos todos cansados e estressados....

*Passa a corda em Icaro.*

-- Vicente, faça a ancoragem, Benjamin o ajude.

*Senta-se próximo a eles e fica pronto caso algo de errado aconteça.*



rolagem:

Mesmo com muita dificuldade, Ícaro conseguiu concluir o exercício.


*No caminho de volta se mantém em silencio,pensando onde errou com os garotos. Chegando na cachoeira. Deixa mais um tempo livre para eles enquanto compra 4 sanduíches na barraca onde comprou a cerveja.*


Os meninos se esbaldaram na cachoeira com se nada tivesse acontecido. Klauss comprou os sanduíches e se sentou em algum lugar enquanto eles brincavam. Minutos depois, sentiu uma presença cálida e sutil se aproximando. Um garou comum nem a teria notado, mas Klauss percebeu que era Felícia chegando. Estava de biquini.

— Você não foi muito simpático lá no morro, então eu não falei — disse ela, sentando a seu lado e falando com uma voz baixa e naturalmente sensual — Mas este lugar parece que está tocado pela Mão da Destruição — pensou um pouco — Acho que vocês dizem "feder a Wyrm" ou algo assim. Pode notar? De qualquer modo, avisa ao Julián.

Levantou-se e, dando as costas a Klauss, caminhou elegantemente até a mata, proporcionando um espetáculo de beleza perturbador para qualquer garou decente.

***

Ao chegar no caern, a matilha deixou Klauss e foi correndo até o viveiro onde mantinham a górgona.

Klauss ainda estava na varanda quando voltaram, pálidos.

— Ela não está lá — sussurrou Vicente.

Já estava começando um novo surto de nervosismo quando Estevão saiu de dentro da sede.

— Ela está na minha casa — disse — Sabe, meninos, mesmo um garou ligado a Weaver como eu pode ver que o melhor lugar para uma criatura da Wyld não é presa em um viveiro. Minha casa fica suficientemente longe para que ela não crie problemas e Liam vai se dedicar a cuidar dela por enquanto. É o castigo pelo vídeo que vocês fizeram. Mas ela não pode ficar conosco para sempre. Alexey tem pavor, ele vai dormir no atelier por enquanto.

Os três se entreolharam, sentindo o peso da responsabilidade.

— Vocês também precisam ter mais cuidado com os vídeos. Eu tenho espíritos filtrando a internet daqui, mas nenhum sistema de segurança é sem falhas. Um descuido besta e vocês estarão violando o Véu e pondo a seita em risco, entendem?

Fizeram que sim com a cabeça. Pareciam exaustos demais para confrontar qualquer coisa. Ou simplesmente estavam percebendo a extensão de seus problemas.

—  Dessa vez não vou contar para a seita, mas o Klauss já está sabendo — disse Estevão, antes de voltar para o interior da casa.

Durante o jantar e troca de turno, Klauss também soube que a seita estivera procurando por uma loba desconhecida, que Kham tinha avistado na umbra. Não tinham encontrado nada e acabaram concluindo que era um espírito-lobo, atraído por ele, ou uma manifestação diferente dos espíritos da própria seita.

A noite transcorreu com tranquilidade, onde quer que Klauss tenha decidido dormir.

***

— Dimitri...

— Humm?

— Infringir a Litania é só por atos ou também por pensamentos?


Os cliaths explodiram em gargalhadas.

— Atos, eu acho. Quem nunca desobedeceu um garou de posto mais elevado em pensamento?

— Ah... Tá liberado, então.

Mais risos.

***

A manhã nasceu alegre e ensolarada. Klauss tomou o café com a seita e depois teve o dia livre para fazer o que quisesse.

***

No final da tarde, ao entrar na sede para jantar, Klauss viu um velho com aparência exótica e debochada.

Spoiler:

Se chamava Braço de Aranha e era um ancião philodox dos senhores das sombras, aliado da seita.

— Eu conheço a sua fama, Justiça de Prata — disse quando apresentaram Klauss para ele —  foi você quem apagou a dra Misyats e seu bando de malucos. O pessoal de Serpente do Brejo ainda está puto, mas eu vou te dizer uma coisa, garoto, eu sei dar valor para um bom trabalho encoberto, principalmente quando é feito debaixo dos narizes da minha tribo, hahaha. Como dizem os jovens, "eles que lutem". E você fez uma coisa importante revelando aquele ninho da ADN no Rio. Parabéns.

Klauss sentiu que os garotos o olhavam diferente, com respeito e uma certa seriedade.  Mas, nesse meio tempo, já estava chegando a matilha de fosterns. Entusiasmados, todos os garotos passaram a cercar Braço de Aranha, que pôs fim ao clima solene sendo muito carinhoso e brincalhão com eles.

— Não é porque aquela língua de serpente da sua tia-avó me chutou depois de trinta anos, que eu vou me esquecer de vocês — disse ele, rindo, enquanto distribuía envelopes com dinheiro de presente aos garotos.

Com a mesma alegria, Braço de Aranha saudou Kham, que acabava de chegar.

— Quero ouvir essa história das plantas!

Klauss observou que Julían fez uma cara de "ai, ai, ai". Anton tampouco parecia simpatizar muito com a irreverência do velho senhor das sombras.

Por fim, Braço de Aranha e Kham saíram para um passeio e os garous se prepararam para dormir. Julián ficou fumando alguma de suas ervas na varanda.

***

O resto da semana passou voando. No dia seguinte, sábado, seria a primeira prova  dos meninos e no domingo haveria o almoço na casa de Anton. Klauss tinha tempo para fazer qualquer preparativo, se achasse necessário.
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Mensagem por Klauss K. Qua Set 15, 2021 1:38 pm

— Você não foi muito simpático lá no morro, então eu não falei — disse ela, sentando a seu lado e falando com uma voz baixa e naturalmente sensual — Mas este lugar parece que está tocado pela Mão da Destruição — pensou um pouco — Acho que vocês dizem "feder a Wyrm" ou algo assim. Pode notar? De qualquer modo, avisa ao Julián.

*Klauss sorri*

-- Peço desculpas por isso, havia uma disputa de liderança e sua presença apenas contribuiu para que ela fugisse ao controle, não estou te culpando de nada, longe disso, mas enfim me Desculpe...

*Ativa o Sentir a Wyrm.*

-- Pode deixar vou reportar a Julian sim e lhe agradeço pelo aviso, caso veja Caetano por aí diga que descobri seu segredo, mas ele está bem seguro comigo.

*Klauss sabia que havia plantado a curiosidade na bastet e que provavelmente a veria de novo.*

---------------------------------

— Ela não está lá — sussurrou Vicente.

Já estava começando um novo surto de nervosismo quando Estevão saiu de dentro da sede.

— Ela está na minha casa — disse — Sabe, meninos, mesmo um garou ligado a Weaver como eu pode ver que o melhor lugar para uma criatura da Wyld não é presa em um viveiro. Minha casa fica suficientemente longe para que ela não crie problemas e Liam vai se dedicar a cuidar dela por enquanto. É o castigo pelo vídeo que vocês fizeram. Mas ela não pode ficar conosco para sempre. Alexey tem pavor, ele vai dormir no atelier por enquanto.

Os três se entreolharam, sentindo o peso da responsabilidade.

— Vocês também precisam ter mais cuidado com os vídeos. Eu tenho espíritos filtrando a internet daqui, mas nenhum sistema de segurança é sem falhas. Um descuido besta e vocês estarão violando o Véu e pondo a seita em risco, entendem?

Fizeram que sim com a cabeça. Pareciam exaustos demais para confrontar qualquer coisa. Ou simplesmente estavam percebendo a extensão de seus problemas.

—  Dessa vez não vou contar para a seita, mas o Klauss já está sabendo


*Klauss acena positivamente com a cabeça para Estevão.*

-- Pode deixar, vou lembrar eles de suas responsabilidades...

*Olha para os garotos com apenas fazendo a expressão "eu avisei"*

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*Para a noite vai para a vila passar a noite com Virna e começar a conversar sobre os detalhes e planejamentos, passando boa parte do dia seguinte com ela voltando para a seita no fim da tarde.*

— Eu conheço a sua fama, Justiça de Prata — disse quando apresentaram Klauss para ele —  foi você quem apagou a dra Misyats e seu bando de malucos. O pessoal de Serpente do Brejo ainda está puto, mas eu vou te dizer uma coisa, garoto, eu sei dar valor para um bom trabalho encoberto, principalmente quando é feito debaixo dos narizes da minha tribo, hahaha. Como dizem os jovens, "eles que lutem". E você fez uma coisa importante revelando aquele ninho da ADN no Rio. Parabéns.

*Klauss sorri.*

--Obrigado Braço-da-Aranha-rya, mas se fosse tão encoberto assim você não ficaria sabendo, não concorda comigo?

— Quero ouvir essa história das plantas!

Klauss observou que Julían fez uma cara de "ai, ai, ai". Anton tampouco parecia simpatizar muito com a irreverência do velho senhor das sombras.

Por fim, Braço de Aranha e Kham saíram para um passeio e os garous se prepararam para dormir. Julián ficou fumando alguma de suas ervas na varanda.

*Klauss espera eles se afastarem para conversar com Julian.*

-- Tive visitas no rapel com os garotos, sua amiguinha aparecer por lá e como deve imaginar os cliaths ficaram alvoroçados, não que eles já não sejam, mas o real motivo de falar dela, ela me falou sobre a presença da Wyrm na região da cachoeira, não quis procurar nada sem alerta-los, até porque os cliath estavam sob minha responsabilidade, mas seja o que for o que me preocupa é a proximidade de Fonte Fria, se vocês quiserem posso verificar com mais calma.

-----------------------------------

*Alguns dias antes da escalada chama os cliaths.*

-- Fui injusto e arrogante com vocês muitas vezes, como eu já lhes falei Fonte Fria é diferente de todas as seitas que vocês encontrarão na suas vidas, posso dizer que Fonte Fria é a casa da Vó onde você come todos os doces que puder e conseguir e ela ainda te da dinheiro para gastar com o que quiser, a grande maioria das seitas vai tratar vocês com indiferença afinal de contas vocês são só mais uns por aí, as seitas dos Crias vocês já tiveram essa amostra de como funciona,mas  a grande maioria delas nos vê como algo útil e ao mesmo tempo descartável, sou um dos tantos garou não ligados a seita nenhuma, como Braço-da-Aranha falou de mim que fui eu que apaguei a Dra Misyats e seu grupo além de ter conseguido chegar até aquele ninho da ADN, o que eles não ficaram sabendo foi a quantidade de pessoas e garou que estavam servindo para incubar o Antraz que eu precisei matar, salvei alguns, mas nem todos puderam ser salvos alguns deles, mas nem todos puderam ser salvos ... *Klauss respira fundo e continua.*, bem direto ao ponto,  gosto de vocês e vejo em vocês muito de mim, mas Kamal não pediu que eu fosse legal com vocês ele pediu pra eu ajudasse vocês a ter sucesso e pra isso muitas vezes vou precisar ser injusto, arrogante e muitas vezes precisarei fazer coisas que vão fazer vocês me odiarem, quero que saibam que não é pessoal,  já lhes falei uma vez, vou fazer tudo que estiver em meu alcance para ajudar vocês e quando vocês estiver prontos para contar aos anciãos a verdade sobre a górgona estarei do lado de vocês. Preciso que descansem .
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Mensagem por Lua Qui Set 16, 2021 7:36 pm

-- Peço desculpas por isso, havia uma disputa de liderança e sua presença apenas contribuiu para que ela fugisse ao controle, não estou te culpando de nada, longe disso, mas enfim me Desculpe...


— Entendo — ronronou ela com um ar charmoso.


*Ativa o Sentir a Wyrm.*


Klauss sentiu apenas cheiro delicioso de água limpa batendo nas pedras com um som melhor que música e evaporando como neblina em meio à mata. E o aroma doce e almiscarado que vinha do corpo de Felícia. Ficou sem jeito. Tudo ali era uma exaltação à glória de Gaia.


-- Pode deixar vou reportar a Julian sim e lhe agradeço pelo aviso, caso veja Caetano por aí diga que descobri seu segredo, mas ele está bem seguro comigo.


Os olhos de Felícia estalaram. Ela levou alguns segundos para se recompor e pensar, então sussurrou:

— O que eu vou ganhar para não contar para Caetano que você anda alardeando saber um segredo dele? Um fetiche? Um dom garou que me interesse? Ou uma informação secreta sobre Fonte Fria?

***


--Obrigado Braço-da-Aranha-rya, mas se fosse tão encoberto assim você não ficaria sabendo, não concorda comigo?


