Lobisomem RPG
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

2 participantes

Página 9 de 12 Anterior  1, 2, 3 ... 8, 9, 10, 11, 12  Seguinte

Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Mar 07, 2024 11:12 am

*Era a primeira vez que via Rovena usar o posto para dar ordens o que ja lhe diz um pouco de sua personalidade e ao se despedir de Virna fala.*

--Vamos achar a Anne, sei que não preciso dizer isso mas não fiz nada que te desrespeite.



— Eu sei que não fez — murmurou Virna com tristeza. Depois deu um beijo suave nos lábios de Klauss.



-- Avise sim, principalmente a Julyan... foi Caetano.



— Ixi! — fez Estevão ao ouvir o nome de Caetano — Vou avisar Julián, não se preocupe.




*Em seguida desliga o telefone e manda uma mensagem para Aretha.*
-- Caetano veio me visitar e não é uma visita amistosa, preciso de sua ajuda para localiza-lo.

assim que estiver sozinho com Rovena, enquanto caminha para encontrar o celular de Anne.*

-- Caetano é um balam que conheci durante minhas viagens pelo Brasil, quando mandei Felicia embora comentei sobre ter saber algo dele, falei com a intensão de me livrar dela, mas parece que teve um efeito reverso e atraiu ainda mais a curiosidade dela, lembro do Dmitri ter comentado que ela lhe perguntou quem era Caetano, ao que parece ela o localizou e deve ter lhe dito algo a respeito com obviamente que distorceu muita coisa, o que acho estranho é a forma de Caetano agir, quando o conheci era um balam honrado, tanto que não acredito que ele está agindo dessa maneira Felicia deve estar o manipulando, mas caso essa seja realmente a essência desse balam eu mesmo o mato.



— Você quer dizer, o homem? — espantou-se Rovena — Quer dizer que o homem que sequestrou Anne é um balam? Ai, minha Gaia... Não sei quase nada dessa gente, só que é violenta e que  já deveríamos ter dado cabo deles há tempos. Não dá para confiar. Você viu essa put*nha na padaria, né? Agora entendo. Com certeza estava ali para nos distrair.

Bufou.

— Julián que atrai essas coisas. Ele é igual essas velhas que põem comida para os gatos de rua. Já virou até piada entre os garous.

O celular de Klauss vibrou. Era uma mensagem de voz de Aretha.

Kraaaauss, querido! Como você tá? Ai, claro, o Caetano. Que loucura! Tô longe, amigo, tô no Rio. Lembra aquela matilha que a gente conheceu? Se eu te contar você nem acredita... Mas, olha, o Caetano. Ele nunca sai do território, se saiu é coisa séria. Nada amistoso, você disse, mas ele tá bravo por que, amado? Olha, tô tentando localizar... A Delfina só sabe que ele viajou, não ajuda. Também, ele não conta nada pra mulherada dele, né? Cê sabe. Ai, ai, ai... O celular, nada também, ou tá desligado, ou ele está em um recanto na umbra. Você sabe se alguém aí tem recanto? Digo, os pumoncas.  Já falou com Julián? A "cat lady" é ele. Beijo. Me conta tudo, Klauss, vou continuar tentando.

Nesse meio tempo o celular de Rovena também tinha tocado. Ela deu um suspiro.

— Era um rapaz que achou o celular da Anne e começou a ligar para os contatos — disse a Klauss —. Está aqui perto, vamos. Que bom que a Anne não põe senha em nada, se fosse a Ingrid tinha senha até...

Rovena parou um instante. Encarou Klauss como quem avalia contar uma importante confidência e disse em voz baixa:

— Se precisarmos de uma espiã, a Ingrid pode nos ajudar.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qui Mar 07, 2024 6:50 pm

— Você quer dizer, o homem? — espantou-se Rovena — Quer dizer que o homem que sequestrou Anne é um balam? Ai, minha Gaia... Não sei quase nada dessa gente, só que é violenta e que  já deveríamos ter dado cabo deles há tempos. Não dá para confiar. Você viu essa put*nha na padaria, né? Agora entendo. Com certeza estava ali para nos distrair.

Bufou.

— Julián que atrai essas coisas. Ele é igual essas velhas que põem comida para os gatos de rua. Já virou até piada entre os garous.

-- Concordo, Felicia foi apenas um embuste para tirar nossa atenção, e o pior é que funcionou, só espero que ela não tenha seguido Ranulfo e Virna e tente roubar o amuleto, o que seria bem possível pelo interesse que demonstrou pela caixa. Mensagem de voz da Aretha, ela é minha aliada, é uma corax.

Kraaaauss, querido! Como você tá? Ai, claro, o Caetano. Que loucura! Tô longe, amigo, tô no Rio. Lembra aquela matilha que a gente conheceu? Se eu te contar você nem acredita... Mas, olha, o Caetano. Ele nunca sai do território, se saiu é coisa séria. Nada amistoso, você disse, mas ele tá bravo por que, amado? Olha, tô tentando localizar... A Delfina só sabe que ele viajou, não ajuda. Também, ele não conta nada pra m e o qulherada dele, né? Cê sabe. Ai, ai, ai... O celular, nada também, ou tá desligado, ou ele está em um recanto na umbra. Você sabe se alguém aí tem recanto? Digo, os pumoncas.  Já falou com Julián? A "cat lady" é ele. Beijo. Me conta tudo, Klauss, vou continuar tentando.

*Responde próximo a Rovena.*

-- Ele sequestrou uma das irmãs da Virna, minha noiva, até onde sei ele deve estar acreditando que eu contei o Segredo dos Bastet brasileiros aos 4 ventos, ja avisei ao Julian e o que tem os Corvos da Quebrada? E me mande noticias suas.

— Era um rapaz que achou o celular da Anne e começou a ligar para os contatos — disse a Klauss —. Está aqui perto, vamos. Que bom que a Anne não põe senha em nada, se fosse a Ingrid tinha senha até...

Rovena parou um instante. Encarou Klauss como quem avalia contar uma importante confidência e disse em voz baixa:

— Se precisarmos de uma espiã, a Ingrid pode nos ajudar.


* Pensativo.*

-- Ingrid é uma das irmãs da Vi não é isso? No que ela pode nos ajudar?

*Após alguns passos.*

-- Aretha falou sobre um recanto na umbra, talvez a própria Felicia tenha e Caetano esta usando... precisamos e muito do Julian.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Mar 07, 2024 7:47 pm

-- Ele sequestrou uma das irmãs da Virna, minha noiva, até onde sei ele deve estar acreditando que eu contei o Segredo dos Bastet brasileiros aos 4 ventos, ja avisei ao Julian e o que tem os Corvos da Quebrada? E me mande noticias suas.


Dessa vez, Aretha ligou.

— Klauss, pelo amor de Gaia — disse em voz baixa e pausada — Uma coisa são segredos pequenos, curiosidades que os gatos gostam de fuçar... Mas os grandes segredos... Esses que envolvem as tribos e até mesmo a raça inteira... Isso é MUITO sério para eles. Não vou falar mais nada para não te comprometer ainda mais, porém, dependendo do que o Caetano acha que você sabe, ele pode estar pensando que age em defesa própria, entende? Ele é uma boa pessoa e meu amigo também, mas o medo faz coisas... Mas fica calmo, eu estou voando pra aí. Ah, e os Corvos da Quebrada estão bem, em São Paulo. Eu estava falando do pessoal do Rio, os Guardiões da Mata *. Fofoca da boa, amigo. Te conto quando tudo isso tiver passado.



-- Ingrid é uma das irmãs da Vi não é isso?


Rovena balançou a cabeça afirmativamente.


No que ela pode nos ajudar?


— Ainda não sei, mas ela tem muitos contatos e expertise. Estou te contando porque você é um garou cria de fenris, mas não comenta nada, está bem? Com ninguém. Nem mesmo com parentes. Eles não sabem que a Ingrid espiona para nossa tribo. Entre humanos, às vezes entre garous. É uma parente muito útil e confiável. É bom que você tenha essa informação, principalmente agora que vai entrar para a família.


-- Aretha falou sobre um recanto na umbra, talvez a própria Felicia tenha e Caetano esta usando... precisamos e muito do Julian.


— Vamos buscar o celular e depois voltar para o caern. O que você acha? Estamos sem carro, teremos que pedir um de aplicativo.


* Apareceram em A Perversa Ciência.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qui Mar 07, 2024 8:05 pm

— Klauss, pelo amor de Gaia — disse em voz baixa e pausada — Uma coisa são segredos pequenos, curiosidades que os gatos gostam de fuçar... Mas os grandes segredos... Esses que envolvem as tribos e até mesmo a raça inteira... Isso é MUITO sério para eles. Não vou falar mais nada para não te comprometer ainda mais, porém, dependendo do que o Caetano acha que você sabe, ele pode estar pensando que age em defesa própria, entende? Ele é uma boa pessoa e meu amigo também, mas o medo faz coisas... Mas fica calmo, eu estou voando pra aí. Ah, e os Corvos da Quebrada estão bem, em São Paulo. Eu estava falando do pessoal do Rio, os Guardiões da Mata *. Fofoca da boa, amigo. Te conto quando tudo isso tiver passado.

-- Devo minha vida a você e nem pra você eu falei o que descobri, agora se o Caetano acha que está certo em sequestrar uma parente que não tem nada a ver com a história ao invés de me procurar e falar comigo, que Gaia tenha piedade dele se ele machucar Anne, por que eu não vou ter... *Respira fundo.* sei que ele é seu amigo e que vocês tem laços muito antes de me conhecer por isso estou falando contigo ...Lembro deles sim os ajudaram com a ADN, infelizmente não posso dizer que vou te esperar, porque vou ter que agir.

— Ainda não sei, mas ela tem muitos contatos e expertise. Estou te contando porque você é um garou cria de fenris, mas não comenta nada, está bem? Com ninguém. Nem mesmo com parentes. Eles não sabem que a Ingrid espiona para nossa tribo. Entre humanos, às vezes entre garous. É uma parente muito útil e confiável. É bom que você tenha essa informação, principalmente agora que vai entrar para a família.