Por uns segundos todo mundo ficou em silêncio. Braço de Aranha deu um sorriso e ergueu uns olhos que poderiam ser de um crocodilo.

***


-- Tive visitas no rapel com os garotos, sua amiguinha aparecer por lá e como deve imaginar os cliaths ficaram alvoroçados, não que eles já não sejam, mas o real motivo de falar dela, ela me falou sobre a presença da Wyrm na região da cachoeira, não quis procurar nada sem alerta-los, até porque os cliath estavam sob minha responsabilidade, mas seja o que for o que me preocupa é a proximidade de Fonte Fria, se vocês quiserem posso verificar com mais calma.


Julián fechou a cara. Depois se recompôs e falou:

— Klauss, eu tenho aliados e aliadas entre os pumoncas e outras feras. Eu não tenho "amiguinhos". Tudo bem, eu também sou estrangeiro e, mesmo depois de vinte anos, ainda me confundo com algumas coisas do português, mas toma cuidado. Essa é uma palavra com dois sentidos, se você a usar no feminino, do modo que fez, perto de um ragabash fofoqueiro, pode me complicar sem querer, entendeu? Ainda mais sendo uma moça tão bonita como Felícia. Acho que você está falando dela, né? Mas está tudo certo, acontece — sorriu —  Vou mandar alguns garous pra lá, dar uma olhada antes de vocês fazerem o teste. E conversar com os pumonca.


Pensou um pouquinho e acrescentou:

— E quando alguém te fizer um elogio sincero, aceite. Você é um grande garou, o merece. Não dispara a primeira coisa que vem na tua cabeça. Braço de Aranha estava se referindo a Serpente do Brejo, você não precisava, sem querer, ter lembrado a todos que o sigilo não foi tão perfeito, com a ameaça ao Véu na praia. Até sem perceber, um senhor das sombras vai registrar tua modéstia como um ponto fraco. E você deu a entender que um bom trabalho seu não seria detectado por ele, o que pode soar provocativo. É claro que ninguém espera muitas firulas de ahroun cria de fenris, mas sempre é bom ser diplomático com anciões. Presta atenção nessas coisas.


-- Fui injusto e arrogante com vocês muitas vezes, como eu já lhes falei Fonte Fria é diferente de todas as seitas que vocês encontrarão na suas vidas, posso dizer que Fonte Fria é a casa da Vó onde você come todos os doces que puder e conseguir e ela ainda te da dinheiro para gastar com o que quiser, a grande maioria das seitas vai tratar vocês com indiferença afinal de contas vocês são só mais uns por aí, as seitas dos Crias vocês já tiveram essa amostra de como funciona,mas  a grande maioria delas nos vê como algo útil e ao mesmo tempo descartável, sou um dos tantos garou não ligados a seita nenhuma, como Braço-da-Aranha falou de mim que fui eu que apaguei a Dra Misyats e seu grupo além de ter conseguido chegar até aquele ninho da ADN, o que eles não ficaram sabendo foi a quantidade de pessoas e garou que estavam servindo para incubar o Antraz que eu precisei matar, salvei alguns, mas nem todos puderam ser salvos alguns deles, mas nem todos puderam ser salvos ... *Klauss respira fundo e continua.*, bem direto ao ponto,  gosto de vocês e vejo em vocês muito de mim, mas Kamal não pediu que eu fosse legal com vocês ele pediu pra eu ajudasse vocês a ter sucesso e pra isso muitas vezes vou precisar ser injusto, arrogante e muitas vezes precisarei fazer coisas que vão fazer vocês me odiarem, quero que saibam que não é pessoal,  já lhes falei uma vez, vou fazer tudo que estiver em meu alcance para ajudar vocês e quando vocês estiver prontos para contar aos anciãos a verdade sobre a górgona estarei do lado de vocês. Preciso que descansem .


Vicente sorriu.

— A casa dos meus avós era mesmo assim.

— Tudo bem, Klauss — disse Ícaro, de olhos baixos e mexendo com os dedos — Acho que todo mundo só está muito cansado. Quer dizer, a gente não está só cansado desse treino... É de não ser do jeito que todo cliath deve ser... Eu sei que às vezes também não sou fácil de entender. Não é fácil ser eu — ergueu os olhos e sorriu.

— E eu às vezes falo as coisas primeiro e penso depois, mas o bom é que eu não guardo ressentimento. Me desculpa também — disse Ben.

— O mais importante é que você está ajudando a gente. A mim, eu acho que MUITO — falou Vicente, um pouco envergonhado — Só que a gente vai ficar com nossa górgona, sem prender, mas do jeito que der. Ela é parte da matilha. E a gente só vai falar sobre ela com os anciões quando a tiver certeza que vai poder ficar com ela.


— O que é ADN? — perguntou Ben de supetão — Véi...você já fez cada coisa assombrada.

Os meninos riram.
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Mensagem por Klauss K. Sex Set 17, 2021 9:26 am

— O que eu vou ganhar para não contar para Caetano que você anda alardeando saber um segredo dele? Um fetiche? Um dom garou que me interesse? Ou uma informação secreta sobre Fonte Fria?

*Percebendo a reação Ativa Persuasão.*

-- Você acabou de ganhar um aprendizado... quando você quer chantagear alguém você espera a pessoa continuar tagarelando e revelar o que ela realmente pretende... Será que realmente eu sei algum segredo dele? Será que estou usando você para trazer ele para uma armadilha? E finalmente será que sei de um segredo dele? Ou de todo seu povo?

*Klauss ameaça sorrir e continua.*

-- Agora se você quer saber o que sei sobre Caetano vai precisar me contar um segredo seu...


------------------------------

— Klauss, eu tenho aliados e aliadas entre os pumoncas e outras feras. Eu não tenho "amiguinhos". Tudo bem, eu também sou estrangeiro e, mesmo depois de vinte anos, ainda me confundo com algumas coisas do português, mas toma cuidado. Essa é uma palavra com dois sentidos, se você a usar no feminino, do modo que fez, perto de um ragabash fofoqueiro, pode me complicar sem querer, entendeu? Ainda mais sendo uma moça tão bonita como Felícia. Acho que você está falando dela, né? Mas está tudo certo, acontece — sorriu — Vou mandar alguns garous pra lá, dar uma olhada antes de vocês fazerem o teste. E conversar com os pumonca.

*Klauss percebe que entrou em área proibida.*

-- Peço desculpas por soar desta maneira Julyan-rya, o idioma ainda é meu maior problema, evito de falar sobre nossos conhecidos em comum na frente de outras pessoas, minha intenção era apenas avisa-lo, não prejudica-lo, por isso esperei ficarmos sozinhos para tocar no assunto.

— E quando alguém te fizer um elogio sincero, aceite. Você é um grande garou, o merece. Não dispara a primeira coisa que vem na tua cabeça. Braço de Aranha estava se referindo a Serpente do Brejo, você não precisava, sem querer, ter lembrado a todos que o sigilo não foi tão perfeito, com a ameaça ao Véu na praia. Até sem perceber, um senhor das sombras vai registrar tua modéstia como um ponto fraco. E você deu a entender que um bom trabalho seu não seria detectado por ele, o que pode soar provocativo. É claro que ninguém espera muitas firulas de ahroun cria de fenris, mas sempre é bom ser diplomático com anciões. Presta atenção nessas coisas.

*Klauss percebeu que não falava somente de Braço de aranha, mas também de todos os anciãos incluindo os de Fonte Fria.*

-- Agradeço o conselho Julyan-rya vou tentar ser mais sutil em alguns comentários.

----------------------------------------

Vicente sorriu.

— A casa dos meus avós era mesmo assim.

— Tudo bem, Klauss — disse Ícaro, de olhos baixos e mexendo com os dedos — Acho que todo mundo só está muito cansado. Quer dizer, a gente não está só cansado desse treino... É de não ser do jeito que todo cliath deve ser... Eu sei que às vezes também não sou fácil de entender. Não é fácil ser eu — ergueu os olhos e sorriu.

— E eu às vezes falo as coisas primeiro e penso depois, mas o bom é que eu não guardo ressentimento. Me desculpa também — disse Ben.
.

-- Bom que vocês entendem a situação...


— Só que a gente vai ficar com nossa górgona, sem prender, mas do jeito que der. Ela é parte da matilha. E a gente só vai falar sobre ela com os anciões quando a tiver certeza que vai poder ficar com ela.

-- Talvez vocês abrindo a situação toda para eles ajude, mas vocês que decidem.

— O que é ADN? — perguntou Ben de supetão — Véi...você já fez cada coisa assombrada.

Os meninos riram

*Apesar do riso dos garotos se mantém sério.*

-- Amálgama do Desenvolvimento Neogenético. Cientistas humanos que há anos vem capturando alguns garou e parentes e, assim, juntando conhecimento a nosso respeito. Desenvolveram algumas armas também. Têm uma substância que os protege temporariamente do delírio e outras usadas em granadas de gás e dardos para paralisar um garou.

*Levanta a camiseta mostrando os buracos das balas.*

-- E eles usam muita prata, Na realidade acabei chegando a ADN perseguindo o pessoal da Misyats, muitas vezes nosso inimigo não é a Wyrm, mas a Weaver.
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Mensagem por Lua Seg Set 20, 2021 11:50 am

Percebendo a reação Ativa Persuasão.*

-- Você acabou de ganhar um aprendizado... quando você quer chantagear alguém você espera a pessoa continuar tagarelando e revelar o que ela realmente pretende...


Como você agora, pensou Felícia.


Será que realmente eu sei algum segredo dele? Será que estou usando você para trazer ele para uma armadilha? E finalmente será que sei de um segredo dele? Ou de todo seu povo?

*Klauss ameaça sorrir e continua.*

-- Agora se você quer saber o que sei sobre Caetano vai precisar me contar um segredo seu...


rolagens:

— Eu já roubei — contou Felicia — Esse é o meu segredo. Agora, qual segredo do Caetano você descobriu?
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qua Set 22, 2021 8:20 am

— Eu já roubei — contou Felicia — Esse é o meu segredo. Agora, qual segredo do Caetano você descobriu?

*Klauss fica sério.*

-- Você não roubou nada, eu lhe dei... até qualquer dia Felicia.

*Levanta-se e leva os sanduíches até os garotos.*
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Mensagem por Lua Qua Set 22, 2021 2:05 pm

Felícia desapareceu no ar como o gato de Cheshire.

***
Modificadores/Obs.:

No sábado todos acordaram bem cedo.

Kham fez sua corrida corrida matinal, tomando todas as precauções contra curiosos, e voltou com os víveres que conseguiu no centro comercial. Tomou um rápido desjejum com Íria e foram rumo à sede.

Klauss tomou café da manhã com o resto da seita e, quando terminaram, recebeu das mão de Kamau a chave da camionete. Carregou-a com o material necessário – incluindo boas cordas porque Kamau queria que os garotos fizessem as cadeirinhas – e chamou os cliaths.

No carro ao lado embarcaram Kamau, a theurge Íria e, para surpresa de Klauss, Dmitri e Khamaseen, que saía de dentro da sede com uma enorme cesta de picnic. Ben não perdeu a oportunidade.

— Lá vem chapeuzinho vermelho e o lobo! — gritou para Dmitri e Kham de dentro da camionete.

— Pra rir do teu vexame, sequelado! — respondeu Dmitri, entrando no carro.

Pelo retrovisor, Klauss viu que Vicente mordia o canto dos dedos. Ícaro voltou-se completamente para a outra janela, como quem quer perder-se em pensamentos.

No carro, Dmitri dizia a Kham que os cliaths eram estúpidos de querer ter uma mascote, que isso era coisa para parentes. Contou que ele cresceu com um cachorro resgatado, chamado Moscas, que tinha esse nome porque quando chegou estava cheio de insetos e bicheiras e que os cachorros e gatos eram como bebês de lobo, sempre amorosos e brincalhões, por isso as pessoas gostavam deles, mas que os pets tinham medo de garous, por isso Moscas se escondia de Dmitri e do pai dele quando iam à casa.

Na camionete, os cliaths seguiam concentrados, ouvindo cada um suas músicas, mas abertos à conversação, se Klauss quisesse. Se não, havia a paisagem para apreciar. Agora que conhecia o caminho, Klauss pôde ver o quanto aquela região montanhosa era bonita.

Chegaram em uma cachoeira. Deixaram os veículos em um estacionamento rústico que havia na infraestrutura do entorno. Kham viu que, além do estacionamento, havia uma vendinha com bebidas, salgados e sanduíches e dois banheiros públicos bem simples.

— Uma aliada pumonca disse que tinha sentido fedor da Wyrm aqui, mas nós investigamos e não achamos nada — contou Dmitri — Se você quiser, qualquer dia a gente vem se divertir na cachoeira. Lobos gostam disso?

Fizeram o resto do caminho até a Pedra dos Monjes a pé. Dmitri se ofereceu para ajudar Kham com a mochila. Quanto mais caminhavam, mais o lugar ficava bonito, praticamente intocado por humanos. Íria contou que a Wyld prosperava ali porque era um território protegido por pumoncas.

Quando se aproximaram da Pedra, Íria entrou na mata. Ela ficaria ao pé do morro, para a improvável eventualidade de ter que socorrer os garotos.

Os demais subiram até o topo. A vista era linda. Até a base, o morro deveria ter uns trinta metros.

Klauss instalou o equipamento. Ficou a cargo dos cliaths a confecção e revisão das cadeirinhas. Kamau disse que Klauss podia supervisionar para o caso de alguma coisa séria comprometer a segurança e ajudar no que fosse indispensável, mas que a idéia era que os cliaths fizessem o máximo possível sozinhos, como se estivessem em uma missão. [Klauss, se posicione na cena onde achar melhor].

Enquanto a matilha se preparava, Dmitri estendeu uma toalha e teatralmente, arrumou a cena do picnic, mesmo tendo sido Kham quem comprou tudo. Olhava para cliaths com ar de deboche, como quem se prepara para ver um espetáculo divertido. Kamau não disse nada, parecia considerar as provocações do galliard como parte do teste dos meninos.

Vicente armou a cadeirinha de rapel só com as cordas.

Os garotos fizeram três revisões na cadeirinha e Vicente se preparou para descer.

Dmitri deu uma olhadinha marota para Kham, tirou o celular e começou a gravar a cena. De novo, Kamau não disse nada.

Vicente suspirou e saltou.

rolagens:

Fez um trajeto perfeito, alcançando a base da Pedra com um ritmo rápido e sem percalços. Do topo do morro, todos aplaudiram.

O próximo era Ben.

— Pode gravar, Dmitri. Depois você me passa o vídeo para eu mandar para a Giulia — disse Ben.

Kham não sabia quem era Giulia, mas devia ser importante porque Dmitri ficou tão pálido que suas sardas ressaltaram como pólvora no leite.

Ben saltou da Pedra gargalhando.

rolagens:

Se deu mal porque depois do salto inicial, deu de cara na base da saliência na rocha da qual saltaram.

Spoiler:

Dmitri chegou a deitar de barriga na beira do penhasco para tentar captar a cena. Ben, meio tonto, sangrando, com nariz e dentes quebrados, procurava apoiar os pés na pedra.

rolagem:

Ben esperneou igual uma barata, tentando se equilibrar e retomar a descida, mas errou a mão com que devia se apoiar, quase soltou a corda para proteger-se da pedra e bateu no paredão ainda mais forte. Dava para ver Íria se agitando lá em baixo. Só recorrendo à força de vontade, Ben conseguiu se acalmar e encontrar a posição correta para prosseguir.

rolagens:

De novo escorregou. Recuperou-se.

rolagens:

Avançou uns sete metros e escorregou de novo. Kham estava vendo a hora que Dmitri ia cair no abismo porque ele não parava de se mover para gravar. Ben se recuperou.

rolagens:

Benjamim conseguiu fazer bem o trecho final e chegou no chão com êxito.

— Uuuuul — gritou — fazendo um gesto de comemoração grosseiro para Dmitri lá de baixo e limpando o sangue da cara.

O galliard fingiu que não se importava, mas Kham podia sentir o cheiro de feromônios de briga no ar.

Foi a vez de Ícaro. O theurge parecia bem menos confiante que os outros cliaths.

rolagens:

Começou com cuidado como os demais e depois avançou bem, até que se atrapalhou com a corda, escorregou e teve que ficar parado um pouco para recuperar o autocontrole. Então deu um novo salto.

rolagens:

Terrível.  A corda quase escapou da sua mão e Ícaro ficou rodando, desesperado, se debatendo contra o paredão. Estava entrando em um acesso de pânico. Kamau perdeu a fleuma e foi para a borda. Íria se sobressaltou de novo ao pé do morro.

— Vai, Káká! — começara a incentivar os meninos. Klauss não sabia se isso ajudava ou piorava ainda mais porque Ícaro estava quase em pânico. De algum modo, recorreu à força de vontade, conseguiu controlar o pânico e seguiu em frente.

rolagem:

Nova falha. Mesmo de longe, dava para ver o desespero em sua cara.

rolagem:

De novo, Ícaro escorregou e não pôde avançar.

rolagem:


Finalmente Ícaro avançou e todos respiraram aliviados. Até Dmitri parecia preocupado.

rolagem:

Nova falha, mas o theuge insistiu.

rolagem:

Avançou um pouquinho, mas ainda faltavam mais de vinte metros.

rolagens:

Novo avanço e nova falha.

rolagens:

Com cautela, Ícaro desceu os ultimos metros e terminou com um bom salto. A matilha deu um abraço coletivo e ergueu os braços vitoriosos para Klauss. Tinham passado no primeiro teste!

***

Após se reunirem no topo do morro, todos atacaram com avidez as comidas e bebidas que Kham havia trazido para o picnic.

[livre para interação entre seus personagens, se quiserem]


___

Força de Vontade restante:

Vicente: 1FV
Benjamim: 1FV
Ícaro: 2 FV
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Mensagem por Klauss K. Sex Set 24, 2021 8:14 am

— Lá vem chapeuzinho vermelho e o lobo! — gritou para Dmitri e Kham de dentro da camionete.

— Pra rir do teu vexame, sequelado! — respondeu Dmitri, entrando no carro.

*Klauss olha para Dmitri e Khan e ri.*

-- Me falaram que a matilha prepara o equipamento mas quem vai descer são vocês dois, então é verdade...

*No caminho sintoniza o rádio em alguma rádio local deixando a programação de noticias/fofocas tocando enquanto acompanha as conversas.*

Klauss instalou o equipamento. Ficou a cargo dos cliaths a confecção e revisão das cadeirinhas. Kamau disse que Klauss podia supervisionar para o caso de alguma coisa séria comprometer a segurança e ajudar no que fosse indispensável, mas que a idéia era que os cliaths fizessem o máximo possível sozinhos, como se estivessem em uma missão. [Klauss, se posicione na cena onde achar melhor].

*Deixa pronta uma segunda corda e prepara a cadeirinha e fica pronto caso algum acidente aconteça para fazer o resgate se posicionando bem próximo a beirada algumas vezes se pendurando e voltando para observar aos demais embaixo sem deixar o pessoal de cima desassistido .*

Vicente suspirou e saltou.

Fez um trajeto perfeito, alcançando a base da Pedra com um ritmo rápido e sem percalços. Do topo do morro, todos aplaudiram.


*Klauss novamente said a beira da pedra e mostra o sinal de positivo para ele voltando para cima.*

— Pode gravar, Dmitri. Depois você me passa o vídeo para eu mandar para a Giulia — disse Ben.

Kham não sabia quem era Giulia, mas devia ser importante porque Dmitri ficou tão pálido que suas sardas ressaltaram como pólvora no leite.

Ben saltou da Pedra gargalhando.

Se deu mal porque depois do salto inicial, deu de cara na base da saliência na rocha da qual saltaram.


*Klauss apenas olha para ele como se dissesse "Concentra".*

[quote]
— Pode gravar, Dmitri. Depois você me passa o vídeo para eu mandar para a Giulia — disse Ben.

Kham não sabia quem era Giulia, mas devia ser importante porque Dmitri ficou tão pálido que suas sardas ressaltaram como pólvora no leite.

Ben saltou da Pedra gargalhando.

Se deu mal porque depois do salto inicial, deu de cara na base da saliência na rocha da qual saltaram.


*Klauss apenas olha para ele como se dissesse "Concentra".*

Dmitri chegou a deitar de barriga na beira do penhasco para tentar captar a cena. Ben, meio tonto, sangrando, com nariz e dentes quebrados, procurava apoiar os pés na pedra.
[/quoteDmitri chegou a deitar de barriga na beira do penhasco para tentar captar a cena. Ben, meio tonto, sangrando, com nariz e dentes quebrados, procurava apoiar os pés na pedra.

*Klauss ainda preso na corda segura no cós calça de Dmitri inclina ele na beirada do precipício.*

-- Fique tranquilo, não vou deixar você cair.

— Uuuuul — gritou — fazendo um gesto de comemoração grosseiro para Dmitri lá de baixo e limpando o sangue da cara.

*Klauss puxa Dmitri novamente para cima.

-- A gravação ficou boa?

Foi a vez de Ícaro. O theurge parecia bem menos confiante que os outros cliaths.

Terrível. A corda quase escapou da sua mão e Ícaro ficou rodando, desesperado, se debatendo contra o paredão. Estava entrando em um acesso de pânico. Kamau perdeu a fleuma e foi para a borda. Íria se sobressaltou de novo ao pé do morro.

— Vai, Káká! — começara a incentivar os meninos. Klauss não sabia se isso ajudava ou piorava ainda mais porque Ícaro estava quase em pânico. De algum modo, recorreu à força de vontade, conseguiu controlar o pânico e seguiu em frente.


Com cautela, Ícaro desceu os ultimos metros e terminou com um bom salto. A matilha deu um abraço coletivo e ergueu os braços vitoriosos para Klauss. Tinham passado no primeiro teste!

*Klauss estende o braço mostrando novamente o sinal de positivo.*

Após se reunirem no topo do morro, todos atacaram com avidez as comidas e bebidas que Kham havia trazido para o picnic.


Khan escreveu:-- Vovó, Por que você tem hematomas tão grandes?

*Klauss parado atrás de Khan rindo.*

-- Você também quer descer pela corda Khan j??? Eu mesmo arrumo o equipamento para você!
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Mensagem por Lua Sex Set 24, 2021 2:08 pm

Lua escreveu: — Lá vem chapeuzinho vermelho e o lobo! — gritou para Dmitri e Kham de dentro da camionete.

— Pra rir do teu vexame, sequelado! — respondeu Dmitri, entrando no carro.


Kham (pensamento) escreveu:"Começou com provocações, talvez dê uma briga boa, o Dimitri xingando é engraçado."


Klauss escreveu: *Klauss olha para Dmitri e Khan e ri.*

-- Me falaram que a matilha prepara o equipamento mas quem vai descer são vocês dois, então é verdade...


Dmitri fez que não ouviu.


Lua escreveu: Dmitri chegou a deitar de barriga na beira do penhasco para tentar captar a cena. Ben, meio tonto, sangrando, com nariz e dentes quebrados, procurava apoiar os pés na pedra.


Klauss escreveu: *Klauss ainda preso na corda segura no cós calça de Dmitri inclina ele na beirada do precipício.*

-- Fique tranquilo, não vou deixar você cair.


Dmitri não respondeu. O instinto galliard foi mais forte e ele continuou fazendo o vídeo.


Benjamim conseguiu fazer bem o trecho final e chegou no chão com êxito.

— Uuuuul — gritou — fazendo um gesto de comemoração grosseiro para Dmitri lá de baixo e limpando o sangue da cara.

O galliard fingiu que não se importava, mas Kham podia sentir o cheiro de feromônios de briga no ar.


Kham escreveu:Conforme a altura ia diminuindo, e a expressão de confusão e desespero no jovem ia deixando de ser interessante, enquanto isso Dimi nem tocava na comida, se vacilar vai perder a sobremesa, Kham voltava a comer.


Klauss escreveu:*Klauss puxa Dmitri novamente para cima.


Kham ainda estava mastigando e pensando na sobremesa quando viu que Dmitri estava a ponto de fazer outra de suas besteiras...


Klauss escreveu:-- A gravação ficou boa?


rolagem:

— Me deixa! — rosnou de modo ameaçador para Klauss — Se você tocar em mim mais uma vez, eu vou partir sua cara nem que seja a última coisa que eu faça! "Idiota"!

Obviamente o cria de fenris não se assustou.

Os demais garous não notaram, preocupados com a descida de Ícaro.


Lua escreveu:Após se reunirem no topo do morro, todos atacaram com avidez as comidas e bebidas que Kham havia trazido para o picnic.


Kham escreveu:Não tendo esquecido a piadinha do Ben, Khamaseen puxou a toalha com os dentes e enfiou a cabeça por baixo dela parando de frente com o Benjamin.

-- Vovó, Por que você tem hematomas tão grandes?

Imagem:


Benjamim deu uma gostosa gargalhada, com os tocos dos dentes brilhando na meio da cara inchada e roxa.

— Pergunta aí pro "Caçador" — disse com dificuldade, em um tom simpático, indicando Klauss.