-- Aretha falou sobre um recanto na umbra, talvez a própria Felicia tenha e Caetano esta usando... precisamos e muito do Julian.


— Vamos buscar o celular e depois voltar para o caern. O que você acha? Estamos sem carro, teremos que pedir um de aplicativo.

-- Acredito que é o melhor a se fazer, assim que pegarmos o celular ja peço um carro para o haras.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Sex Mar 08, 2024 2:00 pm

Klauss e Rovena recuperaram o celular e agradeceram ao jovem, um dos muitos turistas que visitavam Pedra Lisa anualmente. Em seguida, pediram um carro, que demorou um pouco a chegar. O motorista enviou uma mensagem dizendo que havia tido um contratempo e que estava a caminho. Demorou um pouco e Rovena já estava quase anulando a corrida quando chegou.

— Vocês não vão acreditar — disse ele enquanto Klauss e Rovena embarcavam —, mas tive que parar para limpar o para-brisa; parece que um morcego dos grandes bateu nele, não consegui ver bem. A senhora já viu uma coisa dessas? Um morcego de dia?

Rovena fez que não com a cabeça.

— Mas sabem o que é isso? É o fim dos tempos, o Apocalipse — o homem citou um versículo — Porque agora está assim, homem com homem, mulher com mulher, filhos que não respeitam os pais, pais que não educam os filhos. No meu tempo, a gente levava cintadas. Mas agora está tudo ao contrário. Morcego de dia, passarinho de noite.

Ele baixou o volume da rádio popular. Olhou o endereço na tela.

— Vocês moram lá na ecovila?

— Estamos de visita.

— Ah, bom. Agora é tudo ecológico, né? Comida orgânica, reciclagem, "espiritualidade", turistas maconhados nas cachoeiras. Nem cavalo em carroça pode mais. Sabem o que é isso? Inversão de valores. Idolatria. Muita coisa estranha ainda vai acontecer nesta cidade, vão vendo — disse, acelerando o carro.

Deixou  Klauss e Rovena na entrada principal da propriedade, que dava acesso ao caminho que levava ao haras, de um lado, e ao caern, de outro. O portão estava aberto, e era possível ver um furgão parado mais adiante, com as portas traseiras abertas e uma roda de garous da seita em frente a elas, olhando para baixo, consternados.

Klauss e Rovena avançaram em silêncio, sentindo o ranger do cascalho sob os pés e o cheiro familiar e metálico de sangue emanar conforme se aproximavam do furgão. Por entre o círculo de garous, puderam distinguir um corpo no chão, sobre uma espécie de maca improvisada. Ao redor do corpo, estavam Íria, Felícia e uma senhora de idade ajoelhadas. Felicia ainda usava a mesma roupa da padaria, mas sem nenhuma sensualidade. Os cabelos pareciam mais despenteados, e a roupa e os pés calçados nos chinelos estavam sujos de terra e de sangue.

Totalmente absorta, segurava uma das mãos brancas da vítima. A outra mão desta estava sobre o peito, com os dedos horrivelmente quebrados. Eram mãos masculinas, notou Klauss. E finalmente conseguiu ver o rosto.

Dmitri jazia sobre a maca ensanguentada, o corpo retorcido em uma posição antinatural e amarrado por tiras de roupas que tentavam imobilizá-lo. O rosto estava coberto de restos de sangue e sujeira, que mal escondiam a palidez mortal de sua pele. Os olhos fechados tinham os cílios loiros manchados de sangue e grudados sobre a pele arroxeada abaixo. Da boca entreaberta saía uma respiração superficial e entrecortada, e alguns gemidos débeis, murmúrios de agonia que se desvaneciam no ar carregado de horror.

Klauss viu Anton a seu lado, apático pelo choque ou por algum dom de contenção. Acompanhava hipnotizado o peito do filho que subia e baixava quase imperceptivelmente, e que exibia através das roupas rasgadas as pontas de costelas partidas que atravessavam a carne. O corpo inteiro de Dmitri parecia uma grotesca exposição de fraturas abertas e membros contorcidos em ângulos impossíveis.  

— Encontrei ele ao pé do morro, quando estava chegando no meu território — murmurou Felícia — Estava caído igual uma marionete, a terra toda revirada embaixo. Chamei Dona Adelina, ela fez um ritual para conter a hemorragia, mas não podíamos levá-lo para o hospital porque ele já estava regenerando...

— Tudo bem, Felícia, muito obrigado — disse Julián em voz baixa e pastosa. Nádia e Amanda estavam distantes, abraçadas; a matilha de Vicente via tudo sem reação. Midori, a esposa de Julián, acabava de chegar com uma maleta médica.

— Agora temos que ir — disse Felícia, levantando-se. Quando viu Klauss e Rovena, puxou Dona Adelina pela mão e saíram andando apressadas. Sem nem fechar as portas, abriram caminho entre os garous para chegar até a parte dianteira do furgão.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Ter Mar 12, 2024 2:29 pm

Klauss e Rovena recuperaram o celular e agradeceram ao jovem, um dos muitos turistas que visitavam Pedra Lisa anualmente. Em seguida, pediram um carro, que demorou um pouco a chegar. O motorista enviou uma mensagem dizendo que havia tido um contratempo e que estava a caminho. Demorou um pouco e Rovena já estava quase anulando a corrida quando chegou.

— Vocês não vão acreditar — disse ele enquanto Klauss e Rovena embarcavam —, mas tive que parar para limpar o para-brisa; parece que um morcego dos grandes bateu nele, não consegui ver bem. A senhora já viu uma coisa dessas? Um morcego de dia?

Rovena fez que não com a cabeça.

— Mas sabem o que é isso? É o fim dos tempos, o Apocalipse — o homem citou um versículo — Porque agora está assim, homem com homem, mulher com mulher, filhos que não respeitam os pais, pais que não educam os filhos. No meu tempo, a gente levava cintadas. Mas agora está tudo ao contrário. Morcego de dia, passarinho de noite.

Ele baixou o volume da rádio popular. Olhou o endereço na tela.

— Vocês moram lá na ecovila?

— Estamos de visita.

— Ah, bom. Agora é tudo ecológico, né? Comida orgânica, reciclagem, "espiritualidade", turistas maconhados nas cachoeiras. Nem cavalo em carroça pode mais. Sabem o que é isso? Inversão de valores. Idolatria. Muita coisa estranha ainda vai acontecer nesta cidade, vão vendo — disse, acelerando o carro.

*Klauss suspira enquanto pensa.*

" Parece que os garotos não acabaram com todos os ovos, mais problemas a vista."

Deixou  Klauss e Rovena na entrada principal da propriedade, que dava acesso ao caminho que levava ao haras, de um lado, e ao caern, de outro. O portão estava aberto, e era possível ver um furgão parado mais adiante, com as portas traseiras abertas e uma roda de garous da seita em frente a elas, olhando para baixo, consternados.

*Como sabia que o portão aberto é um convite  para desavisados fecha o portão, a segurança do caern é mais importante.*

Klauss e Rovena avançaram em silêncio, sentindo o ranger do cascalho sob os pés e o cheiro familiar e metálico de sangue emanar conforme se aproximavam do furgão. Por entre o círculo de garous, puderam distinguir um corpo no chão, sobre uma espécie de maca improvisada. Ao redor do corpo, estavam Íria, Felícia e uma senhora de idade ajoelhadas. Felicia ainda usava a mesma roupa da padaria, mas sem nenhuma sensualidade. Os cabelos pareciam mais despenteados, e a roupa e os pés calçados nos chinelos estavam sujos de terra e de sangue.

Totalmente absorta, segurava uma das mãos brancas da vítima. A outra mão desta estava sobre o peito, com os dedos horrivelmente quebrados. Eram mãos masculinas, notou Klauss. E finalmente conseguiu ver o rosto.

Dmitri jazia sobre a maca ensanguentada, o corpo retorcido em uma posição antinatural e amarrado por tiras de roupas que tentavam imobilizá-lo. O rosto estava coberto de restos de sangue e sujeira, que mal escondiam a palidez mortal de sua pele. Os olhos fechados tinham os cílios loiros manchados de sangue e grudados sobre a pele arroxeada abaixo. Da boca entreaberta saía uma respiração superficial e entrecortada, e alguns gemidos débeis, murmúrios de agonia que se desvaneciam no ar carregado de horror.

Klauss viu Anton a seu lado, apático pelo choque ou por algum dom de contenção. Acompanhava hipnotizado o peito do filho que subia e baixava quase imperceptivelmente, e que exibia através das roupas rasgadas as pontas de costelas partidas que atravessavam a carne. O corpo inteiro de Dmitri parecia uma grotesca exposição de fraturas abertas e membros contorcidos em ângulos impossíveis.  

— Encontrei ele ao pé do morro, quando estava chegando no meu território — murmurou Felícia — Estava caído igual uma marionete, a terra toda revirada embaixo. Chamei Dona Adelina, ela fez um ritual para conter a hemorragia, mas não podíamos levá-lo para o hospital porque ele já estava regenerando...

— Tudo bem, Felícia, muito obrigado — disse Julián em voz baixa e pastosa. Nádia e Amanda estavam distantes, abraçadas; a matilha de Vicente via tudo sem reação. Midori, a esposa de Julián, acabava de chegar com uma maleta médica.

— Agora temos que ir — disse Felícia, levantando-se. Quando viu Klauss e Rovena, puxou Dona Adelina pela mão e saíram andando apressadas. Sem nem fechar as portas, abriram caminho entre os garous para chegar até a parte dianteira do furgão.

*Klauss caminha a passos pesados e acelerados assim que ve Felicia na entrada de Fonte Fria e assim que se aproxima usa o dom Comando do Forte.*

-- PARE FELICIA!

*Klauss olha para Dmitri e volta-se para ela .*

-- Não minta, Rovena e todos os filodox aqui saberão se você mentir... Foi Caetano que fez isso não foi??? É um recado pra mim não é???

*Klauss respira fundo e se aproxima muito dela chegando quase a empurrar ela de encontro ao furgão.*

-- Até quando esse covarde vai se esconder atrás de uma parente indefesa...

*Olha de novo para  Dmitri  e encara ela.* (Manipulação + intimidaçâo)

-- Se o que ele fez com  Dma é um recado pra mim acho que devo fazer o mesmo com você para ser um recado para ele... não concorda FELICIA...


-- Não sei que merda que você falou pra ele pra agir desse jeito, mas você serviu de distração para que ele sequestrasse Anne.

*Olha para Julian e Anton.*

-- Vocês são os lideres do caern vou acatar suas decisões.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Ter Mar 12, 2024 6:49 pm

*Klauss caminha a passos pesados e acelerados assim que ve Felicia na entrada de Fonte Fria e assim que se aproxima usa o dom Comando do Forte.*

-- PARE FELICIA!



Felicia parou imediatamente, sob o efeito do dom. Mas Dona Adelina conseguiu entrar no furgão e se preparou para sair.



*Klauss olha para Dmitri e volta-se para ela .*

-- Não minta, Rovena e todos os filodox aqui saberão se você mentir... Foi Caetano que fez isso não foi??? É um recado pra mim não é???



Felícia balançou a cabeça, com um "não, não, não" silencioso nos lábios. Olhou para a porta do furgão, mas os garous já estavam cercando o veículo. Dona Adelina parecia aturdida. Rovena advertiu a idosa a não fazer nenhuma bobagem.

— Caeteno? O Caetano tem a ver com isso — rosnou Anton em voz baixa, se aproximando de Klauss e a pumonca.

Rovena também chegou mais perto. Os garous observavam Felícia com os olhos flamejantes. Apenas Benjamim encarou Klauss com as monocelhas franzidas de preocupação pela pumonca.



*Klauss respira fundo e se aproxima muito dela chegando quase a empurrar ela de encontro ao furgão.*

-- Até quando esse covarde vai se esconder atrás de uma parente indefesa...



Felícia se encolheu contra a lataria até parecer muito pequena. Dona Adelina a olhou de dentro do carro, angustiada.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou Anton, passeando os olhos de pupilas dilatadas entre Felícia e Julián.

— Caetano sequestrou Anne, a cunhada de Klauss — respondeu o líder com uma voz pausada — Ía te contar, mas aí aconteceu isso...

Julián olhou para a maca onde Dmitri mal balbuciava. Midore estava agachada a seu lado, aplicando um analgésico na veia.

Houve um múrmurio de espanto e indignação. O cheiro de sangue se tornou mais perceptível no ar.



*Olha de novo para  Dmitri  e encara ela.* (Manipulação + intimidaçâo)

-- Se o que ele fez com Dma é um recado pra mim acho que devo fazer o mesmo com você para ser um recado para ele... não concorda FELICIA...



Klauss não precisava mover-se para encher um adversário de pânico. Bastava a imponência de seu caráter, e a imensa massa muscular.

Felícia encolheu-se como um animal machucado. Começou a tremer, a soluçar. Olhava para o chão e não conseguia falar. O suor que brotava em grossas gotas na base de seus cabelos descia pela testa e se misturava às lágrimas, formando canais tortuosos que desciam por seu otrora belo rosto, transformando-o em uma máscara de patético desespero.

Mas Klauss continuou se impondo.



-- Não sei que merda que você falou pra ele pra agir desse jeito, mas você serviu de distração para que ele sequestrasse Anne.



Nesse momento, Anton perdeu as últimas travas e avançou entre Klauss e Felícia. Raramente se vê um ancião em frenesi, mas Klauss intuiu que o russo estava à beira.

— O que vocês fizeram com meu filho! — vociferou com o rosto quase colado no de Felícia, e batendo com o punho cada vez mais forte na lataria ao lado dela
 O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE? O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE!

Felícia escondeu o rosto com as mãos.

— Acalme-se — murmurou Julián.

— Vendido de merda! — rosnou Anton para o companheiro de toda uma vida.

Julián engoliu em seco como quem recebe uma bofetada injusta e a aceita.


*Olha para Julian e Anton.*

-- Vocês são os lideres do caern vou acatar suas decisões.


Mas Anton já não parecia capaz de decidir, talvez nem mesmo de ouvir nada. Seus olhos queimavam, a mandíbula tremia como se muito pouco a separasse de encher-se de dentes lupinos. Nádia e Amanda o acompanhavam na fúria. Só Rovena analisava tudo impassível com olhos de lince.

— O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE! — Anton golpeou tão forte que seu punho afundou a lataria — O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE!

— Com eleS — murmurou Rovena, pondo ênfase no plural. Tinha esfriado e endurecido como uma estátua de gelo.

— N-Nada! — gaguejou Felícia — O Dmitri pulou.

Como se tivessem recebido um raio, os garous se paralisaram. O choro de Felícia se transformou de uma tormenta tropical em chuva branda.

Rovena a olhava supreendida.

— Repete isso — pediu Julian suavemente.

— E-eu ia falar depois para você, em particular, Julián. Porque é delicado — Felicia disse fungando, animada com a brandura do ancião — Cheguei no morro a tempo de ver ele pular. Depois ficou se debatendo no chão, todo quebrado, igual sei lá, um boneco. Aí eu me arrisquei — Felicia voltou a soluçar — Não podia deixar ele lá naquele estado, né? Eu cresci vendo esses meninos brincarem na cachoeira. Então pedi para a Dona Adelina m ajudar e me arrisquei a trazer ele até aqui, pra vocês.

Anton de novo estava estático. Olhava para os philodox.

Felicia virou-se para Klauss e Rovena.

— Eu não fiz nada com a Anne, só distraí vocês para o Caetano pegá-la.  

— Está falando a verdade — disse Rovena para Klauss. Julián concordou com a cabeça.

Como ganhando coragem, Felicia cravou os olhos nos de Klauss e depois nos dos anciões.

— Eu fui procurar o Caetano. Não conhecia, mas o Klauss tinha dito que sabia um segredo dele, talvez do meu povo inteiro. Queria saber que bastet tinha feito a cagada. Contei para ele, que ficou doido. O que vocês fariam no meu lugar? Imaginem se fosse ao contrário, um bastet alardeando para qualquer desconhecido que sabe uma informação secreta de todo o povo garou? Sejam sinceros: quantos feras vocês já não mataram por bem menos que isso? A Anne está bem, mas o Caetano já tinha perdido um embate antes para o Klauss e só queria estar seguro de poder confrontá-lo sobre o segredo sem ser morto, no caso de ser algo realmente importante. A Anne é só a garantia. Desculpem, garous. Somos aliados, mas a minha obrigação é em primeiro lugar com o meu povo, assim a de vocês é com o seu.

Novamente falava a verdade, disseram os philodox.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Ter Mar 12, 2024 7:48 pm

Felícia balançou a cabeça, com um "não, não, não" silencioso nos lábios. Olhou para a porta do furgão, mas os garous já estavam cercando o veículo. Dona Adelina parecia aturdida. Rovena advertiu a idosa a não fazer nenhuma bobagem.

— Caeteno? O Caetano tem a ver com isso — rosnou Anton em voz baixa, se aproximando de Klauss e a pumonca.

Rovena também chegou mais perto. Os garous observavam Felícia com os olhos flamejantes. Apenas Benjamim encarou Klauss com as monocelhas franzidas de preocupação pela pumonca.

Felícia se encolheu contra a lataria até parecer muito pequena. Dona Adelina a olhou de dentro do carro, angustiada.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou Anton, passeando os olhos de pupilas dilatadas entre Felícia e Julián.

— Caetano sequestrou Anne, a cunhada de Klauss — respondeu o líder com uma voz pausada — Ía te contar, mas aí aconteceu isso...

Julián olhou para a maca onde Dmitri mal balbuciava. Midore estava agachada a seu lado, aplicando um analgésico na veia.

Houve um múrmurio de espanto e indignação. O cheiro de sangue se tornou mais perceptível no ar.

-- Felicia  estava com ele, ela arrumou uma confusão para que Caetano conseguisse fazer o serviço.



—  O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE? O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE!

Felícia escondeu o rosto com as mãos.

— Acalme-se — murmurou Julián.

— Vendido de merda! — rosnou Anton para o companheiro de toda uma vida.

Julián engoliu em seco como quem recebe uma bofetada injusta e a aceita.

*Olha para Julian e Anton.*

-- Vocês são os lideres do caern vou acatar suas decisões.

Mas Anton já não parecia capaz de decidir, talvez nem mesmo de ouvir nada. Seus olhos queimavam, a mandíbula tremia como se muito pouco a separasse de encher-se de dentes lupinos. Nádia e Amanda o acompanhavam na fúria. Só Rovena analisava tudo impassível com olhos de lince.

— O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE! — Anton golpeou tão forte que seu punho afundou a lataria — O QUE VOCÊS FIZERAM COM ELE!

— Com eleS — murmurou Rovena, pondo ênfase no plural. Tinha esfriado e endurecido como uma estátua de gelo.

— N-Nada! — gaguejou Felícia — O Dmitri pulou.

Como se tivessem recebido um raio, os garous se paralisaram. O choro de Felícia se transformou de uma tormenta tropical em chuva branda.

Rovena a olhava supreendida.

— Repete isso — pediu Julian suavemente.

— E-eu ia falar depois para você, em particular, Julián. Porque é delicado — Felicia parecia animar-se, aferrada à brandura do ancião — Cheguei no morro a tempo de ver ele pular. Depois ficou se debatendo no chão, todo quebrado, igual sei lá, um boneco. Aí eu me arrisquei — Felicia voltou a soluçar — Não podia deixar ele lá naquele estado, né? Eu cresci vendo esses meninos brincarem na cachoeira. Então pedi para a Dona Adelina m ajudar e me arrisquei a trazer ele até aqui, pra vocês.

Anton de novo estava estático. Olhava para os philodox.

Felicia virou-se para Klauss e Rovena.

— Eu não fiz nada com a Anne, só distraí vocês para o Caetano pegá-la.  

-- Se acontecer algo com ela você também é culpada.

— Está falando a verdade — disse Rovena para Klauss. Julián concordou com a cabeça.