Klauss estava parado atrás de Kham, rindo também.

Dmitri se afastou como um rei enciumado. Depois de um tempo, Ícaro foi atrás dele.


Klauss escreveu:-- Você também quer descer pela corda Khan ??? Eu mesmo arrumo o equipamento para você!


— Daria para usar isso para salvar um lobo ou lupino inconsciente? — perguntou Kamal, observando Kham.


sistema:
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qua Set 29, 2021 8:13 am

— Me deixa! — rosnou de modo ameaçador para Klauss — Se você tocar em mim mais uma vez, eu vou partir sua cara nem que seja a última coisa que eu faça! "Idiota"!

*Klauss sorri e sussurra no pé do ouvido do Dmitri.*

(Favor testar Manipulação+Intimidação+raça pura)
-- Você não entendeu nada não mesmo? Esses três caras te admiram, você é o espelho deles e quando você despeja sua frustração neles chamando eles de sequelados,aberrações e outras coisas você faz que eles sejam babacas com você e por consequência com todo mundo... abre o olho Dma... outra coisa, essa foi sua segunda ofensa na frente de outros garou não vou te pedir ritual de contrição, isso é para os anciãos, agora te alerto fale comigo dessa maneira de novo e te deixo sem nenhum dente nessa boca suja.


Benjamim deu uma gostosa gargalhada, com os tocos dos dentes brilhando na meio da cara inchada e roxa.

— Pergunta aí pro "Caçador" — disse com dificuldade, em um tom simpático, indicando Klauss.

Klauss estava parado atrás de Kham, rindo também.

Dmitri se afastou como um rei enciumado. Depois de um tempo, Ícaro foi atrás dele.

— Daria para usar isso para salvar um lobo ou lupino inconsciente? — perguntou Kamal, observando Kham.


*Klauss olha para Khan esperando pela resposta positiva dele.*

Khan escreveu:--Seria muito útil Kamau-rhya, acho que pode dar certo se essas cordas passarem assim, veja...

*Klauss sorri enquanto se aproxima de Khan se abaixando.*

-- Martelo da Justiça me contou uma vez que sua matilha saltou atrás das linhas inimigas na Normandia e que os lupinos saltaram de paraquedas em suas formas raciais, no paraquedas usam uma especie de macacão aqui pensei em fazer algo do gênero, ao invés de fazer para passar em duas pernas passamos em 4 patas , acho que vou precisar de mais corda pra isso...

*Klauss vai ouvindo as sugestões de Khan e tentando montar um suporte de segurança para o lupino.*

(gasto de força de vontade no teste de oficios)


Última edição por Klauss K. em Qua Set 29, 2021 2:34 pm, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : acrescentei aberrações)
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Set 30, 2021 11:27 am

*Klauss sorri e sussurra no pé do ouvido do Dmitri.* (...)

-- Você não entendeu nada não mesmo? Esses três caras te admiram, você é o espelho deles e quando você despeja sua frustração neles chamando eles de sequelados,aberrações e outras coisas você faz que eles sejam babacas com você e por consequência com todo mundo... abre o olho Dma... outra coisa, essa foi sua segunda ofensa na frente de outros garou não vou te pedir ritual de contrição, isso é para os anciãos, agora te alerto fale comigo dessa maneira de novo e te deixo sem nenhum dente nessa boca suja.


A principio Dmitri olhou para outro lado, como quem tenta evitar a bronca com altivez, mas depois foi pondo atenção nas palavras, no gestos e na atitude imperante de Klauss.

— Desculpa — disse ao fim, erguendo um pouco o queixo e inclinando ligeiramente a cabeça, de modo a expor a garganta  — Não vou fazer mais.

***


Kham escreveu:A primeira reação de Kham foi estranhara ideia de Kamau e resmungar, o lupino não gostou da ideia de ser uma cobaia. Não tinha medo de altura, mas fazer parte de um experimento de cordas e correr o risco de se machucar era uma ideia desagradável, porém, soa extremamente viável que essa técnica pudesse ser aplicada a animais, embora Kham não tenha feito um treinamento com cordas para escalada, poderia esticar seus longos braços humanos ou crinos para forçar uma escalada, algo que pouquíssimos animais podem fazer. É útil.

--Seria muito útil Kamau-rhya, acho que pode dar certo se essas cordas passarem assim, veja...

Nos minutos a seguir Kham tenta repassar sua ideia de distribuição de peso para montar uma espécie de suporte para um corpo de lobo.


Klauss escreveu: *Klauss sorri enquanto se aproxima de Khan se abaixando.*

-- Martelo da Justiça me contou uma vez que sua matilha saltou atrás das linhas inimigas na Normandia e que os lupinos saltaram de paraquedas em suas formas raciais, no paraquedas usam uma especie de macacão aqui pensei em fazer algo do gênero, ao invés de fazer para passar em duas pernas passamos em 4 patas, acho que vou precisar de mais corda pra isso...

*Klauss vai ouvindo as sugestões de Khan e tentando montar um suporte de segurança para o lupino.*


Havia uma boa corda reserva no equipamento que levaram e Klauss foi testando a adaptação da cadeirinha de acordo com as sugestões de Kham.

Os garous fomaram uma rodinha em volta dos dois, curiosos. Ícaro e Dmitri também se aproximaram. Íria correu para a base do morro, para o caso de algo dar errado.

rolagens da criação do arnês:

Klauss colocou sua cadeirinha e acoplou o arnês de Kham, que se mostrou um tanto incômodo.

Aproximarem-se do abismo unidos daquela maneira não foi a cena mais glamourosa que já viveram. Os cliaths lutavam para não rir. Benjamim ia disparar algum comentário quando Dmitri o cortou.

— Presta atenção, galliard, para aprender e contar depois para os outros.

Talvez fosse a típica distribuição de uma bronca ao longo da cadeia de comando, comum entre soldados e lobos. Mas também podia ser que as palavras de Klauss tivessem atingido a tecla correta para abordar Dmitri. O fato é que o fostern falou com a autoridade necessária, sem ofender Benjamim e este aceitou sua advertência e calou-se.

Klauss se preparou para saltar do penhasco. Kamau ajudou a posicionar e soltar Kham. Se para Klauss era incômodo, para Kham a situação, completamente antinatural para um lobo, era aterradora. Como estava, ele olhava direto para a garganta do abismo. Também lembrou que era incapaz de mudar parcialmente para crescer braços e pernas humanos como havia pensado, então teria que se arranjar unicamente com seu corpo de lobo para não atrapalhar e, se possível, ajudar os movimentos de Klauss. Ajeitou-se.

rolagem:

Não era fácil. Falhou.

Sentindo todo o peso incômodo de Kham, Klauss deu o salto inicial.

rolagem:

Excelente! Desceram uns quatro metros e meio.

Kham tentou novamente alinhar seu corpo. Lá embaixo, Íria parecia um brinquedo entre a folhagem, mas ele precisava concentrar-se.

rolagem:

Então aconteceu uma coisa quase mágica. Kham percebeu a interação entre o ar, o seu corpo, o corpo de Klauss e a Pedra. Foi uma coisa instintiva e espiritual, de garou e de lobo. O saber físico que faz com que um animal possa caminhar sobre uma beirada estreita, usando a total percepção de seus músculos, pelos, bigodes e cauda, somado a um diálogo silencioso com o espírito adormecido da Pedra. Klauss só sentiu como se Kham tivesse apenas o mínimo peso necessário para puxá-lo muito sutilmente para baixo como uma guia, que lhe dava estabilidade e indicava de um modo instintivo o caminho mais adequado a seus pés. Agora restava fazer sua parte.

rolagem:

Com um salto elegante, eles deslizaram 9 metros de uma vez, sem nenhum erro. Já tinham feito boa parte do trajeto, mais de treze metros. Kham sentiu com alívio que uma queda dessa altura já seria menos perigosa, mas o importante era manter aquele estado físico-espiritual que havia alcançado.

rolagem:

O sistema seguia equilibrado, sentiu Klauss, que deu um novo salto.

rolagem:

Espetacular! Ambos se sentiram descer pela Pedra com uma fluidez prazerosa e sobrenatural. Mais de dez metros "voando", interrompidos apenas por leves toques de apoio. Já estavam quase no pé do morro. Só faltavam uns seis metros.

Kham tentou manter a concentração.

rolagem:

Sentindo o sistema seguro, Klauss deu o salto final.

rolagem:

Aterrissagem perfeita! Klauss tocou o chão com a precisão de um ginasta, sentindo o impacto de seu peso e o de Kham se distribuir harmoniosamente no solo. Kham balançou um pouco sob as pernas de Klauss, mas suas patas só roçaram de leve o chão no momento em que Klauss flexionou os joelhos para amortecer a chegada.

Ouviram aplausos, gritos e uivos vindos do topo da Pedra. Íria correu a abraça-los.

Foi um momento épico, que seria cantado pelos galliards da seita por muito tempo. Juntos haviam desenvolvido uma técnica útil para os garous.


___

rolagem de criação do arnês:
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Mensagem por Klauss K. Sex Out 01, 2021 4:24 pm

— Desculpa — disse ao fim, erguendo um pouco o queixo e inclinando ligeiramente a cabeça, de modo a expor a garganta  — Não vou fazer mais.

-- Agora é passado, o importante é aprender com nossos erros. Me diga uma coisa Dma, se eu pedir para os anciãos para você fazer uma viagem comigo acha que eles deixariam?


*Estende a mão para Dmitri.*


---------------------------

Aproximarem-se do abismo unidos daquela maneira não foi a cena mais glamourosa que já viveram. Os cliaths lutavam para não rir. Benjamim ia disparar algum comentário quando Dmitri o cortou.

— Presta atenção, galliard, para aprender e contar depois para os outros.

*Klauss acena com a cabeça positivamente para Dmitri antes de iniciar o primeiro salto com Khan.*

-- Khan, imagine que você está ferido e não consegue se mover, preciso que você realmente confie em mim como confia na sua matilha.


Sentindo todo o peso incômodo de Kham, Klauss deu o salto inicial.

-- Confie em mim. se um de nós cair os dois caem...


Excelente! Desceram uns quatro metros e meio.

Kham tentou novamente alinhar seu corpo. Lá embaixo, Íria parecia um brinquedo entre a folhagem, mas ele precisava concentrar-se.

-- Vamos voar com os saltos...

Então aconteceu uma coisa quase mágica. Kham percebeu a interação entre o ar, o seu corpo, o corpo de Klauss e a Pedra. Foi uma coisa instintiva e espiritual, de garou e de lobo. O saber físico que faz com que um animal possa caminhar sobre uma beirada estreita, usando a total percepção de seus músculos, pelos, bigodes e cauda, somado a um diálogo silencioso com o espírito adormecido da Pedra. Klauss só sentiu como se Kham tivesse apenas o mínimo peso necessário para puxá-lo muito sutilmente para baixo como uma guia, que lhe dava estabilidade e indicava de um modo instintivo o caminho mais adequado a seus pés. Agora restava fazer sua parte.

-- Boa Khan, é esse o espirito.



Com um salto elegante, eles deslizaram 9 metros de uma vez, sem nenhum erro. Já tinham feito boa parte do trajeto, mais de treze metros. Kham sentiu com alívio que uma queda dessa altura já seria menos perigosa, mas o importante era manter aquele estado físico-espiritual que havia alcançado.

O sistema seguia equilibrado, sentiu Klauss, que deu um novo salto.

Espetacular! Ambos se sentiram descer pela Pedra com uma fluidez prazerosa e sobrenatural. Mais de dez metros "voando", interrompidos apenas por leves toques de apoio. Já estavam quase no pé do morro. Só faltavam uns seis metros.


-- Pronto para o ultimo salto... um, dois...

*Salta antes de falar o trẽs.*

Aterrissagem perfeita! Klauss tocou o chão com a precisão de um ginasta, sentindo o impacto de seu peso e o de Kham se distribuir harmoniosamente no solo. Kham balançou um pouco sob as pernas de Klauss, mas suas patas só roçaram de leve o chão no momento em que Klauss flexionou os joelhos para amortecer a chegada.

Ouviram aplausos, gritos e uivos vindos do topo da Pedra. Íria correu a abraça-los.

Foi um momento épico, que seria cantado pelos galliards da seita por muito tempo. Juntos haviam desenvolvido uma técnica útil para os garous.

-- Boa Khan, conseguimos...
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Seg Out 04, 2021 12:28 am

Lua escreveu:— Desculpa — disse ao fim, erguendo um pouco o queixo e inclinando ligeiramente a cabeça, de modo a expor a garganta  — Não vou fazer mais.


Klauss aceitou as desculpas e estendeu a mão para Dmitri, que apertou-a sem demora, pois Ícaro já estava a ponto de saltar.

***

Terminado o rapel, Klauss abordou Dmitri, pouco antes de entrarem no carro.


Klauss escreveu:Me diga uma coisa Dma, se eu pedir para os anciãos para você fazer uma viagem comigo acha que eles deixariam?


Dmitri deu um suspiro e negou com a cabeça.

— Do jeito que as coisas estão, impossível — respondeu e entrou no carro com Kham, sem dar a oportunidade de Klauss prosseguir com a conversa.

***

Klauss devolveu a camionete para Felipe e voltou caminhando do haras para a sede. No caminho encontrou Virna, que vinha esbaforida, com algumas sacolas.

— Fui comprar uns presentinhos para os anfitriões, para amanhã — disse ela — E uma camisa nova para mim. Já percebeu? É o nosso primeiro compromisso social juntos, depois daquela conversa...

Virna não era de esconder sentimentos. Ela estava exultante.

Klauss a acompanhou até a Vila dos Parentes e passou parte da tarde com ela.

***

Um pouco depois, foi para a sede.

Cumprimentou Julián, que estava sentando nos degraus da varanda, descascando algo parecido a cipó, e entrou na casa.

Do dormitório masculino, vinha o som do k-pop e dos risos dos garotos. Estavam felizes, vendo os vídeos que fizeram dos rapéis uns dos outros.

Mais tarde, durante o jantar, foram comentados os êxitos da matilha, de Klauss e de Kham.

A vitória e o reconhecimento aumentaram a autoconfiança dos garotos.

Spoiler:

— Espero você e a Virna amanhã às onze — disse Anton antes de ir para a casa — Por favor não se atrasem.

***

A noite estava quente.

Lá pelas três da madrugada, Dmitri chegou de algum lugar.  Ninguém o tinha visto sair. Tirou o calçado, a roupa de rua e se meteu no beliche debaixo do de Klauss. Pouco depois, começaram umas fungadas e, então, soluços abafados.

Ícaro desceu do outro  beliche.

— Que foi? — sussurrou ele para Dmitri.

— Nada.

— Você está chorando. O que aconteceu?

— Nada! Vai embora, senhor das sombras abutre — sussurrou Dmitri com raiva.

Se calaram uns segundos.

— O que está acontecendo com você? — insistiu o theurge — Antes você era legal... Diz pra mim. De verdade, eu quero te ajudar.

— Você não pode ajudar nem você mesmo, aberração. Sai daqui.

Ícaro voltou para o seu beliche e, depois de algum tempo, eram duas as camas com meninos afogando o choro.

De repente, Dmitri se levantou e se aproximou do beliche de Ícaro.

— Desculpa, Kaká — disse — É só que eu não quero falar. Amanhã vai estar tudo bem, viu? Eu não acho que vocês são aberrações, eu só falo isso para pegar no pé de vocês.

— Tá tudo bem — disse Ícaro ainda fungando — Vai dormir. Até amanhã.

— Você também. Até amanhã.

rolagem:

off:

***

Na manhã seguinte, porém, não estava tudo bem.

Dmitri nem apareceu para o café da manhã, o que incomodou a seita e Anton, que perguntou por ele para Natienka, a namorada, e para Nádia, a líder da matilha, mas elas não sabiam de nada.

Ícaro parecia abatido. Klauss sentiu que a melhora de ânimo da matilha na tarde anterior, no caso de Ícaro, poderia perder-se.

Ainda havia um par de horas antes de Klauss ter que sair para se encontram com Virna e irem para a casa da família de Anton. Talvez ele quisesse tentar uma conversa com Ícaro, mas isso era sempre arriscado, se tratando daqueles meninos.
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Mensagem por Klauss K. Ter Out 05, 2021 1:33 pm

— Do jeito que as coisas estão, impossível

*Antes de Dmitri entrar no carro.*

-- Então considere como uma promessa, assim que as coisas acalmarem peço diretamente aos anciãos.

----------------------------------------

— Fui comprar uns presentinhos para os anfitriões, para amanhã

-- Que bom que se preocupou com isso, sou péssimo para essas coisas...

E uma camisa nova para mim. Já percebeu?

-- Está linda...

o nosso primeiro compromisso social juntos, depois daquela conversa...

*Klauss faz cara de sem-vergonha, enquanto a abraçava e a levantava no ar.*

--Que conversa??? Ah aquela conversa... sobre você ser o que de melhor me aconteceu na vida e quero ficar com você para sempre???

Klauss a acompanhou até a Vila dos Parentes e passou parte da tarde com ela.

*Apesar da situação da pandemia, faz questão de andar pela vila como casal de namorados/amantes/confidentes.*

---------------------------------------

Cumprimentou Julián, que estava sentando nos degraus da varanda, descascando algo parecido a cipó, e entrou na casa.

Do dormitório masculino, vinha o som do k-pop e dos risos dos garotos. Estavam felizes, vendo os vídeos que fizeram dos rapéis uns dos outros.

*Klauss assiste a todos os vídeos com os garotos, da algumas sugestões de edição e de cortes.*

— Espero você e a Virna amanhã às onze — disse Anton antes de ir para a casa — Por favor não se atrasem.

-- Já nos organizamos *klauss Sorri*, melhor Vira organizou tudo, caso aconteça algum imprevisto aviso imediatamente.


----------------------------------------

*Durante a noite ouve a conversa entre Icaro e Dmitri, chegou a pensar em levantar e conversar com ambos, mas sentiu que Dmitri finalmente se abria com Icaro e se tudo correr bem as coisas devem voltar a normalidade entre eles.*

__________________________

*Com o desaparecimento de Dmitri e percebendo o abatimento de ìcaro, senta-se ao lado dele, de preferencia longe de todos, mesmo sabendo do compromisso de mais tarde, esta era uma situação que não podia esperar.*

-- Estou sentindo que você não está legal Kaka, tem alguma coisa que eu possa fazer por você? Talvez conversar?
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Mensagem por Lua Ter Out 05, 2021 3:57 pm

*Klauss faz cara de sem-vergonha, enquanto a abraçava e a levantava no ar.*

--Que conversa??? Ah aquela conversa... sobre você ser o que de melhor me aconteceu na vida e quero ficar com você para sempre???


Virna respondeu com um beijo apaixonado, daqueles que só ela sabia dar.


*... faz questão de andar pela vila como casal de namorados/amantes/confidentes.*


O casal passeou pela pequena vila, que consistia em um polígono formado pela estrada para a qual dava a entrada da propriedade da seita, que seguia adiante, passando por um pequeno centro comercial; uma rua diagonal, já dentro da propriedade, que dava para os fundos das casas dos líderes; dobrando, uma rua que passava por uma construção recente da seita, cujos gritos infantis indicavam ser uma creche ou escolinha, e que levava até o conjunto de seis sobrados geminados, onde viviam as famílias dos garous de postos médios e se hospedavam os visitantes, como Virna. Duas ruas laterais aos sobrados também levavam ao centro comercial.

Vila:

Todos os caminhos eram arborizados, deliciosos de percorrer em um dia de verão. Virna deixou as sacolas na casa e convidou Klauss para tomar um sorvete no centro comercial.

Centro comercial:

Em um minúsculo café, acharam deliciosos sorvetes artesanais de vários sabores. Virna escolheu chocolate e coco.

Uma brisa suave passou pelo rosto de Klauss enquanto eles tomavam os sorvetes à sombra de uma árvore frondosa. Ele se lembrou de um momento parecido com sua amiga Aretha. A vida de um ahroun é tão dura que momentos simples como aqueles chegavam a parecer um tesouro.

***


-- Já nos organizamos *klauss Sorri*, melhor Vira organizou tudo, caso aconteça algum imprevisto aviso imediatamente.


— De preferência, sem imprevistos — respondeu Anton com firmeza.

***


Com o desaparecimento de Dmitri e percebendo o abatimento de ìcaro, senta-se ao lado dele, de preferencia longe de todos, mesmo sabendo do compromisso de mais tarde, esta era uma situação que não podia esperar.*

-- Estou sentindo que você não está legal Kaka, tem alguma coisa que eu possa fazer por você? Talvez conversar?


Ícaro negou com a cabeça e encarou Klauss uns segundos.

— Foi bem legal ontem, sabe? — falou, antes de cair em um novo silêncio.

Depois de uns minutos deu um suspiro e se abriu.

— É que o Dmitri chegou de novo de madrugada, ninguém sabe de onde. Só que dessa vez, quando ele deitou, ele estava chorando. Aí eu fui perguntar o que ele tinha e ele me mandou embora, me chamando de senhor das sombras abutre e de aberração. Eu só queria ajudar, de verdade. Não é porque eu sou senhor das sombras que eu quero ver todo mundo se foder e só tirar vantagens, que mania de todo mundo achar isso. Eu até gosto do Dmitri. Mas ele falou que eu não podia nem com meus problemas. Depois pediu desculpas, mas foi só porque ele viu que eu tinha ficado mal também. É o que a gente é pra todos eles, Klauss. Aberrações, sequelados. A diferença é que o Dmitri fala. Eu já te falei que eu gosto do que eu sou, pra mim não é um problema, mas não tem jeito, para os outros a gente sempre vai ser os "esquisitinhos".

Ícaro mordeu o canto dos dedos.

— E eu nem tiro a razão deles — disse com o dedo ainda na boca — Nas missões ninguém vê, a gente mesmo conserta o que dá errado e vai em frente. Mas aqui, na seita, parece que tudo o que a gente faz prejudica alguém, incomoda. A matilha de fosterns está puta. O Liam disse que a Nádia foi procurar coisas de falcão nos antigos viveiros para fazer o fetiche dela, mas aí a górgona tinha bagunçado tudo antes de levarem ela para a casa dele. Esse tipo de coisa. Pediram para você ajudar a gente, mas você acha de verdade que vão nos passar a guarda só porque aprendemos algumas coisas? Não vão não. Capaz de esperarem até ter uma nova matilha. Aí a gente vai ficar velho e cliath, tipos umas aberrações mesmo. É feio falar, mas igual o pai do Liam, que é gente boa e trabalha um montão, mas que não avança de posto porque fez a besteira de virar um charach. A gente vai ser igual, Klauss, a matilha aberração. A nossa vida acabou quando entramos naquele Limiar!

As lágrimas rolaram pelo rosto de Ícaro, que limpou-as com o dorso das mãos.
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Mensagem por Klauss K. Qua Out 06, 2021 8:27 am

Em um minúsculo café, acharam deliciosos sorvetes artesanais de vários sabores. Virna escolheu chocolate e coco.

Uma brisa suave passou pelo rosto de Klauss enquanto eles tomavam os sorvetes à sombra de uma árvore frondosa. Ele se lembrou de um momento parecido com sua amiga Aretha. A vida de um ahroun é tão dura que momentos simples como aqueles chegavam a parecer um tesouro.

*Klauss pega um dos sabores tipicamente brasileiros "banana" e a sombra da árvore e ao acabar o sorvete deita no colo de Virna e fica olhando em silencio para seu rosto por alguns minutos.*

--Você sabe que estes momentos serão raros... então sempre que estiver com você vou fazer valer a pena!

---------------------------------------

— Foi bem legal ontem, sabe? — falou, antes de cair em um novo silêncio.

*Klauss fala sinceramente.

-- Também me diverti muito, vocês são muito legais sabe!

— É que o Dmitri chegou de novo de madrugada, ninguém sabe de onde. Só que dessa vez, quando ele deitou, ele estava chorando. Aí eu fui perguntar o que ele tinha e ele me mandou embora, me chamando de senhor das sombras abutre e de aberração. Eu só queria ajudar, de verdade. Não é porque eu sou senhor das sombras que eu quero ver todo mundo se foder e só tirar vantagens, que mania de todo mundo achar isso. Eu até gosto do Dmitri. Mas ele falou que eu não podia nem com meus problemas. Depois pediu desculpas, mas foi só porque ele viu que eu tinha ficado mal também. É o que a gente é pra todos eles, Klauss. Aberrações, sequelados. A diferença é que o Dmitri fala. Eu já te falei que eu gosto do que eu sou, pra mim não é um problema, mas não tem jeito, para os outros a gente sempre vai ser os "esquisitinhos".

--- Sabe Icaro, a sociedade Garou é tão racista quanto a humana, se não for pior, sei que racista é termo forte, mas temos uma sociedade extremante hierárquica baseada em postos, sem contar que ainda temos uma tribo alfa, todos temos a nossa importância dentro dela, independente se damos as ordens ou se as cumprimos. E na boa vocês não são esquisitinhos, todos nós podemos virar monstros de 3 metros de altura, então nesse contexto todos somos esquisitos.


— É que o Dmitri chegou de novo de madrugada, ninguém sabe de onde. Só que dessa vez, quando ele deitou, ele estava chorando. Aí eu fui perguntar o que ele tinha e ele me mandou embora, me chamando de senhor das sombras abutre e de aberração. Eu só queria ajudar, de verdade. Não é porque eu sou senhor das sombras que eu quero ver todo mundo se foder e só tirar vantagens, que mania de todo mundo achar isso. Eu até gosto do Dmitri. Mas ele falou que eu não podia nem com meus problemas. Depois pediu desculpas, mas foi só porque ele viu que eu tinha ficado mal também. É o que a gente é pra todos eles, Klauss. Aberrações, sequelados. A diferença é que o Dmitri fala. Eu já te falei que eu gosto do que eu sou, pra mim não é um problema, mas não tem jeito, para os outros a gente sempre vai ser os "esquisitinhos".

-- Dmitri está absorvendo vários problemas e as vezes acaba explodindo com vocês, mas ele é gente boa, sei que eu vocês se adaptaram ao que aconteceu no limiar, sabe, pense comigo um pouco, você mesmo falou que resolvem sozinhos o que acontece nas missões e ninguem ve, já parou para pensar que a matilha de fostern não tem missões fora do caern? Nosso espaço ganhamos com o passar do tempo, nosso reconhecimento vem com ele, tudo a seu tempo Kaka. E vocês podem contar comigo para o que precisarem

-------------------------

*Apos a conversa toma um banho e organiza suas coisas e busca Virna para o almoço.*
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Out 07, 2021 9:09 pm

--- Sabe Icaro, a sociedade Garou é tão racista quanto a humana, se não for pior, sei que racista é termo forte, mas temos uma sociedade extremante hierárquica baseada em postos, sem contar que ainda temos uma tribo alfa, todos temos a nossa importância dentro dela, independente se damos as ordens ou se as cumprimos. E na boa vocês não são esquisitinhos, todos nós podemos virar monstros de 3 metros de altura, então nesse contexto todos somos esquisitos.

-- Dmitri está absorvendo vários problemas e as vezes acaba explodindo com vocês, mas ele é gente boa, sei que eu vocês se adaptaram ao que aconteceu no limiar, sabe, pense comigo um pouco, você mesmo falou que resolvem sozinhos o que acontece nas missões e ninguem ve, já parou para pensar que a matilha de fostern não tem missões fora do caern? Nosso espaço ganhamos com o passar do tempo, nosso reconhecimento vem com ele, tudo a seu tempo Kaka. E vocês podem contar comigo para o que precisarem.


rolagem:

— Você está certo. A gente não é esquisito, os outros que tem que parar de ver a gente assim. Apesar de tudo, a gente dá conta das missões, né? Tem muito garou que não é todo perfeito. Acho que o Dimá está mesmo nervoso porque a matilha dele não pode sair da seita, mas se as coisas continuarem indo bem, a gente vai mostrar que pode fazer a guarda tão bem quanto eles, daí eles vão poder sair e não vão ficar mais com raiva. Aliás, nem vão estar todo o tempo aqui, enchendo o saco — Ícaro riu com simpatia — . Pode contar com meu empenho também.

Então ele fez uma coisa que talvez tenha surpreendido Klauss: lhe deu um abraço.

***


*Apos a conversa toma um banho e organiza suas coisas e busca Virna para o almoço.*


Chegaram em frente à casa da família de Anton pontualmente às onze.

Ali encontraram Nádia. A galliard estava muito bonita, levemente maquiada e, se não fosse pelas cicatrizes profundas nos braços, nem daria para acreditar que tinha sido uma cliath rebelde, que se divertia criando problemas.

Spoiler:

Desceram até o alpendre. Quem abriu a porta foi Brian.

Spoiler:

Da mesma forma, Klauss se lembrava dele como um adolescente que cuidava da granja junto com Filbergues.

Saudou Klauss e Virna carinhosamente e convidou-os a entrar.

Foi divertido ver Anton em roupas informais, folheando o que pareciam ser alguns relatórios. A cara dele, porém, não era das melhores.

Assim que viu Nádia, falou.

Spoiler:

— Cadê o Dmitri?

—  Ele mandou uma mensagem dizendo que está fazendo um ritual, tio. Vai chegar mais tarde.

— Faz uma semana que ele está avisado.

Houve um momento de silêncio. Depois Anton se desculpou e recebeu Klauss e Virna com abraços.

— Estou muito feliz que vocês tenham vindo.— disse.

A esposa de Anton veio até eles. Se chamava Manuela e era uma mulher ainda bonita, mas com uma aparência um pouco cansada.

Spoiler:

A razão do cansaço chegou uns segundos depois, em tropel!

Spoiler:

Enquanto Manuela saudava-os com três beijinhos, como Klauss já tinha notado que era costume em algumas partes do Brasil, as crianças os cercaram, se agitando ao redor deles como um bando de peixinhos curiosos.

Virna se derreteu.

Spoiler:

— Olha, Klauss, que fofinhos!

— Fofinhos? — riu Nádia — O triozinho mais velho é praticamente a cabeça da hidra!

— Nádia... — censurou Manuela suavemente. Depois se afastou um pouco para olhar a galliard — Você está muito linda.

— Fazer o que, né? —disse Nádia dando de ombros — Tenho que mostrar para o Filbergues dei a volta por cima, que ele que perdeu.

— Assim que se fala — sussurrou Manuela, sorrindo.

***

— Entre ententeados, adotados e biológicos são nove, Klauss. Dez, se contarmos Nádia, que a gente também criou — disse Anton, olhando as crianças com orgulho — São os nossos tesouros. Quero dizer, não só no plano emocional e familiar. Somos um caern de fertilidade, é o que entregamos para Gaia: futuros guerreiros, defensores, famílias. Se estívessemos em um outro caern, talvez eu te estivesse mostrando uma sala cheia de armas fetiches e troféus de batalha. Mas aqui, o que a gente tem de mais precioso são esses meninos. Os meus, os de Julián, de Kamau e de toda a seita.

Sorriu.

— Ah, e tem minha netinha também — Anton sacou o celular e mostrou a foto de um bebê loirinho de mais ou menos seis meses.

— Olha, eu não sei se foi pela mão de Gaia, pelas coisas da vida ou porque os parentes da nossa tribo, assim como os da sua — olhou para Virna — sabem da importância das suas escolhas, mas o fato é que as coisas estão se acertando muito bem para a minha família. Não impusemos nada, ao contrário, mas Britany e minhas duas irmãs se casaram com aqueles anciões ao lado dos quais a gente lutou em Vaki, lembra? Fiodor, Dalebor, Karol... e já me deram neta e sobrinhos. Sei que para muitas tribos parece bobagem, mas linhagem é importante para a minha. Mas não é só isso. Tem também o lado estratégico. São poderosos aliados, unidos agora não só pela gratidão, mas também pelo sangue.

— O senhor falou da importância das escolhas — disse Virna — dever ser por isso que minhas irmãs nunca se casaram. Não é fácil trazer alguém para o escrutínio da Mutti— Virna riu.

— Nós até que tentamos, no festival, né? Mas eu entendo.

— Mas sozinhas elas nunca estiveram, isso é certo! — disse Virna.

— E você não vai ter a mesma dificuldade com a Mutti— disse Anton, piscando para Klauss.

— Acho que não, né? — Virna sorriu, olhando para Klauss com amor e orgulho.

***

— Britany é aquela que meteu a pistola de dardo cativo na cabeça do Cristiano. Lembra, Klauss?  — cochichou Nádia quando Anton se afastou.

Virna arregalou os olhos, um pouco chocada com a crueza de Nádia.

— Vocês repararam como somos todos parecidos? — prosseguiu Nádia em um tom cúmplice — A gente chama o Bento e o António de "gêmeos" porque eles têm a mesma idade e são quase iguais, só muda o peso, mas o Bento é filho do meu pai biológico e de uma pobre humana e o António é filho dos meus tios. O meu... ah, namorado, que seja, atual é primo do Anton. Chega a ser meio esquisito de tanto que parece com ele... Sabem porque? Por causa da consanguinidade da minha tribo. Não é que a Britany e o Fiodor não se amem, mas ela estava doida para achar um presa de prata de raça puríssima e pra ele, ela caiu do céu porque tem o sangue forte por ser mestiça e o Fiodor é tão consanguineo que não podia casar com mais nenhuma parente na Rússia, que os filhos nasciam mortos ou morriam depois.

— Por que você está nos contando isso, Nádia? — perguntou Virna, incômoda.

— Porque eu não gosto de hipocrisia e a minha tribo é a mais estranha e hipócrita. E talvez porque eu esteja amargurada porque eu ia escapar disso se Filbergues não tivesse me deixado...
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Sex Out 08, 2021 1:34 pm

— Você está certo. A gente não é esquisito, os outros que tem que parar de ver a gente assim. Apesar de tudo, a gente dá conta das missões, né? Tem muito garou que não é todo perfeito. Acho que o Dimá está mesmo nervoso porque a matilha dele não pode sair da seita, mas se as coisas continuarem indo bem, a gente vai mostrar que pode fazer a guarda tão bem quanto eles, daí eles vão poder sair e não vão ficar mais com raiva. Aliás, nem vão estar todo o tempo aqui, enchendo o saco — Ícaro riu com simpatia — . Pode contar com meu empenho também.

*Klauss sorri e corresponde ao abraço de Icaro,mais nada precisava ser dito neste momento.*



--------------------------------------------------

*Após as saudações iniciais chegavam até seu anfitrião.*

— Cadê o Dmitri?

—  Ele mandou uma mensagem dizendo que está fazendo um ritual, tio. Vai chegar mais tarde.

— Faz uma semana que ele está avisado

— Estou muito feliz que vocês tenham vindo.— disse.

.

*Klauss apesar de perceber que a tensão entre pai e filho era maior do que imaginava ainda assim não comenta nada, apenas corresponde a saudação.*


— Olha, Klauss, que fofinhos!

— Fofinhos? — riu Nádia — O triozinho mais velho é praticamente a cabeça da hidra!

— Nádia... — censurou Manuela suavemente. Depois se afastou um pouco para olhar a galliard — Você está muito linda.

— Fazer o que, né? —disse Nádia dando de ombros — Tenho que mostrar para o Filbergues dei a volta por cima, que ele que perdeu.

— Assim que se fala — sussurrou Manuela, sorrindo.

*Também não entraria em detalhes a menos que lhe falassem algo diretamente, mas parecia que muita coisa tinha acontecido em Fonte Fria desde sua ultima visita.*

— Entre ententeados, adotados e biológicos são nove, Klauss. Dez, se contarmos Nádia, que a gente também criou — disse Anton, olhando as crianças com orgulho — São os nossos tesouros. Quero dizer, não só no plano emocional e familiar. Somos um caern de fertilidade, é o que entregamos para Gaia: futuros guerreiros, defensores, famílias. Se estívessemos em um outro caern, talvez eu te estivesse mostrando uma sala cheia de armas fetiches e troféus de batalha. Mas aqui, o que a gente tem de mais precioso são esses meninos. Os meus, os de Julián, de Kamau e de toda a seita.

-- Não adianta possuir uma sala repleta de armas fetiches sem os guerreiros para empunha-las


— Ah, e tem minha netinha também — Anton sacou o celular e mostrou a foto de um bebê loirinho de mais ou menos seis meses.

— Olha, eu não sei se foi pela mão de Gaia, pelas coisas da vida ou porque os parentes da nossa tribo, assim como os da sua — olhou para Virna — sabem da importância das suas escolhas, mas o fato é que as coisas estão se acertando muito bem para a minha família. Não impusemos nada, ao contrário, mas Britany e minhas duas irmãs se casaram com aqueles anciões ao lado dos quais a gente lutou em Vaki, lembra? Fiodor, Dalebor, Karol... e já me deram neta e sobrinhos. Sei que para muitas tribos parece bobagem, mas linhagem é importante para a minha. Mas não é só isso. Tem também o lado estratégico. São poderosos aliados, unidos agora não só pela gratidão, mas também pelo sangue.

— O senhor falou da importância das escolhas — disse Virna — dever ser por isso que minhas irmãs nunca se casaram. Não é fácil trazer alguém para o escrutínio da Mutti— Virna riu.

— Nós até que tentamos, no festival, né? Mas eu entendo.

— Mas sozinhas elas nunca estiveram, isso é certo! — disse Virna.

— E você não vai ter a mesma dificuldade com a Mutti— disse Anton, piscando para Klauss.

— Acho que não, né? — Virna sorriu, olhando para Klauss com amor e orgulho.