Como ganhando coragem, Felicia cravou os olhos nos de Klauss e dos anciões.

— Eu fui procurar o Caetano. Não conhecia, mas o Klauss tinha dito que sabia um segredo dele, talvez do meu povo inteiro. Queria saber que bastet tinha feito a cagada. Contei para ele, que ficou doido. O que vocês fariam no meu lugar? Imaginem se fosse ao contrário, um bastet alardeando para qualquer desconhecido que sabe uma informação secreta de todo o povo garou? Sejam sinceros: quantos feras vocês já não mataram por bem menos que isso? A Anne está bem, mas o Caetano já tinha perdido um embate antes para o Klauss e só queria estar seguro de poder confrontá-lo sobre a revelação do segredo sem ser morto, o caso de ser algo realmente importante. A Anne é só a garantia. Desculpem, garous. Somos aliados, mas a minha obrigação é em primeiro lugar com o meu povo, assim a de vocês é com o seu.

*Klauss olha para Anton e depois para Dmitri e se lembra que abandonou sua família depois que passou pela transformação, encara Felicia estende a mão para ela se levantar.*

-- Julian-rya é como se fosse meu mentor, confio nele como confio em todos aqui em Fonte Fria, pergunte a ele se ele sabia de algo sobre isso ou a qualquer um... devo  minha vida a corax Aretha, e nem a ela falei nada, nem a Virna que será minha esposa em breve contei o que descobri e nem foi aqui no Brasil  que descobri, digo de coração aberto, Caetano não precisa se esconder atrás de uma mulher indefesa para falar comigo, era só ele me procurar, peço que me desculpe aqui na frente de todos por pensar que vocês fizeram algo com Dmitri, mas como você mesma falou muitos já mataram por menos que isso.

*Respira fundo.*

-- Hora e lugar que Caetano quer me encontrar?

*Após os animos se acalmarem vai até a matilha e fala só com os três, longe dos demais.*

-- Quando Rovena e eu estávamos vindo para cá o motorista do aplicativo disse que bateu em um morcego em plena luz do dia, vocês me falaram que deram um jeito nos ovos da gorgona, até onde isso é verdade?
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Ter Mar 12, 2024 10:14 pm

*Klauss olha para Anton e depois para Dmitri e se lembra que abandonou sua família depois que passou pela transformação, encara Felicia estende a mão para ela se levantar.*

-- Julian-rya é como se fosse meu mentor, confio nele como confio em todos aqui em Fonte Fria, pergunte a ele se ele sabia de algo sobre isso ou a qualquer um... devo  minha vida a corax Aretha, e nem a ela falei nada, nem a Virna que será minha esposa em breve contei o que descobri e nem foi aqui no Brasil  que descobri, digo de coração aberto, Caetano não precisa se esconder atrás de uma mulher indefesa para falar comigo, era só ele me procurar, peço que me desculpe aqui na frente de todos por pensar que vocês fizeram algo com Dmitri, mas como você mesma falou muitos já mataram por menos que isso.


Felicia escutou Klauss sem dizer nada, ainda enxugando as lágrimas. Julián também observou Klauss em silêncio.

Anton havia caído de joelhos ao lado do filho. Ali se desenvolvia um drama familiar que tocava o coração de Klauss, mas era preciso resolver a questão com Caetano e recuperar Anne.


*Respira fundo.*

-- Hora e lugar que Caetano quer me encontrar?


— Ele vai entrar em contato com vocês. Klauss, eu só ajudei no... sequestro.

Felícia abaixou a cabeça.

— Vem aqui, Felicia — disse Julián como um sorriso, passando o braço pelos ombros da pumonca — Queria agradecer mais uma vez você ter trazido o Dmitri. Nós faríamos o mesmo por um dos seus. Prezo muito nossa aliança.  

Felícia sorriu. Apesar da aparência descuidada, algo de sua sensualidade voltou com aquele abraço masculino.

—  Mas você tem razão em uma coisa, hermosura, a obrigação com o nosso proprio povo vem primeiro. O Klauss me deu uma ideia quando falou na troca de recados.

Felicia tentou se afastar, mas os dedos morenos do ancião afundaram na carne macia de seu braço. Os garous entenderam e se aproximaram. Julián olhou para o furgão.

— Dona Adelina, eu não a conhecia pessoalmente. Muito prazer. Quero lhe pedir uma coisa: a senhora, por favor, vai até o Daren...

— Não põe o Daren no meio disso — pediu Felicia.

— A senhora vai até o Daren e, por gentileza, diz para ele que essa muchacha aqui — apertou ainda mais o abraço — vai ficar hospedada com a gente pelo mesmo tempo que Anne ficar hospedada com os bastets. Eu sei que Caetano é balam, mas Felícia acabou pondo os pumoncas no meio. Acho que Daren vai concordar que a conversa entre Caetano e Klauss tem que ser de homem para homem, de metamorfo para metamorfo, sem envolver mulheres inocentes, não? Ele pode conversar com Caetano para mandar Anne de volta.  Qualquer coisa eles me ligam. Parece que os balam ainda não aprenderam a usar celular mas os pumoncas sabem.

Dona Adelina fechou a cara mas concordou.

Que te parece, Klauss? — perguntou o Julián, sem soltar Felícia.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qui Mar 14, 2024 2:32 pm

— Ele vai entrar em contato com vocês. Klauss, eu só ajudei no... sequestro.

*Klauss fecha a cara novamente.*

— Vem aqui, Felicia — disse Julián como um sorriso, passando o braço pelos ombros da pumonca — Queria agradecer mais uma vez você ter trazido o Dmitri. Nós faríamos o mesmo por um dos seus. Prezo muito nossa aliança.  

Felícia sorriu. Apesar da aparência descuidada, algo de sua sensualidade voltou com aquele abraço masculino.

—  Mas você tem razão em uma coisa, hermosura, a obrigação com o nosso proprio povo vem primeiro. O Klauss me deu uma ideia quando falou na troca de recados.

Felicia tentou se afastar, mas os dedos morenos do ancião afundaram na carne macia de seu braço. Os garous entenderam e se aproximaram. Julián olhou para o furgão.

— Dona Adelina, eu não a conhecia pessoalmente. Muito prazer. Quero lhe pedir uma coisa: a senhora, por favor, vai até o Daren...

— Não põe o Daren no meio disso — pediu Felicia.

— A senhora vai até o Daren e, por gentileza, diz para ele que essa muchacha aqui — apertou ainda mais o abraço — vai ficar hospedada com a gente pelo mesmo tempo que Anne ficar hospedada com os bastets. Eu sei que Caetano é balam, mas Felícia acabou pondo os pumoncas no meio. Acho que Daren vai concordar que a conversa entre Caetano e Klauss tem que ser de homem para homem, de metamorfo para metamorfo, sem envolver mulheres inocentes, não? Ele pode conversar com Caetano para mandar Anne de volta.  Qualquer coisa eles me ligam. Parece que os balam ainda não aprenderam a usar celular mas os pumoncas sabem.

Dona Adelina fechou a cara mas concordou.

— Que te parece, Klauss? — perguntou o Julián, sem soltar Felícia.

*Klauss mantém o semblante sério.*

-- Acho justo. Vou permanecer no alojamento até que Caetano entre em contato comigo.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Sex Mar 15, 2024 10:49 am

*Klauss mantém o semblante sério.*

-- Acho justo. Vou permanecer no alojamento até que Caetano entre em contato comigo.


Julián assentiu com a cabeça e afrouxou o abraço. Felícia apartou-se rapidamente, olhando-o com raiva, mas resignada. Os dois ficaram em silêncio, vendo o furgão sair da propriedade e os garous da seita levarem a maca até a casa da mãe de Dmitri. Anton seguia a maca, cabisbaixo, e atrás dele vinha Nádia com passos duros. Pelo que conhecia da galliard, Klauss podia prever que ela diria as piores coisas ao ancião sem se importar com compaixão ou hierarquia.


*Após os animos se acalmarem vai até a matilha e fala só com os três, longe dos demais.*

-- Quando Rovena e eu estávamos vindo para cá o motorista do aplicativo disse que bateu em um morcego em plena luz do dia, vocês me falaram que deram um jeito nos ovos da gorgona, até onde isso é verdade?


— A gente destruiu os ovos que encontrou — sussurrou Vicente de olhos arregalados.

— Fudeu, deve ter sobrado algum!— disse Ben.

— Ou ela pôs ovos fora do caern — completou Ícaro.

Os três fizeram caretas preocupadas, mas se calaram porque Julián estava se aproximando.

— A matilha de Nádia não está em condições, então vocês vão vigiar a Felícia — disse o ancião, olhando os garotos — Rovena me contou que a Virna voltou para o sul, então quero que a ajudem a guardar as coisas da Virna e que preparem a casa de hóspedes para Felícia. Vocês vão ficar lá também, de olho nela. Falei com Kamau, vamos considerar isso o terceiro desafio de vocês, porque a Felícia é manipuladora e vai tentar de tudo para escapar. De tudo.

Julián enfatizou as ultimas palabras, inclinando-se para frente e olhando os meninos nos olhos. Estes riram e se entreolharam, com picardia.

— Estou falando sério, é seu último desafio. Klauss, você está a cargo. Eu vou dar uma olhada no Dmitri.

Klauss teve algumas horas livres para fazer o que achasse melhor.

De tarde Julián veio falar com ele.

— Klauss, o Daren me ligou. Ele conseguiu falar com Caetano... — Julián suspirou — Caetano disse que tudo bem, que fiquemos com Felícia porque ele não vai liberar Anne até depois de se encontrar com você, à meia noite no mirante da estrada velha. O Daren tá puto. Estivemos conversando algumas coisas, mas ele quer falar também com você. Nos convidou para ir ao seu recanto. Não deixa de ser uma honra, eu nunca o convidei para o caern, mas tampouco é um território neutro, é a casa dele. Confio no Daren, mas quero ouvir sua opinião primeiro. Você me acompanha?


modificadores:
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Ter Mar 19, 2024 2:27 pm

Julián assentiu com a cabeça e afrouxou o abraço. Felícia apartou-se rapidamente, olhando-o com raiva, mas resignada. Os dois ficaram em silêncio, vendo o furgão sair da propriedade e os garous da seita levarem a maca até a casa da mãe de Dmitri. Anton seguia a maca, cabisbaixo, e atrás dele vinha Nádia com passos duros. Pelo que conhecia da galliard, Klauss podia prever que ela diria as piores coisas ao ancião sem se importar com compaixão ou hierarquia.

*Klauss passa por Anton e faz o que significa "sinto muito" na lingua dos homens, chega até ele e da três tapinhas nas costas.*

-- Se precisar de mim pode me chamar a qualquer momento, e assim que resolver as coisas vou assumir o lugar de Dmitri na ronda.


— A gente destruiu os ovos que encontrou — sussurrou Vicente de olhos arregalados.

— Fudeu, deve ter sobrado algum!— disse Ben.

— Ou ela pôs ovos fora do caern — completou Ícaro.

-- Em meio as suas responsabilidades, ja sabem o que devem fazer.

— A matilha de Nádia não está em condições, então vocês vão vigiar a Felícia — disse o ancião, olhando os garotos — Rovena me contou que a Virna voltou para o sul, então quero que a ajudem a guardar as coisas da Virna e que preparem a casa de hóspedes para Felícia. Vocês vão ficar lá também, de olho nela. Falei com Kamau, vamos considerar isso o terceiro desafio de vocês, porque a Felícia é manipuladora e vai tentar de tudo para escapar. De tudo.

Julián enfatizou as ultimas palabras, inclinando-se para frente e olhando os meninos nos olhos. Estes riram e se entreolharam, com picardia.

— Estou falando sério, é seu último desafio. Klauss, você está a cargo. Eu vou dar uma olhada no Dmitri.

*Klauss caminha com os garotos.*

-- Vocês nunca devem ficar sozinhos com ela, principalmente Benjamin. Ela sabe que você está afim dela e vai usar isso contra você, entendido.

*Klauss ajuda os garotos a juntar as coisas de Virna e as deixa separado para levar para o dormitório masculino para guardar junto com suas coisas. Em seguida faz com que Felicia sente numa cadeira, coloca uma cadeira em frente a dela e a encara em silêncio, e ativa o dom Sentir Culpa.* off conforme o que o dom revelar algumas informações Klauss falará em voz alta para os garotos.

De tarde Julián veio falar com ele.

— Klauss, o Daren me ligou. Ele conseguiu falar com Caetano... — Julián suspirou — Caetano disse que tudo bem, que fiquemos com Felícia porque ele não vai liberar Anne até depois de se encontrar com você, à meia noite no mirante da estrada velha. O Daren tá puto. Estivemos conversando algumas coisas, mas ele quer falar também com você. Nos convidou para ir ao seu recanto. Não deixa de ser uma honra, eu nunca o convidei para o caern, mas tampouco é um território neutro, é a casa dele. Confio no Daren, mas quero ouvir sua opinião primeiro. Você me acompanha?

*Klauss pensa por alguns segundos.*

-- Acredito que lhe devo isso Julian-rya, coloquei toda seu trabalho diplomático com os bastet em risco por um erro, por mais que não tivesse intenção de que tudo isso acontecesse ainda sim o erro foi meu e com certeza lhe acompanharei. Quanto a Caetano, por mais que hoje ele me veja como inimigo, não é reciproco, ainda quero entender porque ele sequestrou a Anne e não veio falar direto comigo, não sei se ficou com medo ou o que passou na cabeça dele.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Ter Mar 19, 2024 9:24 pm

*Klauss passa por Anton e faz o que significa "sinto muito" na lingua dos homens, chega até ele e da três tapinhas nas costas.*

-- Se precisar de mim pode me chamar a qualquer momento, e assim que resolver as coisas vou assumir o lugar de Dmitri na ronda.




Anton se deteve um instante. Na forma hominídea, era um homem de compleição mediana, compensada por uma forte personalidade e uma postura aristocrática. Mas naquele momento parecia pequeno e envelhecido. Balançou a cabeça em agradecimento, com os lábios apertados e afagou o braço de Klauss com carinho. Depois seguiu.




*Klauss caminha com os garotos.*

-- Vocês nunca devem ficar sozinhos com ela, principalmente Benjamin. Ela sabe que você está afim dela e vai usar isso contra você, entendido.



Os garotos voltaram a rir de excitação e nervosismo.

— Pode deixar que eu não sou tonto — disse Ben, mas seu sorriso não dava muitas garantias — Vou vigiar bem a gatinha.

Caminhou ao lado de Ícaro, os dois rindo e dando encontrões, até ficarem sérios ao chegar perto de Felícia. Vicente olhou para trás, encarando Klauss, confiante e muito sério, como a dizer que ainda era o líder e que ele ficasse tranquilo.



*Klauss ajuda os garotos a juntar as coisas de Virna e as deixa separado para levar para o dormitório masculino para guardar junto com suas coisas.



Enquanto os meninos se encarregavam de arrumar um quarto para Felícia e sortir a casa de tudo o que ela pedisse para ficar mais confortável, Klauss e Rovena foram para o dormitório de Virna, para guardar suas coisas. Rovena abriu uma mala sobre a cama e começou a colocar roupas e sapatos. Klauss dobrou uma blusa que estava sobre a cômoda, pôs na mala e começou a esvaziar as gavetas. Um sorriso involuntário brotou no seu rosto ao tocar a lingerie macia e perfumada. Eram tantas memórias... Então sentiu um objeto no meio das roupas.

Spoiler:


Rovena seguia imersa em seu trabalho.

***



-- Acredito que lhe devo isso Julian-rya, coloquei toda seu trabalho diplomático com os bastet em risco por um erro, por mais que não tivesse intenção de que tudo isso acontecesse ainda sim o erro foi meu e com certeza lhe acompanharei. Quanto a Caetano, por mais que hoje ele me veja como inimigo, não é reciproco, ainda quero entender porque ele sequestrou a Anne e não veio falar direto comigo, não sei se ficou com medo ou o que passou na cabeça dele.



— Está tudo bem, hijo, não se cobre demasiado. Você cometeu um erro, Felícia outro maior ao não se aconselhar antes ir falar com Caetano e Caetano só Gaia saberá o que está pensando — pôs a mão no ombro de Klauss e suspirou — Temos tantas lutas duras, um apocalipse a deter, e somos lançados nisso tão jovens... Tanta responsabilidade e tão pouca margem para errar. Todos erramos, também os anciões. Mas, hijo, no pasa nada. No final vai dar tudo certo, você verá.

Tinha um sorriso triste e continha as lágrimas. Klauss sabia que ele falava da sua situação e de outras.

Tomaram a camioneta maior e Julián dirigiu por estradas cada vez mais precárias até quase se embrenharem na mata. Parou com a tarde quase terminando, em um lugar onde se ouvia o rugir de uma grande cachoeira.

— Daqui para frente é pela umbra — disse olhando uma poça no chão, que espelhava o céu.

Penetraram na penumbra, que era um reflexo da mata fechada. Em pouco tempo viram uma construção formidável, com várias plataformas salientes, incorporada à projeção umbral da cachoeira.

Spoiler:

Um imponente bastet veio recebê-los.

Spoiler:

— Julián-yuf é um prazer tê-los no meu recanto.

— O prazer é meu Bon Bhat Daren. Este é Klauss Krugger, Justiça de Prata para os nossos.

— Prazer — disse Daren, estendendo a mão forte. Apesar de seus tamanho, a voz de Daren era baixa e suave — Eu acho que já te vi antes, Klauss. Depois daquele problema com o canadense, quando Julián me mostrou os garous confiáveis para andar na cidade.

Convidou-os a entrar.

Spoiler:

— Impressionante a maneira como trabalham a umbra — disse Julián olhando ao redor — Eu achava que seu recanto seria como um parquinho.

Daren deu uma gargalhada e explicaram para Klauss que a família do pumonca tinha uma rede de lojas de brinquedo.

— Um brinquedo de gatos, talvez — disse Daren indicando as plataformas.

Apesar do clima amistoso, Klauss podia sentir a tensão no corpo de Julián.

— É um espaço considerável para um bastet sozinho... — disse o ancião, olhando longamente para Daren.

— Não é dos maiores, acredite — respondeu Daren, devolvendo o olhar. E acrescentou, muito sério — Estou sozinho, Julián.

Julián observou-o um instante, depois olhou para Klauss, confirmando que era verdade.

Daren levou-os até uma mesa fora. O cheiro fresco das samambaias e das aguas da cascata penetrou em suas narinas. Serviu-lhes cerveja e petiscos.

Quando estavam relaxados, Daren encarou Klauss e disse com firmeza:

— Antes de conversarmos, preciso saber de você que segredo é esse que sabe dos bastets.

Julián balançou a cabeça de um mondo encorajador.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Ter Mar 19, 2024 10:00 pm

Os garotos voltaram a rir de excitação e nervosismo.

— Pode deixar que eu não sou tonto — disse Ben, mas seu sorriso não dava muitas garantias — Vou vigiar bem a gatinha.

Caminhou ao lado de Ícaro, os dois rindo e dando encontrões, até ficarem sérios ao chegar perto de Felícia. Vicente olhou para trás, encarando Klauss, confiante e muito sério, como a dizer que ainda era o líder e que ele ficasse tranquilo.

-- Olhe aqui Contestador, ela é a garantia da vida de um dos nossos, mesmo que Caetano tenha dito que não liga para ela, a vida dela está nas mãos dele, se ela fugir temo pela vida de Anne.

Enquanto os meninos se encarregavam de arrumar um quarto para Felícia e sortir a casa de tudo o que ela pedisse para ficar mais confortável, Klauss e Rovena foram para o dormitório de Virna, para guardar suas coisas. Rovena abriu uma mala sobre a cama e começou a colocar roupas e sapatos. Klauss dobrou uma blusa que estava sobre a cômoda, pôs na mala e começou a esvaziar as gavetas. Um sorriso involuntário brotou no seu rosto ao tocar a lingerie macia e perfumada. Eram tantas memórias... Então sentiu um objeto no meio das roupas.