*Klauss sorri*

-- Sua neta é linda... Parabéns, mas admito que nunca imaginei o senhor sendo avô... (...) Alianças são importantes isso é certo, fico feliz em saber que as opções de cada um são levadas em conta sem nada ser imposto... (...) não nego que ainda me sinto apreensivo quando falam de Mutti... *coça a nuca* espero estar a altura.

-----------------------------

— Britany é aquela que meteu a pistola de dardo cativo na cabeça do Cristiano. Lembra, Klauss? — cochichou Nádia quando Anton se afastou.

Virna arregalou os olhos, um pouco chocada com a crueza de Nádia.

-- Lembro sim, foi em minha primeira visita a Fonte Fria, recém havia me tornado Fostern. Sejamos francos, Cristiano teve o que mereceu.


— Vocês repararam como somos todos parecidos? — prosseguiu Nádia em um tom cúmplice — A gente chama o Bento e o António de "gêmeos" porque eles têm a mesma idade e são quase iguais, só muda o peso, mas o Bento é filho do meu pai biológico e de uma pobre humana e o António é filho dos meus tios. O meu... ah, namorado, que seja, atual é primo do Anton. Chega a ser meio esquisito de tanto que parece com ele... Sabem porque? Por causa da consanguinidade da minha tribo. Não é que a Britany e o Fiodor não se amem, mas ela estava doida para achar um presa de prata de raça puríssima e pra ele, ela caiu do céu porque tem o sangue forte por ser mestiça e o Fiodor é tão consanguineo que não podia casar com mais nenhuma parente na Rússia, que os filhos nasciam mortos ou morriam depois.

— Por que você está nos contando isso, Nádia? — perguntou Virna, incômoda.

— Porque eu não gosto de hipocrisia e a minha tribo é a mais estranha e hipócrita. E talvez porque eu esteja amargurada porque eu ia escapar disso se Filbergues não tivesse me deixado...

*Klauss se mantém serio.*

-- Já falamos sobre isso em Vaki, sei que você tem uma certa liberdade comigo, mas você deve parar de falar mal de sua própria tribo, muitas vezes não concordamos com várias tradições mas elas ainda nos fazem únicos e por mais que muitas delas não façam o menor sentido para alguns de nós e me incluo nisso, elas são necessárias, você pode achar estranho mas até mesmo os "Corvos da Quebrada" tem suas tradições. Não vou fazer discurso, mas fique esperta alguns podem ver essas atitudes com maus olhos.



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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qua Out 20, 2021 1:37 pm

*Klauss se mantém serio.*

-- Já falamos sobre isso em Vaki, sei que você tem uma certa liberdade comigo, mas você deve parar de falar mal de sua própria tribo, muitas vezes não concordamos com várias tradições mas elas ainda nos fazem únicos e por mais que muitas delas não façam o menor sentido para alguns de nós e me incluo nisso, elas são necessárias, você pode achar estranho mas até mesmo os "Corvos da Quebrada" tem suas tradições. Não vou fazer discurso, mas fique esperta alguns podem ver essas atitudes com maus olhos.


Nádia se calou frente a advertência de Klauss. Sabia que falar mal da própria tribo podia trazer consequências para sua reputação.

***

Manuela chegou uma travessa de mandioca frita e caipirinha.

— Se vocês esperavam comida russa, vão se decepcionar — disse sorrindo —Eu sou de Minas Gerais e acho que a nossa comida é a melhor de todas! Estou fazendo uns pratos mineiros para o almoço, para vocês experimentarem.

— Amooo! — disse Virna, servindo-se.

***

— Dmitri chegoooooou! —gritaram os pequenos, correndo até a porta de entrada.

Dmitri entrou ressabiado, com a menorzinha, Ágatha, no colo. Seu rosto tinha alguns pontos de inchaço e amarelado, como se tivesse se recuperado de uma luta recente. Vestia as roupas do dias anterior e calçava tênis novíssimos, adornados com glifos e desenhos de Falcão, mas um tanto ralados nas pontas.

— Eu posso saber onde o senhor estava? — perguntou Anton com dureza, examinando-o de cima a baixo.

— Na Pedra dos Monjes, fazendo rapel — deu uma olhadinha de canto de olho para Klauss, para ver sua reação.

— Mas foi sozinho? E pra que?

— A Felícia estava lá e me ajudou um pouco. Foi um ritual... para o fetiche... —Dmitri apontou para os tênis. Nádia deu uma olhada, surpresa, mas não disse nada. Klauss quase podia sentir o cheiro do medo nos dois jovens galliards.

— Depois a gente vai conversar — disse Anton, intimidante.

Pelo silêncio de todos e a expressão da caçula, dava para ver que as broncas naquela casa eram temidas.

— Vem, eu te empresto uma roupa — sussurrou Brian para Dmitri, levando-o para a parte de baixo da casa.

***

Manuela avisou que Filbergues tinha mandado uma mensagem, dizendo que ia se atrasar um pouco.

Anton ficou ainda mais puto.

***

Klauss estava sentado sozinho na varanda, observando Virna brincar com as crianças. Era uma faceta dela que ele ainda não tinha visto. Os pequenos corriam e gargalhavam ao seu redor.

Dmitri veio de dentro da casa, banhado e melhor vestido, e se sentou ao lado de Klauss.

— Ainda não te agradeci pela idéia da viagem. Valeu — disse com um sorriso. Depois mudou um pouco de tom — Sabe, Klauss, antes... Eu fiquei bravo porque você me chamou de idiota para os cliaths. Não sei porque você fez isso, sei lá, deve ter suas razões. Afinal, eu não saio muito, né?, não sei tanto, não progrido tão rápido quanto você... — havia ressentimento em suas palavras —Mas a questão é que você falar assim fode comigo, mano. Eu tenho quase a mesma idade dos cliaths, divido o dormitório com eles, não é muito fácil manter a autoridade, apesar do meu posto. Você já sentiu isso na carne, não é mesmo?

Pensou um pouco.

— Vai ser bem difícil você motivar aqueles moleques, viu? Não leva a mal, não quero ensinar teu trampo, mas vou te dizer porque. O Vicente, por exemplo, ele finge que não, mas está destroçado por dentro por causa do que aconteceu com os pais dele, acho que já te contaram. Também não é um líder nato, não adianta. O bom é que é o mais organizadinho e talvez um dia eles o respeitem como alpha, se você estimular a liderança dele, claro. Porque se deixar, o Benjamim manda e ele não é o melhor para comandar a matilha.

Spoiler:

—  O Benjamim é um desastre! Vai por mim, eu já quis ajudar ele. Não tem persistência para nada. Se ele parecer empolgado com alguma coisa, não se anima demais, porque não vai ser por muito tempo. Eu perdi a paciência de tentar ensinar coisas pra ele. Mas pelo menos vai dar uma animada se achar alguma mania nova.

Spoiler:

— Agora, se tem um deles em quem eu não confio é o Kaká. Isso mesmo. Não me entende mal, eu gosto dele. Ele tem aquele jeitinho conciliador e fofo, só que no fundo, é meio falso. Toma cuidado. Não sei se você tá ligado, mas ele faz umas coisas estranhas só para ver a reação das pessoas.

Spoiler:

— Se eu tivesse que confiar em um dos senhores das sombras, seria o Vicente e não ele, valeu?

Dmitri ficou um bom tempo em silêncio, depois falou, em tom de desabafo.

— Olha, Klauss, eu faço as minhas merdas também, mas se tem uma coisa que eu não sou é desleal. Detesto isso. Então eu preciso te contar uma coisa e talvez ela faça você me matar aqui mesmo, na casa da minha mãe... Mas lá vai. A Felícia só me ajudou lá na Pedra dos Monges em troca de uma informação — olhou uns segundos para Klauss, engolindo em seco — Ela me perguntou quem era o Caetano. Na hora não me pareceu mal, a pergunta não foi sobre garous ou a seita,  então eu respondi que o Caeteno é um balam lá do Paraná. Só isso, juro, eu nem sei mais nada. Só que depois, quando a gente estava conversando, ela falou de um garou que não tinha cumprido a parte dele num trato. Ninguém daqui faz trato com a Felícia, quem lida com os bastet é o Julián, e mais com os mais velhos. Então eu liguei as duas coisas e fiquei pensando se não tinha sido você ou o Kham. O Kham andou passeando sozinho, mas ele me falou que viu um pumonca e não mencionou nada de trato. E ele não mora no Brasil. Então eu tô achando que pode ter sido você e que a pergunta dela tem alguma coisa a ver com isso. Por que ela ia perguntar pra mim de outro bastet, entende? — voltou a olhar para Klauss — Não que eu ache que você não cumpra seus tratos, mas, sei lá, às vezes é meio confuso lidar com os bastets. Fiquei pensando se a informação que eu passei não pode te prejudicar... Bem, agora você está sabendo. Se foi com você, me desculpa, não foi por mal. Agora pode me matar.

A última frase foi dita em tom de brincadeira, mas Dmitri estava apreensivo.

***

— O Filbergues ligou avisando que não vai chegar a tempo — disse Manuela com uma expressão constrangida — Então vamos almoçar, gente!

Foi em direção à sala de jantar. Anton a seguiu, resmungando.

— Mas como é que alguém pode não chegar a tempo de um almoço que é basicamente pra ele? Que falta de educação! — bufou. Klauss notou o quanto ele estava frustrado — Eu tô acompanhando o vôo e as distâncias por terra, dava tranquilo pra ele ter chegado, mesmo com algum contratempo, que droga!

— Não fica nervoso — sussurrou Manuela com um sorriso apaziguador — Eu guardo um pratinho para ele...

— Sabe, Klauss, faz vinte anos que eu estou nesse país, mas tem certas coisas que eu ainda não consigo entender! — desabafou Anton.

O climão se desfez diante da boa comida. Manuela tinha feito galinhada, o prato favorito de Filbergues, e galinha caipira com quiabo, que nem todo mundo gostava, mas quem se atrevesse a provar, veria que estava muito gostoso. Também tutu de feijão com linguiça e um cozido de uma planta nativa chamada ora pro nobis, que era muito saudável, um verdadeiro presente de Gaia, conforme Manuela disse. De sobremesa, doce de abóbora com coco e goiabada. Suco e cerveja para acompanhar.

As crianças comeram em uma mesa separada, na cozinha, de modo que os adultos puderam falar do que quisessem.

***

Filbergues chegou bem depois, lá para o meio da tarde. De novo, a criançada foi correndo abraça-lo.

Spoiler:

— Klauss, que bom te ver! Oi, Virna! — disse ele, abraçando os visitantes.

Klauss viu seu porte militar e se lembrou vagamente de alguém ter dito que Filbergues tinha entrado para o exército.

— Já está inteirão de novo! — brincou Brian, dando soquinhos no braço do irmão.

Filbergues explicou para Klauss e Virna que estava se recuperando de um acidente de avião no Ceará. E que o piloto tinha morrido.

— Eu já almocei na estrada, mãe — disse ele, dando um beijo em Manuela — de noite eu como o que sobrou.

— Depois eu vou falar com o senhor também, viu? — ralhou Anton com o dedo em riste.

— Pega o lubrificante e entra na fila, Filbergues — disparou Dmitri.

Nádia deu um gritinho e caiu na risada. Os mais jovens começaram a rir também, mas Anton já estava quase lançando fumaça pelas orelhas. Dmitri fez cara de "agora, sim, é que eu me lasquei".

***

O resto da tarde transcorreu calmamente.

A noite chegou, mas até o momento em que eles saíram, Filbergues não tinha comido absolutamente nada.

Por sua parte, Virna foi tão atenciosa e adorável com Manuela que saiu da casa com um tapuerzinho de doces. Outro costume bem brasileiro, conforme ela contou para Klauss, sorridente.

Klauss percebeu o quanto Virna era esperta. Órfã de mãe e criada longe das seitas, ela estava se aproximando das mulheres mais velhas para entender como era a vida das parentes casadas antes de se comprometer também.
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Sex Out 22, 2021 2:00 pm

Nádia se calou frente a advertência de Klauss. Sabia que falar mal da própria tribo podia trazer consequências para sua reputação.

*Fala enquanto pisca para Nádia.*

-- Assim como você, não concordo com todas as praticas dos Crias de Fenris, apenas tome cuidado.


----------------------------------------------------------

— Se vocês esperavam comida russa, vão se decepcionar — disse sorrindo —Eu sou de Minas Gerais e acho que a nossa comida é a melhor de todas! Estou fazendo uns pratos mineiros para o almoço, para vocês experimentarem.

— Amooo! — disse Virna, servindo-se.

*Klauss pega o copo de caipirinha e o levanta em saudação aos anfitriões.*

-- Saúde!!!!

------------------------------------

— Dmitri chegoooooou! —gritaram os pequenos, correndo até a porta de entrada.

Dmitri entrou ressabiado, com a menorzinha, Ágatha, no colo. Seu rosto tinha alguns pontos de inchaço e amarelado, como se tivesse se recuperado de uma luta recente. Vestia as roupas do dias anterior e calçava tênis novíssimos, adornados com glifos e desenhos de Falcão, mas um tanto ralados nas pontas.

— Eu posso saber onde o senhor estava? — perguntou Anton com dureza, examinando-o de cima a baixo.

— Na Pedra dos Monjes, fazendo rapel — deu uma olhadinha de canto de olho para Klauss, para ver sua reação.

*Klauss sorri.*

-- Podia ter me convidado e faríamos algumas técnicas avançadas, quem sabe outro dia... pode ser legal.

— Mas foi sozinho? E pra que?

— A Felícia estava lá e me ajudou um pouco. Foi um ritual... para o fetiche... —Dmitri apontou para os tênis. Nádia deu uma olhada, surpresa, mas não disse nada. Klauss quase podia sentir o cheiro do medo nos dois jovens galliards.

— Depois a gente vai conversar — disse Anton, intimidante.

Pelo silêncio de todos e a expressão da caçula, dava para ver que as broncas naquela casa eram temidas.

— Vem, eu te empresto uma roupa — sussurrou Brian para Dmitri, levando-o para a parte de baixo da casa.

*Klauss não comenta nada mas quando não tivesse ninguém observando acenaria positivamente para Dmitri.*

*Senta ao lado de Dmitri enquanto observa Virna com as crianças.*

— Ainda não te agradeci pela idéia da viagem. Valeu — disse com um sorriso. Depois mudou um pouco de tom — Sabe, Klauss, antes... Eu fiquei bravo porque você me chamou de idiota para os cliaths. Não sei porque você fez isso, sei lá, deve ter suas razões. Afinal, eu não saio muito, né?, não sei tanto, não progrido tão rápido quanto você... — havia ressentimento em suas palavras —Mas a questão é que você falar assim fode comigo, mano. Eu tenho quase a mesma idade dos cliaths, divido o dormitório com eles, não é muito fácil manter a autoridade, apesar do meu posto. Você já sentiu isso na carne, não é mesmo?

--Quero me redimir com você sobre isso, mas aposto que quando Liam te disse isso não contou que ele te chamou de idiota e eu disse que você não deveria ter mudado muito, não sei qual foi a maneira que ele deve ter te contado, mas o fato é que ele falou e eu não chamei a atenção dele por isso e por isso te devo desculpas.

— Vai ser bem difícil você motivar aqueles moleques, viu? Não leva a mal, não quero ensinar teu trampo, mas vou te dizer porque. O Vicente, por exemplo, ele finge que não, mas está destroçado por dentro por causa do que aconteceu com os pais dele, acho que já te contaram. Também não é um líder nato, não adianta. O bom é que é o mais organizadinho e talvez um dia eles o respeitem como alpha, se você estimular a liderança dele, claro. Porque se deixar, o Benjamim manda e ele não é o melhor para comandar a matilha.

-- Sim já percebi isso e admito que não esta sendo nada fácil encaminhar esse futuro alfa... espero que um dia consiga ser um alfa

—  O Benjamim é um desastre! Vai por mim, eu já quis ajudar ele. Não tem persistência para nada. Se ele parecer empolgado com alguma coisa, não se anima demais, porque não vai ser por muito tempo. Eu perdi a paciência de tentar ensinar coisas pra ele. Mas pelo menos vai dar uma animada se achar alguma mania nova.

-- Admito pra você que quase o joguei da Pedra ao menos 3 vezes e que quando contrariado tem atitudes não tem outra forma de eu dizer bem infantis.

— Agora, se tem um deles em quem eu não confio é o Kaká. Isso mesmo. Não me entende mal, eu gosto dele. Ele tem aquele jeitinho conciliador e fofo, só que no fundo, é meio falso. Toma cuidado. Não sei se você tá ligado, mas ele faz umas coisas estranhas só para ver a reação das pessoas.

-- Percebi isso quando chegamos na cachoeira, e ele estava na forma feminina ele parecia procurar pelas reações das pessoas ao redor e já fique preparado eles vão te provocar pelos próximos dias, sua ex-namorada estava na cachoeira quando chegamos la fazendo uma seção de fotos e um deles foi conversar com ela, Ícaro tirou uma foto.

*Olha para Dmitri esperando sua reação.*


— Olha, Klauss, eu faço as minhas merdas também, mas se tem uma coisa que eu não sou é desleal. Detesto isso. Então eu preciso te contar uma coisa e talvez ela faça você me matar aqui mesmo, na casa da minha mãe... Mas lá vai. A Felícia só me ajudou lá na Pedra dos Monges em troca de uma informação — olhou uns segundos para Klauss, engolindo em seco — Ela me perguntou quem era o Caetano. Na hora não me pareceu mal, a pergunta não foi sobre garous ou a seita,  então eu respondi que o Caeteno é um balam lá do Paraná. Só isso, juro, eu nem sei mais nada. Só que depois, quando a gente estava conversando, ela falou de um garou que não tinha cumprido a parte dele num trato. Ninguém daqui faz trato com a Felícia, quem lida com os bastet é o Julián, e mais com os mais velhos. Então eu liguei as duas coisas e fiquei pensando se não tinha sido você ou o Kham. O Kham andou passeando sozinho, mas ele me falou que viu um pumonca e não mencionou nada de trato. E ele não mora no Brasil. Então eu tô achando que pode ter sido você e que a pergunta dela tem alguma coisa a ver com isso. Por que ela ia perguntar pra mim de outro bastet, entende? — voltou a olhar para Klauss — Não que eu ache que você não cumpra seus tratos, mas, sei lá, às vezes é meio confuso lidar com os bastets. Fiquei pensando se a informação que eu passei não pode te prejudicar... Bem, agora você está sabendo. Se foi com você, me desculpa, não foi por mal. Agora pode me matar.

*Klauss sorri.*

-- Sim eu conheço Caetano, mas não tenho trato nenhum com ele, eu o conheci em uma viagem com a Aretha e pra Felicia eu não disse nada demais, além de que o segredo dele está seguro comigo, mas Caetano nunca me contou nada, eu juntei os pontos quando estava indo para Vaki e nunca contei isso pra ninguém, ela obviamente tentou me arrancar o segredo, obvio que não contei, mas pelo que você está me contando ela nem sequer sabia quem ele é.e ela está tentando de todas as maneiras descobrir, até mesmo te ajudou a criar um fetiche para isso, cuidado com essa menina. Já quanto a te matar...

*Estende a mão para Dmitri.*

-- Nós desculpamos?

----------------------------------------

*Ao final do dia levaria Virna de volta a vila dos parentes, possivelmente passaria a noite com ela e começariam a conversar sobre os planos futuros.*
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Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 4 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Seg Out 25, 2021 6:09 pm

--Quero me redimir com você sobre isso, mas aposto que quando Liam te disse isso não contou que ele te chamou de idiota e eu disse que você não deveria ter mudado muito, não sei qual foi a maneira que ele deve ter te contado, mas o fato é que ele falou e eu não chamei a atenção dele por isso e por isso te devo desculpas.


Dmitri parecia exausto demais para levar a questão adiante. Só fez que sim com a cabeça e comentou:

— Liam é muito mimado.


-- Percebi isso quando chegamos na cachoeira, e ele estava na forma feminina ele parecia procurar pelas reações das pessoas ao redor e já fique preparado eles vão te provocar pelos próximos dias, sua ex-namorada estava na cachoeira quando chegamos la fazendo uma seção de fotos e um deles foi conversar com ela, Ícaro tirou uma foto.



Dmitri olhou para Klauss, lívido.

— Você quer dizer, a Giulia? — disse tremendo, quase fora de si — Ícaro tirou a foto, o filho da p*ta... deve estar guardando para usar na hora certa. Então quem foi falar com a Giu foi o Benjamim, né?, porque o Vicente não tem ovos pra isso.

Olhou para Klauss. Parecia um garou de cem anos, cheio de ódio e cansaço.

— Vigia teus cliaths, Klauss — sussurrou — Eu não tenho mais nada com a Giu, mas se um desses tarados fizer alguma maldade com ela, eu juro que eu vou matar. Matar. Não estou brincando.



-- Sim eu conheço Caetano, mas não tenho trato nenhum com ele, eu o conheci em uma viagem com a Aretha e pra Felicia eu não disse nada demais, além de que o segredo dele está seguro comigo, mas Caetano nunca me contou nada, eu juntei os pontos quando estava indo para Vaki e nunca contei isso pra ninguém, ela obviamente tentou me arrancar o segredo, obvio que não contei, mas pelo que você está me contando ela nem sequer sabia quem ele é.e ela está tentando de todas as maneiras descobrir, até mesmo te ajudou a criar um fetiche para isso, cuidado com essa menina. Já quanto a te matar...

*Estende a mão para Dmitri.*

-- Nós desculpamos?


— Nos desculpamos.

Dmitri apertou a mão de Klauss com um sorriso sincero. Depois acrescentou.

— Não comenta com ninguém que eu estou fazendo um fetiche. Não é segredo, mas a qualquer momento pode dar errado, igual com Amanda, e eu não quero ter que ficar dando explicações se isso acontecer, beleza?


***

Klauss passou uma linda noite com Virna, cheia de amor e planos para o futuro. Mas como os garous não costumam ter muito sossego, ao chegar na sede para o café da manhã, já encontrou uma confusão armada.

Dmitri estava contido por garous em um canto e Benjamim no outro, ambos completamente ensanguentados e enfurecidos.

— Se eu quiser pegar sua ex, eu vou pegar, você não é dono dela e eu não sou seu amigo — gritou Benjamim, com os lábios partidos.

— Fica longe da Giulia, estupr*dor de merda! — vociferou Dmitri. Sua cara parecia um corte geológico com várias camadas de danos — Tarado, lunático, maluco. Você que está arruinando sua matilha! E você é um bundão por deixar, Vicente!

Vicente se remexeu, com aquela expressão de estar controlando uma bomba que Klauss já tinha aprendido a reconhecer.

— Já basta, Dmitri — ordenou Julián em uma voz calma e potente — Estamos em guerra, chega de gastar ânimo e fúria com bobagens.

— Bobagens? Você acha que um estupr*dor rondando uma parente é bobagem? Se é bobagem, então por que vocês mandaram eles pro Campo de Batalha?

— A rigor, eles não concretizaram nada. E já pagaram o castigo que demos — explicou Julián.

— Esse tipo de doido não se recupera — rebateu Dmitri.

— Deixa de ser mentiroso, Dmitri, você sabe que seu problema é outro — gritou Ben — Você sai do dormitório toda noite, vai é atrás da Giulia não é?

Natienka arregalou os olhos.

— Eu vou é pro quarto da Nat — confessou Dmitri, deixando a menina vermelha.

— Todas as noites? Ou vai revezando? — debochou Ben com crueldade, olhando direto para Natienka — Tarado é você, que quer ficar com todas as parentes.

Dmitri calou-se. A menina saiu da sala correndo.

— Nat! Espera, não é nada disso — falou Dmitri.

Benjamim deu uma boa risada, tinha atingido seu alvo. Ícaro permanecia sentado, apreciando tudo com uma mescla de horror e deleite sádico, como quem devora um animal vivo. Vicente estava paralisado. Dmitri os olhou com uma raiva insana.

— Eu acho que a gente tem muito que conversar, Dmitri... — disse Anton, balançando a cabeça, realmente irritado. — Vem comigo — Dmitri chegou a encolher-se.

— Espera, Uivo do Vento — interveio Kamal — Escutem, a próxima prova dos cliaths é uma defrontação. Eu ia chamar uma matilha de fora, mas acho que aqui se armou a situação ideal. Esses garotos precisam aprender a resolver as disputas sem desperdiçar energia de combate. Assim que a defrontração vai ser entre as matilhas de cliaths e fosterns.

Julián assentiu animadamente. Anton também concordou.

— Klauss, então você tem uma semana para preparar os cliahts, do jeito que achar melhor. Nádia, você se encarrega da sua matilha. — completou Kamau.

Nádia sorriu com perversidade. Klauss se lembrou que ela tinha sido prejudicada pela górgona. Os olhares de ódio entre as duas matilhas se cruzaram, mostrando que aquele não ia ser um simples teste.

Força de Vontade Restante:

Defrontação:


Off: Recapitulando o sistema:
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