*Klauss apenas sorri, apesar de meio tonto pela surpresa.*


-----------------------------------

— Julián-yuf é um prazer recebê-los no meu recanto.

— O prazer é meu Bon Bhat Daren. Este é Klauss Krugger, Justiça de Prata para os nossos.

— Prazer — disse Daren, estendendo a mão forte. Apesar de seus tamanho, a voz de Daren era baixa e suave — Eu acho que já te vi antes, Klauss. Depois daquele problema com o canadense, quando Julián me mostrou os garous confiáveis para andar na cidade.

*Klauss aperta a mão do bastet.*

-- O prazer é meu e peço desculpas pela minha falta de educação, mas não sei como devo chama-lo, não conheço sua cultura para dar o respeito que o senhor merece.



— Impressionante a maneira como trabalham a umbra — disse Julián olhando ao redor — Eu achava que seu recanto seria como um parquinho.

Daren deu uma gargalhada e explicaram para Klauss que a família do pumonca tinha uma rede de lojas de brinquedo.

— Um brinquedo de gatos, talvez — disse Daren indicando as plataformas.

Apesar do clima amistoso, Klauss podia sentir a tensão no corpo de Julián.

— É um espaço considerável para um bastet sozinho... — disse o ancião, olhando longamente para Daren.

— Não é dos maiores, acredite — respondeu Daren, devolvendo o olhar. E acrescentou, muito sério — Estou sozinho, Julián.

*Klauss ja conhecia o ancião Peregrino Silencioso para saber o que ele queria dizer com uma troca de olhares.*


Daren levou-os até uma mesa fora. O cheiro fresco das samambaias e das aguas da cascata penetrou em suas narinas. Serviu-lhes cerveja e petiscos.

Quando estavam relaxados, Daren encarou Klauss e disse com firmeza:

— Antes de conversarmos, preciso saber de você que segredo é esse que sabe dos bastets.

Julián balançou a cabeça de um modo encorajador.

*Klauss bebe um longo gole da cerveja e começa.*


-- Antes de contar preciso dizer que nunca nenhum de seu povo me falou nada, após conhecer a Corax Aretha e o Pumoca Caetano fui envidado para a Ásia, mas no trajeto fizemos uma ponte da lua em Casablanca onde conheci Máx e sua esposa Siduri, acabei indo para a cozinha onde em conversas com eles acabei ligando os pontos, era muito facil para os metamorfos da África se misturarem aos homens que foram escravizados e trazidos para cá, chegando aqui era muito fácil fugir e estabelecer suas colônias aqui no Brasil.


*Klauss toma mais um gole de cerveja.*

-- Foi assim que descobri sobre os leões que residem aqui no Brasil, acredito que no tempo que passei no povoado que Caetano defende conheci uma Simba, mas não posso afirmar.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qua Mar 20, 2024 10:44 am

faltou no post anterior:



Em seguida faz com que Felicia sente numa cadeira, coloca uma cadeira em frente a dela e a encara em silêncio, e ativa o dom Sentir Culpa.* off conforme o que o dom revelar algumas informações Klauss falará em voz alta para os garotos.




rolagem:

Tudo o que Klauss conseguiu foi que Felícia o olhasse de volta com desprezo.

**********************



*Klauss aperta a mão do bastet.*

-- O prazer é meu e peço desculpas pela minha falta de educação, mas não sei como devo chama-lo, não conheço sua cultura para dar o respeito que o senhor merece.




— Bon Bhat é um tratamento respeitoso para um ancião bastet, Klauss, usado principalmente quando ele nos recebe em uma reunião — explicou Julián.

— Você pode me tratar como se fosse um ancião garou, eu estou acostumado com a sua cultura — disse Daren com um sorriso acolhedor.




*Klauss bebe um longo gole da cerveja e começa.*


-- Antes de contar preciso dizer que nunca nenhum de seu povo me falou nada, após conhecer a Corax Aretha e Caetano fui envidado para a Ásia, mas no trajeto fizemos uma ponte da lua em Casablanca onde conheci Máx e sua esposa Siduri, acabei indo para a cozinha onde em conversas com eles acabei ligando os pontos, era muito facil para os metamorfos da África se misturarem aos homens que foram escravizados e trazidos para cá, chegando aqui era muito fácil fugir e estabelecer suas colônias aqui no Brasil.


*Klauss toma mais um gole de cerveja.*

-- Foi assim que descobri sobre os leões que residem aqui no Brasil, acredito que no tempo que passei no povoado que Caetano defende conheci uma Simba, mas não posso afirmar.


Daren ouviu Klauss como uma expressão grave, de quem está entendendo pouco, mas pareceu um tanto aliviado.

— Acho que o que você quer dizer é que tem Simbas no Brasil — disse lentamente, ao fim, trocando um olhar com Julián — Não me surpreenderia, com a quantidade de escravizados que foram trazidos para cá. Ou mesmo de refugiados, recentemente. Eu sou pumonca pelo lado indígena, mas minha bisavó africana falava de mulheres leoas em Moçambique. É possível. Mas o que me intriga é porque os balam estariam escondendo os Simbas... Uma aliança, será?

— A julgar pela cagada que deixou Dente Negro na África, boa coisa não é — disse Julián.

Os anciões se entreolharam e Julián deu um longo suspiro. "Posso?" perguntou a Daren, retirando um cigarro artesanal e um acendedor dedicados. Daren fez que sim com cabeça. O odor a ervas se misturou com os aromas da cascata, enquanto Julián dava uma profunda tragada, pensativo. Depois expirou.

— Klauss, nós te chamamos aqui para falar de política — disse ele por fim — Sabe, quando a gente mantém uma acordo com um povo que já foi inimigo, com ressentimentos de parte a parte, o mais complicado às vezes nem é conseguir a paz com o outro, mas convencer a nossa própria gente a manter o acordo. Olha a situação em que Fonte Fria está agora. Um bastet tomou uma parente garou de refém, no momento em que estamos com visitantes de três tribos diferentes: os pais do Benjamim, peregrinos; os do Ícaro, senhores das sombras, com um philodox incluído; e Rovena, cria de fenris, que ademáis já tem uma treta com a seita. Sem falar no meu problema pessoal com os crias de fenris do sul, por minha filha. E toda essa gente sabe da nossa aliança com os pumoncas e amizade com outras feras. Para eles, não vai importar que Caetano seja um balam descompensado. O que importa é que sequestrou uma parente garou e é bastet. Tampouco importa se Anne, Rovena e Ranulfo chegaram na cidade sem nem nos avisar, se estão em Pedra Lisa, deveriam estar sob a proteção de Fonte Fria.

— O Caetano também não se anunciou — disse Daren.

Julian riu.

— Parece que a gente não manda nada nessa mierda, meu velho.

— E do meu lado, é a mesma coisa — disse Daren a Klauss, servindo-lhe outra cerveja — Não pode um balam entrar em território pumonca sem aviso e do nada sequestrar uma parente dos nossos aliados. Isso é um insulto tremendo. E para piorar, como consequência temos Felícia em posse dos garous. Pessoalmente, eu entendo a manobra do Julián, mas é um sinal ruim para o meu povo.

— Mas não pro Caetano. O hijo de puta já percebeu que eu não faria nada com Felícia e está rindo da nossa cara.

Julián tragou novamente.

— Vamos ser claros — disse soltando a fumaça devagar — Temos que dar um castigo exemplar no Caetano! Para que os garous possam confiar que a minha aliança com os pumonca não compromete a segurança do caern, dos garous ou parentes. E para mandar aos bastets em geral a mensagem de que a aliança entre garous e pumoncas em Pedra Lisa é mais forte do que as suas intrigas.

Daren assentiu, balançando várias vezes a cabeça.

— E de que não somos fracos.

— Klauss, eu sei que o Caetano é seu conhecido e você está querendo ir com calma — disse Julián em voz branda — Mas a gente precisa que você dê uma lição nele esta noite. Não importa as razões que ele exponha, se é que vai expor.

— Tem meu respaldo até para matar, se ele ameaçar sua vida — Daren espetou uma grande azeitona de Azapa e levou-a à boca.

— E você também precisa — disse Julián, inclinando-se para frente e apontando a Klauss— Para não passar a impressão de que não pode proteger os parentes de sua nova família. Se a gente não for duro agora, isso pode virar uma disputa entre crias de fenris, balams e até mesmo simbas, vai saber, lá no Paraná, de onde todos são. Entendeu?
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qua Mar 20, 2024 3:08 pm

— Bon Bhat é um tratamento respeitoso para um ancião bastet, Klauss, usado principalmente quando ele nos recebe em uma reunião — explicou Julián.

— Você pode me tratar como se fosse um ancião garou, eu estou acostumado com a sua cultura — disse Daren com um sorriso acolhedor.

-- Agradeço Daren-rya.

Daren ouviu Klauss como uma expressão grave, de quem está entendendo pouco, mas pareceu um tanto aliviado.

— Acho que o que você quer dizer é que tem Simbas no Brasil — disse lentamente, ao fim, trocando um olhar com Julián — Não me surpreenderia, com a quantidade de escravizados que foram trazidos para cá. Ou mesmo de refugiados, recentemente. Eu sou pumonca pelo lado indígena, mas minha bisavó africana falava de mulheres leoas em Moçambique. É possível. Mas o que me intriga é porque os balam estariam escondendo os Simbas... Uma aliança, será?

— A julgar pela cagada que deixou Dente Negro na África, boa coisa não é — disse Julián.

*Klauss tenta buscar pela memoria e se lembra vagamente sobre Dente Negro ter feito algo na Africa.*

— Klauss, nós te chamamos aqui para falar de política — disse ele por fim — Sabe, quando a gente mantém uma acordo com um povo que já foi inimigo, com ressentimentos de parte a parte, o mais complicado às vezes nem é conseguir a paz com o outro, mas convencer a nossa própria gente a manter o acordo. Olha a situação em que Fonte Fria está agora. Um bastet tomou uma parente garou de refém, no momento em que estamos com visitantes de três tribos diferentes: os pais do Benjamim, peregrinos; os do Ícaro, senhores das sombras, com um philodox incluído; e Rovena, cria de fenris, que ademáis já tem uma treta com a seita. Sem falar no meu problema pessoal com os crias de fenris do sul, por minha filha. E toda essa gente sabe da nossa aliança com os pumoncas e amizade com outras feras. Para eles, não vai importar que Caetano seja um balam descompensado. O que importa é que sequestrou uma parente garou e é bastet. Tampouco importa se Anne, Rovena e Ranulfo chegaram na cidade sem nem nos avisar, se estão em Pedra Lisa, deveriam estar sob a proteção de Fonte Fria.

— O Caetano também não se anunciou — disse Daren.

Julian riu.

— Parece que a gente não manda nada nessa mierda, meu velho.

— E do meu lado, é a mesma coisa — disse Daren a Klauss, servindo-lhe outra cerveja — Não pode um balam entrar em território pumonca sem aviso e do nada sequestrar uma parente dos nossos aliados. Isso é um insulto tremendo. E para piorar, como consequência temos Felícia em posse dos garous. Pessoalmente, eu entendo a manobra do Julián, mas é um sinal ruim para o meu povo.

— Mas não pro Caetano. O hijo de puta já percebeu que eu não faria nada com Felícia e está rindo da nossa cara.

-- Sinto muito por ter causado todo esse problema diplomático.

— Vamos ser claros — disse soltando a fumaça devagar — Temos que dar um castigo exemplar no Caetano! Para que os garous possam confiar que a minha aliança com os pumonca não compromete a segurança do caern, dos garous ou parentes. E para mandar aos bastets em geral a mensagem de que a aliança entre garous e pumoncas em Pedra Lisa é mais forte do que as suas intrigas.

Daren assentiu, balançando várias vezes a cabeça.

— E de que não somos fracos.

— Klauss, eu sei que o Caetano é seu conhecido e você está querendo ir com calma — disse Julián em voz branda — Mas a gente precisa que você dê uma lição nele esta noite. Não importa as razões que ele exponha, se é que vai expor.

— Tem meu respaldo até para matar, se ele ameaçar sua vida — Daren espetou uma grande azeitona de Azapa e levou-a à boca.

— E você também precisa — disse Julián, inclinando-se para frente e apontando a Klauss— Para não passar a impressão de que não pode proteger os parentes de sua nova família. Se a gente não for duro agora, isso pode virar uma disputa entre crias de fenris, balams e até mesmo simbas, vai saber, lá no Paraná, de onde todos são. Entendeu?


*Klauss suspira e entra no modo de quando entrou no hospital de Mziatis.*

-- Meu plano inicial é ouvi-lo, mas independente de suas razões  a forma como ele agiu se escondendo atrás de uma parente mostra que ele não passa de um covarde e sendo sincero ter o respaldo de ambos me tiram um peso enorme das costas, vou fazer o que precisa ser feito. Agradeço a hospitalidade Daren-rya, mas devo me ir para o ponto de encontro, quero estar lá quando Caetano chegar.
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Mar 21, 2024 9:51 am

*Klauss suspira e entra no modo de quando entrou no hospital de Mziatis.*

-- Meu plano inicial é ouvi-lo, mas independente de suas razões a forma como ele agiu se escondendo atrás de uma parente mostra que ele não passa de um covarde e sendo sincero ter o respaldo de ambos me tiram um peso enorme das costas, vou fazer o que precisa ser feito. Agradeço a hospitalidade Daren-rya, mas devo me ir para o ponto de encontro, quero estar lá quando Caetano chegar.


— Está cedo ainda — disse Daren, olhando para o céu cinzento.

Julián foi para um sofá terminar seu cigarro, enquanto Daren recolhia os pratos e os lavava. Klauss teve tempo de andar por aquela estranha casa de gatos, onde muitas plataformas davam diretamente para o abismo. Em uma delas viu a noite cair.

Despediram-se de Daren e tomaram o rumo da Estrada Velha.

O mirante era um semicírculo pavimentado a um lado da estrada, cercado por pedras e com um banco desconjuntado. De ali se via uma parte de Pedra Lisa. Caetano ainda não havia chegado.

— Detesto isso tanto quanto você — disse Julián observando as luzes da cidade — Mas pensa em tudo o que está em jogo. Vou estar por perto para quando termine.

E como bom ancião se foi, deixando Klauss com a parte mais brutal do trabalho.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qui Mar 21, 2024 2:25 pm

— Está cedo ainda — disse Daren, olhando para o céu cinzento.

-- Gosto de conhecer o território, ver todas as opções de rotas para fuga caso sejam necessárias, além de "induzir" possíveis testemunhas para fora do lugar, não quero correr o risco de violar o véu.


Julián foi para um sofá terminar seu cigarro, enquanto Daren recolhia os pratos e os lavava. Klauss teve tempo de andar por aquela estranha casa de gatos, onde muitas plataformas davam diretamente para o abismo. Em uma delas viu a noite cair.

*Klauss como sempre ajuda com a louça, enquanto procura ser o mais sociável e respeitoso possível com o ancião.*


O mirante era um semicírculo pavimentado a um lado da estrada, cercado por pedras e com um banco desconjuntado. De ali se via uma parte de Pedra Lisa. Caetano ainda não havia chegado.

— Detesto isso tanto quanto você — disse Julián observando as luzes da cidade — Mas pensa em tudo o que está em jogo. Vou estar por perto para quando termine.

-- Sinto que posso perder a amizade da Aretha, mas os nossos vem primeiro, sabe que pode confiar que vou fazer o que precisa ser feito.

*Klauss desce da camionete e examina o local, observa possíveis rotas, caminha a estrada 20 metros em ambas as direções procurando por casas ou algum observador próximo, volta para o mirante, e olha a penumbra e procura o melhor lugar para se sentar enquanto aguarda a chegada de Caetano.*


Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Mar 21, 2024 4:32 pm

-- Sinto que posso perder a amizade da Aretha, mas os nossos vem primeiro, sabe que pode confiar que vou fazer o que precisa ser feito.

*Klauss desce da camionete e examina o local, observa possíveis rotas, caminha a estrada 20 metros em ambas as direções procurando por casas ou algum observador próximo, volta para o mirante, e olha a penumbra e procura o melhor lugar para se sentar enquanto aguarda a chegada de Caetano.*


Klauss examinou o local e encontrou que a estrada dava para uma ribanceira no lado do mirante e em um paredão rochoso difícil de escalar no outro. Não havia caminhos secundários nem trilhas naquele ponto. Tampouco casas ou algum passante. Apesar de não ser da cidade, Caetano tinha escolhido bem. Ou alguém o ajudara.

A penumbra era tristemente cinza e vazia. Naquele trecho de estrada, nada importante acontecera para deixar reflexos na umbra.

Klauss se sentou em uma das grandes pedras que serviam de mureta e aguardou.

[rolagem oculta]

Quando ouviu um ruído, Caetano já estava perto.

Spoiler:

Foi tão direto quanto Daren, ainda que menos gentil.

— Quero saber que segredos dos bastets você contou.

Ficou encarando Klauss muito sério, depois acrescentou, em sua voz grave.

— Da outra vez eu te enfrentei de um jeito honrado e perdi. Está certo. Mas dessa vez não posso perder, se trata do meu povo inteiro. Então se você me matar, um dos nossos vai fazer pedaços da sua parente e continuar perguntando: que segredos você contou?

Disse a ultima parte bem devagar, palavra por palavra.


off:
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qui Mar 21, 2024 6:50 pm

Quando ouviu um ruído, Caetano já estava perto.

*Ao ver Caetano se aproximando ativa o dom Persuasão.*


— Quero saber que segredos dos bastets você contou.

*Klauss responde no mesmo tom sem levantar da pedra.*


-- Deve ser muito doloroso me perguntar isso sem se esconder atrás de uma mulher .


— Da outra vez eu te enfrentei de um jeito honrado e perdi. Está certo. Mas dessa vez não posso perder, se trata do meu povo inteiro. Então se você me matar, um dos nossos vai fazer pedaços da sua parente e continuar perguntando: que segredos você contou?

-- O destino da parente é o mesmo destino que a pumoca Felicia terá, se você mandar matar a parente o sangue de seu povo estára em suas mãos, falando na Felicia, ela não te contou o "segredo" Caetano? Se ela não te contou é porque eu não contei... Pensei que tinha lhe dado motivos para confiar em mim, mas pelo visto não é reciproco, me diga você qual segredo seu eu descobri e confirmo se você estiver certo.

*Klauss levanta e caminha lentamente em direção a Caetano até chegar a 3 metros dele e ativa a presa de fenrir.*

--Claro que você não vai colocar mais um dos seus segredos em risco não é? Não se preocupe o fato de ter descoberto dos Simbas no Brasil continua sendo um segredo. Agora você pode mandar soltarem a parente?
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Mar 21, 2024 8:39 pm

*Klauss responde no mesmo tom sem levantar da pedra.*


-- Deve ser muito doloroso me perguntar isso sem se esconder atrás de uma mulher .


Caetano nem se mexeu. Continuou olhando Klauss com a mesma expressão.

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Photo10


-- O destino da parente é o mesmo destino que a pumoca Felicia terá, se você mandar matar a parente o sangue de seu povo estára em suas mãos, falando na Felicia, ela não te contou o "segredo" Caetano? Se ela não te contou é porque eu não contei... Pensei que tinha lhe dado motivos para confiar em mim, mas pelo visto não é reciproco, me diga você qual segredo seu eu descobri e confirmo se você estiver certo.




Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Photo10




*Klauss levanta e caminha lentamente em direção a Caetano até chegar a 3 metros dele e ativa a presa de fenrir.*


Caetano fez um sutil movimento para trás ao ver a klaive, mas conseguiu manter o ar indiferente.


--Claro que você não vai colocar mais um dos seus segredos em risco não é? Não se preocupe o fato de ter descoberto dos Simbas no Brasil continua sendo um segredo. Agora você pode mandar soltarem a parente?

Caetano balançou a cabeça satisfeito ao ouvir falar dos simbas.

— Daren me contou que era este o segredo, mas eu precisava me certificar eu mesmo. Agora só preciso saber uma coisa. Responda sim ou não: você sabe mais algum segredo nosso?
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Qui Mar 21, 2024 8:55 pm

Caetano fez um sutil movimento para trás ao ver a klaive, mas conseguiu manter o ar indiferente.

*Klauss percebe a reação de Caetano e recolhe novamente a Klaive.*


Caetano balançou a cabeça satisfeito ao ouvir falar dos simbas.

— Daren me contou que era este o segredo, mas eu precisava me certificar eu mesmo. Agora só preciso saber uma coisa. Responda sim ou não: você sabe mais algum segredo nosso?

-- Não.

*Klauss espera alguns segundos.*

-- Não tenho porque mentir para você... não preciso disso, meu erro foi ter comentado com a Felicia, mas já aprendi minha lição.

Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Qui Mar 21, 2024 11:24 pm

-- Não tenho porque mentir para você... não preciso disso, meu erro foi ter comentado com a Felicia, mas já aprendi minha lição.


Caetano desarmou o semblante.

— Seu erro podia ter custado muito caro, se fosse uma informação mais perigosa — disse em voz branda. — E, sim, você "contou" o segredo, porque graças à essa presepada, agora um ancião pumonca, muito mais poderoso do que eu, está curioso sobre os simbas no Brasil. Você fudeu com a vida da Chioma, mas não vou te dizer mais nada — Caetano voltou a fechar a cara — Então não se faça de sonso — coçou a cabeça, olhou para o lado e voltou a encarar Klauss — Olha, você é um cara legal, eu sei, temos muito o que te agradecer.

Caetano expirou, depois ficou andando em círculos, com os braços flexionados ao lado da cabeça.

— Eu também sou um cara legal, sabe? — disse apontando os indicadores para si — Não me escondo atrás de mulher e não tenho medo de você. Se usei a refém, foi para proteger meu povo, caso fosse outra coisa. Faria de novo, se preciso, e olha, eu tô me fudendo para a Felícia estar em Fonte Fria. O Julián não vai matar ela e eu vou te explicar porque. Não sei o nível de amizade deles com a Anne, mas se nós a matamos, é claro que ia ser um problema, mas ela é só uma parente, velha e sem filhos, de uns garous merdas de outro estado, entende? Tá longe de Fonte Fria. E de qualquer modo, teríamos sido nós. Agora, se o Julián mata a Felícia, uma pumonca no auge da forma, se mata uma pumonca de Pedra Lisa em Pedra Lisa, ele desata a guerra! Na cidade dele. E os pumoncas daqui são poderosos, conheci alguns. Então o Julián vai uivar fininho mas não vai matar a Felícia. Eu vou soltar a Anne quando sair daqui, mas porque já não preciso dela, não é por causa da Felícia.

Encarou Klauss e coçou a cabeça.

— Desculpa o que eu vou falar, mas as Tunstall ainda são nossa garantia. Se eu descubro... — apontou o dedo para Klauss — Se eu descubro que essa história dos simbas está se espalhando entre os garous, não vai adiantar você dizer que aprendeu a lição, agora é um problema seu, eu vou atrás dessas parentes. Ah, se vou! Já sei que são só uma família de cinco mulheres, um deficiente e uma velha, em Santa Catarina. Vou atrás deles. E você agradeça que a Anne foi ao banheiro, porque o nosso objetivo na padaria era a Virna.
Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Klauss K. Seg Mar 25, 2024 9:29 am

Caetano desarmou o semblante.

— Seu erro podia ter custado muito caro, se fosse uma informação mais perigosa — disse em voz branda. — E, sim, você "contou" o segredo, porque graças à essa presepada, agora um ancião pumonca, muito mais poderoso do que eu, está curioso sobre os simbas no Brasil. Você fudeu com a vida da Chioma, mas não vou te dizer mais nada — Caetano voltou a fechar a cara — Então não se faça de sonso — coçou a cabeça, olhou para o lado e voltou a encarar Klauss — Olha, você é um cara legal, eu sei, temos muito o que te agradecer.

Caetano expirou, depois ficou andando em círculos, com os braços flexionados ao lado da cabeça.

— Eu também sou um cara legal, sabe? — disse apontando os indicadores para si — Não me escondo atrás de mulher e não tenho medo de você. Se usei a refém, foi para proteger meu povo, caso fosse outra coisa. Faria de novo, se preciso, e olha, eu tô me fudendo para a Felícia estar em Fonte Fria. O Julián não vai matar ela e eu vou te explicar porque. Não sei o nível de amizade deles com a Anne, mas se nós a matamos, é claro que ia ser um problema, mas ela é só uma parente, velha e sem filhos, de uns garous merdas de outro estado, entende? Tá longe de Fonte Fria. E de qualquer modo, teríamos sido nós. Agora, se o Julián mata a Felícia, uma pumonca no auge da forma, se mata uma pumonca de Pedra Lisa em Pedra Lisa, ele desata a guerra! Na cidade dele. E os pumoncas daqui são poderosos, conheci alguns. Então o Julián vai uivar fininho mas não vai matar a Felícia. Eu vou soltar a Anne quando sair daqui, mas porque já não preciso dela, não é por causa da Felícia.

*Klauss respira fundo.*

"Então Chioma é a Simba, obrigado por confirmar minha suspeita."


— Desculpa o que eu vou falar, mas as Tunstall ainda são nossa garantia. Se eu descubro... — apontou o dedo para Klauss — Se eu descubro que essa história dos simbas está se espalhando entre os garous, não vai adiantar você dizer que aprendeu a lição, agora é um problema seu, eu vou atrás dessas parentes. Ah, se vou! Já sei que são só uma família de cinco mulheres, um deficiente e uma velha, em Santa Catarina. Vou atrás deles. E você agradeça que a Anne foi ao banheiro, porque o nosso objetivo na padaria era a Virna.

*Klauss se aproxima de Caetano até colocar sua mão esquerda no ombro de Caetano que ele usará para puxar Caetano de encontro a klaive e fale em voz baixa próximo ao ouvido de Caetano.*

-- Concordo com o que você disse, agora o problema é meu e a conta é você já fez, uma parente sem filhos ou a mãe do meu filho.

Ação
Gasto de 5 pontos de fúria
1 para mudança de forma para Crinos
4 para ataques com a Klaive
Klauss K.
Klauss K.

Mensagens : 1002
Data de inscrição : 11/07/2016
Idade : 44

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Lua Ter Mar 26, 2024 7:56 pm



Klauss se aproximou um pouco de Caetano, que retrocedeu.


-- Concordo com o que você disse, agora o problema é meu e a conta é você já fez, uma parente sem filhos ou a mãe do meu filho.


Os olhos curiosos do Balam chisparam um segundo com as últimas palavras, mas Klauss passou a crinos, expôs a klaive e atacou. Caetano também mudou a crinos.

rolagem:

Klauss avançou com fúria, a klaive brilhando à luz da meia lua. Desferiu um golpe preciso, tentando furar a defesa de Caetano. O balam deu um salto felino e se desviou, mas não foi suficiente. Por pouco a lâmina pesada caiu sobre ele, fazendo um talho profundo no flanco esquerdo. Um grunhido de dor escapou da boca do balam. O dano foi sério, a klaive atravessou a pele e os músculos tensos. Mesmo assim Caetano não vacilou, Uma energia pulsante envolveu seu corpo ferido e o corte começou a fechar rapidamente.

AÇÕES EXTRAS

Movido pela fúria, Klauss investiu outra vez

rolagens:

Avançou com o furor brilhando nos olhos selvagens. A klaive cortou o ar a toda velocidade, atingindo o peito de Caetano com um golpe impressionante. Klauss sentiu o sangue quente respingar em sua cara, ao mesmo tempo em que a lâmina atravessava e carne do balam até chegar nos ossos.

Então um forte impacto nas costas fez Klauss perder o ar, saltar adiante e quase derrubar a klaive. Voltando-se, viu Daren, que se afastava rapidamente em crinos depois da voadora. Klauss viu em seus olhos que se tentasse um novo ataque, o ancião pumonca ia intervir.

Julián também tinha saído da umbra e se lançava de joelhos ao lado de Caetano. Como se fosse em câmera lenta, Klauss o via chacoalhar o balam e pedir que reagisse. O sangue brotava da boca de Caetano aos borbotões, com cada estertor, e jorrava da ferida em seu peito nu, empapando-o, e dissipando no ar o cheiro característico de metal. O simples ato de respirar parecia uma tarefa excessiva para o agonizante balam.

Julián balançou a cabeça de Caetano até que este despertou e tentou atacá-lo.

— Calma — disse o ancião, erguendo-o para que pudesse cuspir o sangue. Muito lentamente, a ferida começava a melhorar.

Julián estava tremendo. Seus olhos queimaram os de Klauss ao se encontrarem.  

¿Como se te ocurre? — vociferou — O que deu na tua cabeça para atacar um metamorfo não corrompido com uma klaive? Que exagero, ¡Imbécil!

Klauss poucas vezes tinha visto o philodox tão colérico.

Daren se pôs entre eles.

— Está bem, já acabou — disse, correndo os olhos de Caetano para Klauss e voltando — Caetano, você poderia ter evitado isso agindo de outra forma, mas depois falo com você. — suspirou — Vou buscar meu carro. Pra onde o levamos, Julián?

— A seita tem mais recursos. O caern não é de cura, mas as forças dali sempre ajudam na recuperação.

Atirou as chaves da camioneta para Daren, que se afastou. Depois Julián se sentou, ainda apoiando o corpo de Caetano, e expirou longamente, esgotado.

— Que cagada — disse consigo mesmo, balançando a cabeça.

Lua
Lua

Mensagens : 959
Data de inscrição : 06/07/2016

Ir para o topo Ir para baixo

Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil - Página 9 Empty Re: Klauss Krugger - Uma Matilha Difícil

Mensagem por Conteúdo patrocinado


Conteúdo patrocinado


Ir para o topo Ir para baixo

Página 9 de 12 Anterior  1, 2, 3 ... 8, 9, 10, 11, 12  Seguinte

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos